CIANITA (Al2 Si O5)

CIANITA

(Al2 Si O5)

SUMÁRIO

1 –Introdução......................................................................................................4

2 – Usos ..............................................................................................................5

3 – Cianita No Mundo..........................................................................................6

4 – Cianita No Brasil............................................................................................7

REFERÊNCIAS...................................................................................................9

1 – INTRODUÇÃO

A cianita ou distênio (AL2SiO5) é um silicato de alumínio de brilho vítreo a nacarado cujo nome deriva do grego, significa azul, sua cor mais comum. Também pode ter cor branca, cinzenta ou verde. Ocorre comumente sob a forma de agulhas ou cristais longos finos e laminados, ou como agregados cristalinos. Apresenta dureza 6 a 7 ao longo do prisma e 4 a 5 no sentido transversal. É infusível no maçarico e insolúvel nos ácidos.

A cianita é um típico mineral metamórfico, encontrado em rochas metamórficas de todos os continentes. Comumente ocorre em micaxistos, mas pode também aparecer em gnaisse, pegmatitos graníticos, quartzitos, filitos, em zonas de falhas ou em depósitos sedimentares resultantes da erosão dessas rochas. É um mineral característico da mesozona ou dos xistos cristalinos da zona de pressão média. Associa-se ao rutilo, estourolita, almandina, hornblenda, mica e coríndon. A cianita é um polimorfo da andaluzita e é formada sob pressões altas enquanto a silimanita e a andaluzita são formadas sob pressões mais baixas. Na mesozona a cianita é um dos minerais-guia desse fácies metamórfico.

2 – USOS

O maior uso para a cianita bruta ou calcinada é na fabricação de refratários, pelo seu elevado ponto de amolecimento, de resistência ao choque térmico, resistência à ação erosiva de muitas escorias e reação neutra. São largamente utilizados em revestimento de fornos de esmaltação, revestimento de zona de queima dos fornos rotativos, recuperadores e regeneradores de fornos de vidro e estruturas expostas a um calor forte e prolongado.

Assim a cianita pode ser usada para fins refratários e metalúrgicos (ligas Si-Al). Para o uso em refratários, as especificações quanto a composição química não são muito rígidas, sendo desejável um teor de alumina acima de 58%, de Fe2 O3 abaixo de 1,0% e de álcalis abaixo de 0,5%. Como impurezas indesejáveis tem-se a mica, óxidos de ferro e titânio que podem tornar desinteressante uma ocorrência desse tipo.

Para fins metalúrgicos, o teor de alumina é considerado bom quando atinge 58%, e o de Fe2 O3 é tolerado até 1,5%. Para qualquer utilização em refratário, a cianita, primeiramente, sofre aquecimento acima de 1000°C, quando se expande consideravelmente, provocando fraturas e deformações que inutilizam os tijolos, se forem incorporados crus.

A cianita, andaluzita e silimanita formam um trio estreitamente relacionado de minerais de silicato de alumínio, diferindo levemente nas suas propriedades químicas e cristalográficas, mas apresentando a mesma composição química que pode ser representada como Al2 O3 Si O2. O topázio e a dumortierita são também muitas vezes classificados como membros dos mineral do grupo da cianita. Quando aquecidos estes minerais transformam-se em uma mistura de mullita e sílica vítrea. No caso dos três primeiros minerais, essa temperatura varia entre 1315°C e 1382°C. A mullita produzida normalmente consiste de um agregado de cristais aciculares intercrescidos que permanece dimensionalmente e quimicamente estável até alcançar a temperatura de pelo menos 1810°C. essas propriedades permitem à mullita servir com vantagem como material refratário em um largo espectro de aplicações industriais.

Assim, o uso mais amplo dos minerais do grupo da cianita e mullita é na fabricação de refratários de alta qualidade com alto teor de alumina.

Materiais substitutos ou alternativos para os produtos do grupo da cianita ou mullita incluem argilas, bauxita calcinada e alumina. Outros minerais como a Magnesita, cromita, carbureto de silício e zircão podem ser usados também para certos usos específicos.

3 – CIANITA NO MUNDO

Os Estados Unidos possuem as maiores reservas de cianita com valores em torno de 30 milhões de toneladas, representando perto de 30% das reservas mundiais. Esse pais é o maior consumidor e exportador de cianita. As informações disponíveis, sobre as reservas, entretanto, não são abrangentes, o mesmo acontecendo com os demais países que possuem reservas desse material.

As demais reservas mundiais estão na África do Sul, Canadá, índia, Brasil, Áustria e outros países com reservas menores. Só são considerados para efeito de reservas os depósitos com mais 10% de cianita.

Dados disponíveis indicam que os maiores produtores mundiais de cianita são a África do Sul, França e Índia. Os dados de produção dos EUA são sigilosos.

As reservas geológicas mundiais de cianita de minerais relacionados são imensas, ocorrendo especialmente em xistos micáceos e gnaisses. Esses recursos, entretanto, não são aproveitáveis economicamente, no momento atual. Alguns poderão tornar-se econômicos eventualmente.

4 – CIANITA NO BRASIL

As reservas oficiais de cianita estão situadas, por ordem de importância, nos estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia e Tocantins, de acordo com dados fornecidos pelos relatórios anuais de lavra das empresas produtoras desse mineral. Além desses, diversos outros depósitos de cianita ainda são registrados no banco de dados do mapa metalogenético