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Atps Economia

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Por:   •  14/9/2013  •  1.874 Palavras (8 Páginas)  •  222 Visualizações

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2 - Gestão do conhecimento

A gestão do conhecimento (GC) pode ser definida como o processo de criar, captar e utilizar o conhecimento para aprimorar o desempenho organizacional (NISEMBAUM, 2006). É uma abordagem abrangente, sistemática e estruturada do conhecimento tácito e explícito, que visa melhorar a abordagem do conhecimento em todos os níveis organizacionais.

Outra definição é dada por Wiig (1997) “GC é fazer a organização agir de forma mais inteligente pela facilitação da criação, acumulação, desenvolvimento e uso de conhecimento de qualidade”.

Todas as abordagens envolvem várias definições de gestão do conhecimento que foram propostas por vários autores que categorizam essas definições em quatro grandes grupos:

Definições utilitárias- São aquelas que colocam, de forma espontânea, o trabalhador do conhecimento literalmente submerso por uma verdadeira poluição informacional. Essas definições são formuladas da seguinte maneira: “Me dêem a informação correta que eu necessito, no momento certo, no lugar certo e, se possível, sem que eu a solicite”. Esta frase traduz quatro expectativas: a) a primeira, indica uma expectativa por um serviço “personalizado”, de produção da informação pertinente, sob medida; b) a segunda, indica que o valor da informação reside no seu just-in-time, tipo de unidade de tempo e de ação; c) a terceira, indica que o valor da informação reside, também, no seu lócus, onde ela deve estar disponível; d) enfim, a quarta, traduz uma expectativa de “serendipidade”, isto é, a arte de encontrar coisas que não são procuradas (descobertas ao acaso), mas que correspondem a expectativas tácitas. Quanto à estas definições, o autor propõe as críticas de que parecem, a primeira vista, simples de serem compreendidas, úteis e

Concretas, todavia, esta simplicidade esconde um contra-senso: observa-se que essas definições usam a palavra “informação”, para definir a gestão do “conhecimento”. Esta confusão, freqüente e, mais globalmente, esta falta de conhecimento do “conhecimento”, é uma das principais razões dos fracassos das abordagens de primeira geração. Em outros termos: analisar a informação (existente) para disseminá-la na organização é uma coisa importante, mas própria da inteligência competitiva. Agora, motivar as pessoas a compartilhar seus conhecimentos e a criar novos conhecimentos é uma coisa totalmente diferente e envolve mecanismos completamente diferentes, muito menos tecnológicos e muito mais humanos.

Um exemplo de definição utilitária, na tradução da expectativa de serendipidade, é expressa em Nisembaum (2006, p. 187), Qualquer um, a qualquer momento, de qualquer lugar, aprende e contribui com o melhor para a empresa – a melhor prática, o insight estratégico – e traz este aprendizado no seu relacionamento com cada colaborador, cliente ou fornecedor, visando aprimorar o trabalho que realizamos.

Definições funcionais - são aquelas definições que descrevem a GC a partir do Gerenciamento do ciclo de vida do conhecimento (aquisição, codificação, difusão, reutilização e valorização,...) e, em conseqüência, dos dispositivos empregados para suportá-lo. Essas definições são mais funcionais e remetem diretamente aos dispositivos que serão empregados ao longo do ciclo de vida do conhecimento: plataformas de troca síncronas ou assíncronas, groupware, workflow, edição eletrônica, GED, etc. Novamente, os autores apresentam críticas afirmando que essas definições são as mais disseminadas na literatura de GC, impulsionadas pelos editores de softwares. Entretanto, essas definições são as mais limitadas, pois tendem a definir a aquisição de conhecimentos por meio de uma série de funcionalidades. Na realidade, no momento em que um ser humano trabalha e cria conhecimentos, ele não sequencializa as fases em: aquisição, codificação, difusão, reutilização e valorização do conhecimento. Não há maneira de saber se ele está em um modo “síncrono ou assíncrono”, se ele utiliza “dados estruturados ou não- estruturados”. Os mecanismos cognitivos, normalmente, se desenvolvem de maneira inconsciente. Probst, Raub e Romhardt (2002) corroboram a definição mencionada alegando a GC como proveniente dos processos de selecionar, armazenar e atualizar regularmente um conhecimento de potencial valor futuro, cuidadosamente estruturados, onde a retenção do conhecimento depende do uso eficiente de uma grande variedade de meios de armazenagem da organização.

Por conseguinte, O`Leary (1998, p.34) coloca a GC como gerenciamento formal do conhecimento como para facilitar a criação, o acesso e a reutilização do conhecimento, geralmente com autilização de tecnologia da informação.

Definições operacionais - procuram descrever a gestão do conhecimento pelo lado

da eficácia coletiva, das operações. Essas definições estão ligadas aos processos organizacionais: combinar o saber e o saber-fazer nos processos, produtos e organizações, para criar valor. Contém três elementos importantes: a distinção entre saber e saber-fazer; a noção de combinação; a noção de criação de valor. As críticas quanto às mesmas é que são baseadas diretamente do modelo EFQM – European Foundation for Quality Management. Procuram combinar o saber e o saber-fazer para criar a inovação. Elas procuram combinar o saber e o saber-fazer nos processos, produtos eorganizações existentes para criar valor. Weick e Roberts (1993) apud Antonello (2005, p. 23) constatam tal definição expondo que o conhecimento organizacional é armazenado em parte nos indivíduos na forma de experiências, habilidades e competências, e em parte na organização, na forma de documentos, registros, regras, regulamentos e padrões, etc.

Outra autora a constatar a definição operacional é De Brún (2005). Para ela, fundamentalmente, GC é aplicar o conhecimento coletivo de toda a força de trabalho para alcançar objetivos organizacionais específicos. O objetivo da GC não é gerenciar todo o conhecimento, mas o conhecimento que é mais importante para a organização. Envolve o conhecimento certo, no lugar certo, na hora certa.

Definições econômicas - São aquelas que descrevem a gestão do conhecimento fazendo referência à valorização do saber e do saber-fazer enquanto ativos intangíveis, fundamentados na economia do conhecimento. A gestão do conhecimento se insere como uma ferramenta que permite qualificar, ou mesmo quantificar, esses ativos. Destarte, apresentam as críticas considerando a questão da análise do valor dos ativos intangível muito difícil porque, o conhecimento, como fator de produção,

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