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CONSUMO, COMPORTAMENTO E SAÚDE

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Por:   •  19/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.324 Palavras (6 Páginas)  •  412 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O padrão de beleza determinado pela mídia é um assunto polêmico e gerador de discussões, o que se vê nos dias atuais são indivíduos insatisfeitos com sua imagem e atrativos físicos. Deste modo, mulheres e homens absorvem muitas informações vindas de todos os lados, revistas, jornais, televisão, redes sociais entre outras, que mostram corpos lindos e formas perfeitas.Segundo Conti, Bertolin e Peres (2010) a mídia é sinônimo de meios de comunicação social, pois retrata a respeito dos meios responsáveis pela transmissão das informações, como rádio, jornais, revistas, televisão, vídeo, entre outros. Configura-se, na contemporaneidade, como uma das instituições responsáveis pela educação no mundo atual, trazendo tanto benefícios como malefícios, contrapondo pela transmissão de valores e padrões de conduta e socializando muitas famílias.

Para Meurer e Gesser (2008) as novas formas de subjetivação na atualidade estão cada vez mais pautadas com os modelos idealizados de corporeidade. Corpos obesos, que um dia foi inspiração das obras de arte, como por exemplo, Rubens, Giotto, e Picasso são hoje bombardeados pelo contexto sociocultural e pela biomedicina, visto que a obesidade começa a ser conhecida como uma doença que prejudica o sistema cardiovascular. O culto à pessoa magra e a rejeição dos corpos fora dos padrões dominantes se engajam aos discursos atuais de disciplinamento e controle dos corpos femininos e masculinos como forma de reafirmar as relações de poder.

Sendo assim a pesquisa surgiu de uma percepção de que hoje há uma excessiva preocupação das pessoas com a imagem, com a exatidão de adotar corpos perfeitos e manter-se sempre jovem, numa procura incessante de superar os limites biológicos do próprio corpo.Essa necessidade tem originado uma série de problemas de saúde, tais como bulimia [01], anorexia [02], vigorexia [03] e manorexia [04]. Esses aspectos nos induzem a alguns questionamentos. Quais os padrões de comportamentos femininos e masculinos determinados pela mídia? Na maioria das vezes, segue o estereótipo perseguido pela mídia: magra (o), alta (o), bonita (o), cheio (a) de músculos, se distanciando da realidade que é diversa.

Esse distanciamento faz com que mulheres e homens naturais com seus corpos esculpidos pelo trabalho, ou pela gestação de seus filhos, dentre tantos outros corpos, tenham sua autoestima reduzida ou mesmo extinta, ou ainda, faz com que muitas mulheres e homens tomem suplementos, construam corpo belo produzido nas academias, ou até busquem clínicas clandestinas, cirurgias plásticas, mediante implantes de silicone, entre outros, buscando corpo ideal onde o corpo é mutilado, quando não vem à morte em busca dos padrões de beleza instituídos pela mídia.

Poderia ser uma boa notícia o fato de que 6 em cada 10 jovens brasileiros estão muito satisfeitos com a própria aparência. Mas não é. Há 11 anos, o Data folha perguntou aos jovens brasileiros se eles se sentiam felizes com a aparência e registrou que 82% estavam muito satisfeitos com o que viam diante do espelho. A mesma pergunta foi feita agora e o grupo dos que se consideram muito satisfeitos caiu 23 pontos percentuais.O descontentamento é maior entre as garotas — 44% se dizem pouco satisfeitas e 6%, nada satisfeitas com a aparência. As meninas de 16 e 17 anos representam o auge do dissabor: 7% delas estão totalmente insatisfeitas. Como não é provável que a feiúra tenha se tornado uma epidemia ao longo dos anos, por que os jovens estão se sentindo mais infelizes com a própria aparência? Segundo especialistas, trata-se de uma questão social. Padrão de beleza Para a psicóloga Joana Novaes, coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza da PUC Rio, o padrão de beleza atual impõe que o jovem seja magro, "sarado" e bronzeado. "Tantas exigências geram uma relação infeliz com o próprio corpo", diz ela, que é autora do livro O Intolerável Peso da Feiúra. Segundo a psicóloga, a infelicidade se agrava devido à diferença de tratamento que a sociedade impõe ao "feio" e ao "bonito". Enquanto a beleza é um meio de ascensão social no Brasil, quem é considerado feio se torna vítima de um preconceito socialmente aceito, pois é permitido que se recrimine a aparência do outro. Já a antropóloga Mirian Goldenberg — autora de O Corpo Como Capital e professora do departamento de antropologia social da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) — não acredita que o jovem esteja se sentindo mais feio, mas, sim,inadequado em relação ao padrão de corpo valorizado pela sociedade.Contudo, segundo Goldenberg, a juventude atual é a primeira geração que cresceu sabendo que há meios para se adequar ao padrão: vestir-se de acordo com a moda, investir em tratamentos estéticos,recorrer a cirurgias plásticas, etc. E mais gordo também. Colocar os pés em uma balança pode ser um sacrifício para metade dos jovens brasileiros. Foi esse o percentual de entrevistados que disseram ao Data folha que não estão satisfeitos com o próprio peso. Comparando os resultados com 11 anos atrás, o número de jovens muito satisfeitos com o peso caiu de 61% para 50%. Outra vez, a maior insatisfação

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