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As Teorias Antropológicas

Por:   •  20/11/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  843 Palavras (4 Páginas)  •  184 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO[pic 1]

Sob o ponto de vista antropológico, a primeira definição de cultura foi formulada por Edward Tylor em seu livro Primitive Culture (1871), em que procurou demonstrar que a cultura pode ser objeto de um estudo sistemático, tratando-a como um fenômeno natural e que possui causas e regularidades; possibilitando um estudo objetivo e uma análise capazes de proporcionar a formulação de leis sobre o processo cultural e a evolução (Laraia, 2009).

A antropologia, em sua feição científica, surge na esteira do desenvolvimento das ciências sociais, constituindo um amplo leque de paradigmas – metodologias de abordagem, de pesquisa e de interpretação – que constituem as chamadas Teorias Antropológicas na análise das dimensões biológicas, culturais e sociais do ser humano (Xavier, 2009).


  1. desenvolvimento

As teorias antropológicas construíram seus legados científicos a partir da segunda metade do século XIX e ampliaram e consolidaram paradigmas fundamentais (formas e modelos de abordagem estudos e observações) para interpretação/observação dos modos de vida do homem. Desde então, tais teorias convergiam e coincidiram, divergiam e afastaram, em diversos aspectos metodológicos e conceituais. A consolidação da disciplina experimentou arranjos conceituais, contradições teóricas, revisões e ampliações de abordagens e interpretações (Xavier, 2009).

Neste contexto, as diferentes teorias originaram diferentes formas do olhar (abordagem e interpretações) antropológico. Apesar de diversas vezes divergentes, as principais teorias antropológicas podem ser alinhadas de forma cronológica iniciando no evolucionismo, com o declínio das explicações teológicas sobre o homem e a natureza; pelo difusionismo, em que o termo raça é substituído pelo cultural; o funcionalismo em um intenso trabalho de campo; e o estruturalismo, que visou estudar as regras estruturantes das culturas presentes na mente humana (Xavier, 2009).

Por volta de 1830 sugiram os primeiros comentários sobre o evolucionismo antropológico na Europa, em que o conceito de que a cultura humana é o produto de uma evolução natural, sujeita às leis que regem as faculdades mentais do animal humano em seu estado social (Brito, 2008). Assim, essa teoria, baseava-se na premissa de que existiam diferentes tipos de famílias (bases de uma transmissão cultural) que evoluíram à família patriarcal (referência de ser evoluído), relativizando o ser primitivo ao ser sem cultura, isto é, de selvagerismo e barbárie à civilização.

Visto como uma reação às ideias evolucionistas, o difusionismo relativizou o progresso cultural como uma consequência de um “intercâmbio”. De acordo com Brito (2008), os estudos desta teoria se concentravam  na semelhanças de objetos pertencentes a diferentes culturas e que tais objetos teriam sido inventados uma única vez em uma sociedade em particular e a partir dali se expandia, por intercâmbio, para outros povos.

Com uma visão de totalidade, o funcionalismo analisava um aspecto em relação ao resto da cultura e à satisfação das necessidades humana, ou seja, à sobrevivência (Brito, 2008). De acordo com essa teoria, a sociedade é constituída por partes em que cada parte deve trabalhar (função) em conjunto com as demais para promover a estabilidade social (consequência) (Wikipédia, 2016). Trata-se basicamente ao estudo de “funções” e em suas “consequências”.

O estruturalismo propôs o abandono do exame particular dos objetos sendo orientado, de forma metodológica, pelo entendimento do que vem a ser estrutura com elaboração de modelos teóricos. É uma tentativa de superar a multiplicidade infinita de situações divergentes, isto é, a busca de um maior rigor no detalhamento da pesquisa na convergência de uma única situação só verificável naquele espaço e naquele momento específicos (Thiry-Cherques, 2006).

Qualquer que seja a definição adotada é possível entender a antropologia como uma forma de conhecimento sobre a diversidade cultural, isto é, a busca de respostas para entendermos o que somos a partir do espelho fornecido pelo “Outro”. Assim, apesar de pensamentos divergentes de como entender a cultura, o ser social e a definição da Antropologia como ciência; desde e enquanto o ser humano pensar sobre si e sobre sua relação com o outro (ser), pensa antropologicamente (Silva, 2005).

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