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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO HIPERTENSÃO ARTERIAL

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Por:   •  21/11/2014  •  Tese  •  1.474 Palavras (6 Páginas)  •  307 Visualizações

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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

HIPERTENSÃO ARTERIAL

O Brasil como outros países passaram por grandes mudanças demográficas e envelhecimento populacional, que aliadas a modificações nos hábitos alimentares e a redução de atividade física, levaram ao crescimento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).

São Paulo é o primeiro estado brasileiro a realizar a pesquisa VIGITEL que é feita em nível nacional desde 2006. As Doenças Crônicas Não Transmissíveis constituem importante problema de saúde pública em todo o mundo. Estimativas globais da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que essas doenças são responsáveis por mais de 60% de todos os óbitos no Brasil e no mundo.

As principais causas das DCNTs incluem fatores de risco modificáveis. Tabagismo, inatividade física, excesso de peso, uso abusivo de álcool, dieta inadequada, pressão arterial e glicose sanguínea alterada respondem pela maioria das mortes por tais doenças.

A Hipertensão Arterial Sistêmica é a mais freqüente das doenças cardiovasculares. É também o principal fator de risco para as complicações mais comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da doença renal crônica terminal. No Brasil são cerca de 17 milhões de portadores de hipertensão arterial, 35% da população de 40anos e mais. E esse número é crescente; seu aparecimento está cada vez mais precoce e estima-se que cerca de 4% das crianças e adolescentes também sejam portadoras. A carga de doenças representada pela morbimortalidade devida à doença é muito alta e por tudo isso a Hipertensão Arterial é um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo.

Por ser na maior parte do seu curso assintomática, seu diagnóstico e tratamento é freqüentemente negligenciado, somando-se a isso a baixa adesão, por parte do paciente, ao tratamento prescrito. Estes são os principais fatores que determinam um controle muito baixo da HAS aos níveis considerados normais em todo o mundo, a despeito dos diversos protocolos e recomendações existentes e maiores acesso a medicamentos.

A hipertensão arterial (pressão alta) é das doenças de maior prevalência na população. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) estima que haja 30 milhões de hipertensos, cerca de 30% da população adulta. Entre as pessoas com mais de 60 anos, mais de 60% têm hipertensão. No mundo, são 600 milhões de hipertensos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora o problema ocorra predominantemente na fase adulta, o número de crianças e adolescentes hipertensos vêm aumentando a cada dia. A SBH estima que 5% da população com até 18 anos tenham hipertensão – são 3,5 milhões de crianças e adolescentes brasileiros.

A pressão alta caracteriza-se pela presença de níveis de pressão arterial elevados associados a alterações no metabolismo do organismo, nos hormônios e nas musculaturas cardíaca e vascular.

Considerada um dos principais fatores de risco de doença, é responsável por cerca de 40% dos casos de aposentadoria precoce e de absenteísmo no trabalho em nosso meio. É uma condição de causas multifatoriais que deve receber a atenção e o cuidado de todos.

Quais são as causas?

Em 95% dos casos, a causa da hipertensão arterial (HA) é desconhecida, sendo chamada de HA primária ou essencial. Nesses pacientes, ocorre aumento da rigidez das paredes arteriais e a herança genética pode contribuir para o aparecimento da doença em 70% dos casos.

Nos demais, ocorre a HA secundário, ou seja, quando uma determinada causa predomina sobre as demais, embora outras possam estar presentes. É o caso da:

• HA por doença do parênquima renal;

• HA renovascular: provocada por algum problema nas artérias renais. O rim afetado produz substâncias que elevam a pressão arterial;

• HA relacionado à gestação;

• HA relacionado ao uso de medicamentos; como corticosteroides, anticoncepcionais ou anti-inflamatórios;

• HA relacionado ao feocromocitoma: tumor que produz substâncias vasoconstritoras que aumentam a pressão arterial produzem taquicardia, cefaleia e sudorese;

• HA relacionado a outras causas.

Quem está em risco para desenvolver esta condição?

• Pessoas com história familiar de hipertensão podem apresentar maior risco para a doença. Pesquise se em sua família existem pessoas hipertensas. Caso faça parte deste grupo, procure orientação sobre como começar a prevenir a hipertensão.

• Níveis elevados de pressão arterial são facilitados por: elevada ingestão de sal, baixa ingestão de potássio, alta ingestão calórica e excessiva consumo de álcool. Os dois últimos fatores de risco são os que mais contribuem para o desenvolvimento de peso excessivo ou obesidade, que estão diretamente relacionados à elevação da pressão arterial. O papel do teor de cálcio, magnésio e proteína da dieta na prevenção da pressão arterial ainda não está definido.

• O estresse psicológico e o sedentarismo ainda aguardam provas mais definitivas de participação como fatores de risco, embora existam evidências de que sua modificação pode ser benéfica no tratamento da hipertensão arterial.

• O aumento do risco cardiovascular ocorre também pela agregação de outros fatores, tais como tabagismo e dislipidemias - alterações nos níveis de colesterol e triglicérides, intolerância à glicose e diabetes mellitus.

O que sente o portador desta condição?

Na maioria dos casos, não são observados sintomas. Quando estes ocorrem, são comuns a outras patologias, tais como dor de cabeça, tonturas, cansaço, enjoos, falta de ar e sangramentos nasais. Por isso, a hipertensão arterial é conhecida como uma doença silenciosa. Isto pode dificultar o diagnóstico ou fazer com que os pacientes esqueçam de usar os medicamentos necessários para controlar a pressão arterial.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito pela aferição (medida) cuidadosa da pressão arterial em mais de uma oportunidade. As medidas devem ser obtidas em ambos os membros superiores e, em caso de diferença, utiliza-se sempre o braço com o maior valor de pressão para as medidas posteriores.

A posição recomendada para a medida da pressão arterial é a sentada. As medidas devem ser realizadas por profissionais experientes e usando um equipamento devidamente

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