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BULLYING NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO

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Por:   •  21/2/2014  •  7.722 Palavras (31 Páginas)  •  355 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Dentre os variados tipos de bullying que serão tratados no decorrer do trabalho que será desenvolvido, cabe ressaltar que todos fazem referência a um tipo de violência escolar, sofrida por muitas crianças, que muitas vezes não falam a respeito do problema, tornando o fato ainda mais difícil de ser resolvido.

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder .

O tema tem ganhado bastante relevância na mídia em decorrência de uma preocupação com as consequências da violência sofrida por crianças e adolescentes, sendo de fácil constatação não somente em escolas de ensino fundamental e médio, como podem também ser constatadas em instituições de ensino superior.

Por ser a prática do bullying muito prejudicial para quem sofre a agressão, como também para o clima escolar muitos estudos têm se dedicado a discutir possíveis soluções para a problemática, o que se pretende também neste trabalho.

O bullying, apesar de muito mencionado em debates sobre a escola, ainda é pouco conhecido em seu sentido real e consequências, de forma que faz-se importante entender que se trata de uma violência injustificada, que provoca humilhações, intimidações e amedrontamento em suas vítimas.

Apesar das mudanças ocorridas nas últimas décadas, com relação às práticas escolares, o bullying ainda é um problema pouco abordado de forma eficaz nas instituições escolares.

Além de os bullies escolherem um aluno-alvo que se encontra em franca desigualdade de poder, geralmente este também já apresenta baixa autoestima. A prática de bullying agrava o problema preexistente, assim como pode abrir quadros graves de transtornos psíquicos e/ou comportamentais que, muitas vezes, trazem prejuízos irreversíveis (SILVA, 2010, p.25).

Entre as diversas consequências trazidas pela prática do bullying, as mais comuns são: sintomas psicossomáticos, o transtorno do pânico, a fobia escolar, a fobia social, o transtorno de ansiedade generalizada, a depressão, a anorexia e bulimia, o transtorno obsessivo-compulsivo, o transtorno do estresse pós-traumático e até mesmo a esquizofrenia, o suicídio ou o homicídio.

Sendo assim, é possível compreender a gravidade do bullying que é praticado diariamente nas escolas e necessita de uma intervenção urgentemente para que esse problema não se perpetue e retire das crianças e adolescentes o prazer do ambiente escolar e do convívio social.

Como objetivo deste trabalho buscaremos discutir formas de controlar a prática de bullying nas escolas por meio da atuação do pedagogo e intervenções com projetos pedagógicos que agreguem valores aos alunos, demonstrando a importância de respeitar o próximo.

Enquanto objetivos específicos iremos apresentar o histórico do bullying e suas formas; discutir as influências internas e externas à escola para a ocorrência do bullying;e estudar os atores do bullying, possibilitando encontrar uma solução para o problema.

Metodologicamente o trabalho será realizado tendo como meta desenvolver uma revisão teórica de autores que tratam a temática de forma pertinente, agregando conhecimento sobre o tema e de forma dedutiva-indutiva encontrar um direcionamento para a solução do bullying, por intermédio do profissional pedagogo, fazendo com que os professores e demais atores escolares interajam de forma a produzir um clima mais favorável aos verdadeiros objetivos da escola e principalmente à formação de indivíduos conscientes e prósperos.

Com este trabalho espera-se formular uma estratégia de combate ao bullying, que seja eficaz contra os diversos tipos de agressão produzidas por essa prática. Para que isso seja possível, no primeiro capítulo iremos situar os conceitos de bullying e as diversas formas como ele ocorrem nas instituições de ensino.

No segundo capítulo serão discutidas as possibilidades de enfrentamento e combate ao bullying nas escolas, demonstrando quais são as pessoas ou instituições que representam papéis importantes para que a realidade de violência escolar seja mudada.

Por fim, no terceiro capítulo serão trazidos todos os personagens do bullying nas instituições de ensino, para que cada um tenha no seu papel o traço da personalidade e as influências que possam ser trabalhadas para que as crianças e adolescentes tenham melhores condições de vivenciar as experiências escolares.

1. LINHA DO TEMPO E O BULLYING NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO

1.1 Conceituando a palavra bullying no tempo

De acordo com Fante, o Bullying

[...] sem termo equivalente na língua portuguesa, define-se universalmente como um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento. [...] O bullying é um conceito específico e muito bem definido, uma vez que não se deixa confundir com outras formas de violência. Isso se justifica pelo fato de apresentar características próprias, dentre elas, talvez a mais grave, seja a propriedade de causar “traumas” ao psiquismo de suas vítimas e envolvidos. Possui ainda a propriedade de ser reconhecido em vários outros contextos, além do escolar: nas famílias, nas forças armadas, nos locais de trabalho (denominado de assédio moral), nos asilos de idosos, nas prisões, nos condomínios residenciais, enfim onde existem relações interpessoais.

Nesse seguimento, Fante (2005, p.27-28) aduz, ainda, que

Bullying é uma palavra de origem inglesa, adotada em muitos países para definir o desejo consciente e deliberado de maltratar uma outra pessoa e colocá-la sob tensão; termo que conceitua os comportamentos agressivos e anti-sociais , utilizado pela literatura psicológica anglo-saxônica nos estudos sobre o problema da violência escolar. Em alguns países, existem outros termos para conceituar esses tipos de comportamentos: Mobbing (Noruega e Dinamarca); harcélement quotidién (França); prepotenza ou bullismo (Itália); yjime (Japão); agressionen unter shulern (Alemanha); acoso y amenaza entre escolares (Espanha), maus-tratos entre pares (Portugal).

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