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CONTABILIDADE GERENCIAL

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Por:   •  18/5/2014  •  3.211 Palavras (13 Páginas)  •  186 Visualizações

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AVAEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEO Mundial é uma oportunidade histórica para promovermos desenvolvimento socioeconômico no âmbito local e nacional", disse à BBC Brasil Joel Benin, assessor para Grandes Eventos do Ministério dos Esportes.

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"Ele gerará 3,6 milhões de empregos, movimentará R$ 65 bilhões (este ano) e deixará um legado importante na área econômica".

Nas últimas semanas, porém, alguns analistas têm advertido que o torneio pode decepcionar aqueles que esperam um efeito econômico significativo – seja no curto ou no longo prazo.

Dois relatórios recentes, da agência Moody's e da consultoria Capital Economics, por exemplo, chamam a atenção para o pequeno peso em relação ao PIB dos gastos potenciais dos turistas e investimentos em infraestrutura ligados ao evento.

"Nem o impacto econômico imediato da Copa nem seu legado devem ser expressivos", acredita Neil Shearing, economista-chefe da Capital Economics para Mercados Emergentes.

"Mesmo os aportes em aeroportos, redes de transporte e infraestrutura urbana não chegam a 0,5% do PIB. Depois de décadas de escasso investimento nessas áreas, não é isso que vai aliviar os gargalos estruturais da economia brasileira."

"A Copa é, basicamente, uma grande festa. Foi um erro associar o torneio a obras de infraestrutura que deveriam ter sido feitas há muito tempo para o Brasil continuar crescendo"

Pedro Trengrouse, consultor da ONU para o Mundial e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Acadêmicos como Pedro Trengrouse, consultor da ONU para o Mundial e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Wolfgang Maennig, especialista em economia do esporte da Universidade de Hamburgo, concordam com essa avaliação.

"O governo resolveu apresentar a Copa como solução para questões estruturais do país", diz Trengrouse.

"A Copa é, basicamente, uma grande festa. Foi um erro associar o torneio a obras de infraestrutura que deveriam ter sido feitas há muito tempo para o Brasil continuar crescendo. Ao final, criou-se uma expectativa econômica que não pode ser atendida", completa, referindo-se ao fato de obras de mobilidade urbana e a ampliação de aeroportos terem sido incluídas na chamada Matriz de Responsabilidades da Copa - documento reunindo todos os projetos relacionados ao torneio.

Diante dessas críticas, fica a dúvida: afinal, o impacto econômico do Mundial pode mesmo decepcionar os que esperavam que ele funcionasse como um catalisador da expansão dos investimentos, renda e emprego no país? O evento terá ou não um impacto "significativo" na economia, como promete o governo?

Estudos contraditórios

A resposta depende, primeiro, do que se define pelo termo "significativo". Segundo, de uma série de cálculos que só poderão ser concluídos depois do Mundial.

Embora nos últimos anos tenham sido feitos diversos estudos para estimar os possíveis efeitos da Copa na economia, seus resultados divergem.

De um lado, estão as pesquisas mais otimistas, citadas pelo governo.

Em 2010, um levantamento encomendado pelo Ministério dos Esportes à consultoria Consórcio Copa 2014 estimou que os "impactos econômicos potenciais" do torneio chegariam a R$ 183,2 bilhões até 2019 - sendo R$ 47,5 bilhões de "efeitos diretos" (como investimentos em infraestrutura e serviços ou gastos de turistas) e R$ 135,7 bilhões de efeitos indiretos (que incluem, por exemplo, os ganhos dos fornecedores das construtoras responsáveis pelos estádios).

No mesmo ano, outro estudo, feito pela Ernst & Young em parceria com a FGV estimou um impacto econômico semelhante: R$ 142 bilhões movimentados até 2014 e a geração de impressionantes 3,6 milhões postos de trabalho.

"A Copa vai produzir um efeito cascata surpreendente nos investimentos no País", dizia o estudo. "A economia deslanchará como uma bola de neve, sendo capaz de quintuplicar o total de aportes aplicados diretamente na concretização do evento e impactar diversos setores."

"Não houve exagero - as nossas previsões ainda são essas"

Joel Benin, assessor para Grandes Eventos do Ministério dos Esportes

É com os cenários desses dois relatórios que o governo trabalha ainda hoje.

"Não houve exagero - as nossas previsões ainda são essas", diz Benin.

"Essas estimativas iniciais foram confirmadas por um terceiro levantamento, da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que mostrou que a Copa das Confederações (evento-teste para o Mundial) movimentou R$ 20,7 bilhões em 2013. Foi com base nesse cálculo que estimamos um mínimo de R$ 65 bilhões a serem movimentados pelo Mundial (este ano)."

Ceticismo

Do outro lado, porém, outros estudos sustentam que essas previsões são superestimadas.

Entre eles, está um trabalho de 2012 do professor de economia da Unicamp Marcelo Proni, para quem os cenários iniciais não consideraram o desaquecimento econômico dos últimos anos - que teria inibido investimentos em áreas como hotelaria.

Outro levantamento, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também tem cifras bem mais modestas. "Pela nossa estimativa, o total de empregos gerados pelo torneio seria de apenas 158 mil", exemplifica Edson Paulo Domingues, um de seus autores.

Maennig, da Universidade de Hamburgo - que vem estudando há anos os efeitos econômicos da realização de Copas do Mundo e Olimpíadas - é bastante cético

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