Atps Antropologia

ATPS DE ANTROPOLOGIA APLICADA AO SERVIÇO SOCIAL.

ETAPA 1 – passos 1 2 e 3

QUARTO DE DESPEJO – DIÁRIO DE UMA FAVELADA

Quarto de despejo: diário de uma favelada em 1960 apresentou a problemática da cultura no discurso literário vindo de autores da periferia.

Onde conta a história de uma papeleira aos 46 anos, negra, mãe solteira de três filhos e portadora de falta de formação escolar,oferecia um produto diferenciado, a um mercado sedento por novidades.

Principalmente algo novo para os países onde o livro foi publicado inicialmente, chamou a atenção pelo fato de estar trazendo, em seu contexto, a realidade nua e crua da sociedade brasileira .

Mesmo tendo um português precário, Carolina conseguiu expressar de forma clara a vida que vivia e com as pessoas que moravam aos arredores de sua casa.

Era discriminada pela sociedade, na verdade, era uma desconhecida dela, era somente mais uma qualquer entre tantas outras pessoas que, por uma infelicidade da vida, foram parar naquele lugar.

Ela foi a grande porta-voz da favela, alguém que ultrapassou os limites do individualismo e deu voz a uma sociedade tão miserável e anônima que mora nos barracos e os vãos das pontes nas grandes cidades brasileiras.

Serviço Social e pobreza

Serviço Social e a pobreza têm uma relação histórica,os Assistentes Sociais convivem muito de perto com a experiência trágica dos pertencentes às classes menos favorecidas na sociedade; conhecem as trajetórias de exploração, pobreza, resistência, lutam contra o crescimento da violência, das droga, da moradia precária, das estratégias do desemprego, da precária saúde.

A pobreza é expressão direta das relações na sociedade, relações extremamente desiguais, em que convivem acumulação e miséria. Os pobres representam a herança histórica da estruturação econômica, política e social da sociedade brasileira e fazem parte dessa história, a tradição oligárquica e autoritária de uma sociedade de extremas desigualdades, caracterizada por sempre apresentarem insuficientes recursos e serviços voltados para atender às necessidades das classes menos favorecidas

O Serviço Social nas ONGs no campo da saúde:

Projetos societários em disputa

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A atuação das ONGs no campo da saúde concentrava-se predominantemente de forma assistencialista, estendendo cuidados em saúde a grupos excluídos do atendimento do Estado ou de órgãos públicos. Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), esta atuação perde parte de sua força, pois se estende o direito à saúde a todo cidadão. Persistindo diversos espaços de intervenção.

No campo da saúde, as ONGs partem das conquistas democráticas ligadas à cidadania. Na intervenção do assistente social, essas tendências se expressam na re- atualização, e do favor no trato da questão social, que se encontram em disputa com o projeto Ético – Político- Profissional.

Não esquecendo que o cotidiano das ONGs é mobilizado pela contradição, e é necessário que o Assistente social consiga fazer a leitura dos projetos societários que estão em confronto,