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CONCEITO DE IDOSO

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Por:   •  8/10/2013  •  Seminário  •  512 Palavras (3 Páginas)  •  346 Visualizações

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CONCEITO DE IDOSO

Encontrar um critério de demarcação que permita distinguir um indivíduo idosode um não-idoso pode suscitar objeções do ponto de vista científico, mas éextremamente importante para os formuladores de políticas. É comum que adistribuição de recursos públicos dependa de alguma forma de alocação a gruposespecíficos, o que implica distinguir indivíduos. Quando essa distinção é feita a partir de critérios impessoais, como exigem, por exemplo, a maioria das leis, énecessária a existência de algum tipo de característica universal observável entreos indivíduos que permita classificá-los como pertencentes ou não a umadeterminada categoria. As políticas orientadas para idosos evidentementedependem de um ou mais marcos que caracterizem o idoso para definir quem podeou não beneficiar-se delas.Uma tentativa de se definir um indivíduo como idoso pode basear-se emargumentos de caráter biológico. A partir da noção biológica de velhice ou, mais precisamente, de senilidade, é possível, então, demarcar, através do padrão dedeclínio de determinadas características físicas, o momento a partir do qual oindivíduo pode ser, ou não, considerado como “velho”. Esse momento, quandosemelhante em termos de tempo de vida entre diversos indivíduos, permite o usoda idade como critério de demarcação da velhice. Nesta lógica, idoso é aquele quetem a idade correspondente à idade típica de um “velho”. O problema declassificação torna-se aparentemente simples, demandando apenas que seestabeleça a idade-limite que separa a velhice da não-velhice para separar osidosos dos não-idosos.A questão, no entanto, é mais complexa do que a simples demarcação de idadeslimite biológicas e enfrenta pelo menos três obstáculos. O primeiro diz respeito àhomogeneidade entre indivíduos, no espaço e no tempo; o segundo, à suposiçãode que características biológicas existem de forma independente de característicasculturais; e o terceiro à finalidade social do conceito de idoso. É extremamentedifícil superar simultaneamente esses três obstáculos, mas isso não quer dizer quenão devam ser considerados quando se debate acerca de idosos.Idoso, em termos estritos, é aquele que tem “muita idade”. A definição do quevem a ser “muita idade” é, evidentemente, um juízo de valor. Os valores quereferendam esse juízo dependem de características específicas das sociedadesonde os indivíduos vivem, logo a definição de idoso não diz respeito a umindivíduo isolado, mas à sociedade em que ele vive. Quando os formuladores de políticas assumem que a idade cronológica é o critério universal de classificação para a categoria idoso, estão admitindo implicitamente que a idade é o parâmetroúnico e intertemporal de distinção e, portanto, correm o risco de afirmar que

COMO VAI O IDOSO BRASILEIRO?

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indivíduos de diferentes lugares e diferentes épocas são homogêneos. Quandoestabelecem uma idade específica como fronteira, procedem como se houvessehomogeneidade na definição de um idoso entre grupos sociais diferentes.A suposição de que características biológicas semelhantes têm as mesmasimplicações na vida social e cultural dos indivíduos não é bem aceita em algunsestudos recentes. Geertz (1989), por exemplo, mostra que não faz sentidodistinguir entre

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