TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA EVOLUÇÃO URBANA DO BRASIL

Exames: CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA EVOLUÇÃO URBANA DO BRASIL. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  19/1/2015  •  1.142 Palavras (5 Páginas)  •  550 Visualizações

Página 1 de 5

No início do século XVI Portugal era dono de um vasto território colonial e, inicialmente, no Brasil, não existia um projeto civilizatório para fundar vilas, eram apenas pontos estratégicos para aumentar a riqueza da corte, extrair o que tinha de riqueza natural. As primeiras décadas de colonização são marcadas pela instalação de pontos fortificados na costa, as feitorias. São fortes para garantir a ocupação do território, instalavam exércitos para defender o litoral, uma vez que no interior tinha índios.

Até o século XVIII o núcleo urbano era localizado no litoral do Brasil. Tinha o Tratado de Tordesilhas separando o território de posse portuguesa do de posse espanhola mas, em arquitetura, não era todo o território que tinha uma rede urbana, pois grande parte ainda era floresta. Fala-se em rede urbana porque os territórios têm sempre uma comunicação entre eles, são interligados.

Em 1832 se inicia uma ocupação do território com esquema de capitanias hereditárias. O rei deixa nas mãos dos civis uma meta: construir com capitais privados e avançar no território. O governo não tinha interesse em estar presente na colônia, só ia controlar isso, o sistema era meio feudal uma vez que o civil não era proprietário da terra, mas sim o rei. Os donatários queriam comercializar, começaram a ocupar o território e criar vilas.

O Brasil colônia era marcado por uma uniformidade que vai de norte a sul, constituído por uma praça regular planejada onde se organizavam os poderes da colônia, incluindo a igreja, que representava o poder religioso e era o principal órgão. Outro prédio era a casa da câmara de poderes, representando o poder civil, onde as leis são regulamentadas e controladas, cuidavam da ordem para que a lei fosse cumprida. Quem não cumpria ia para a cadeia, que ficava em baixo do prédio da câmara de poderes.

Esse território era definido para ser o núcleo urbano e tinha uma lógica, a Coroa delimitava onde construir as casas e ruas, então a câmara legislava. O alinhador era da câmara e dizia como e onde a pessoa podia construir.

A primeira cidade no Brasil é Salvador, já que os primeiros núcleos urbanos não são cidades, mas sim vilas. Cidade é diferente de vila porque no Brasil colonial a cidade tem a presença da corte portuguesa, em Salvador tem um lugar para a corte, existe o poder da coroa instalado no edifício “a casa dos governadores”. Essa é a principal diferença, já que o restante da arquitetura é semelhante.

As cidades eram criadas em pontos especiais e funcionavam como centros regionais, por meio das quais se revelavam as tendências centralizadoras da política portuguesa. A ocupação e construção de vilas e cidades se dão segundo a capacidade de desbravar o território e, como o interior tinha índios e a serra é difícil de subir e construir, a urbanização inicial se concentrava no litoral. Apesar disso, São Paulo foi construída no início, é exceção.

Dessa forma, a cidade é fundada pela coroa e tem presença do governo, enquanto a vila era fundada por donatários. Os donatários tinham que pagar tributos à coroa, recolhiam verbas dessa exploração, faziam a defesa e administravam junto com a câmara e os senhores de terra. Os donatários não tinham a terra, mas tinham o direito de explorar. Vai se formar então uma rede, um conjunto de vilas dos donatários e cidades sob administração direta da coroa. Isso se chama política de urbanização do território.

Essa política de urbanização mudou ao longo da colonização, pois no início o que era essencial para Portugal era a economia extrativista, não a fundação de cidades. Assim, de 37 povoações, só 7 eram por conta da coroa, o restante era iniciativa dos donatários.

No renascimento surge a perspectiva, antes se construía com a prática, depois da perspectiva o arquiteto podia construir na cabeça e passar para o papel, dá para representar, fazer o projeto, surge o arquiteto moderno. Existe, no entanto, uma polêmica de historiografia entre a regularidade e a irregularidade. Nestor Goulart Reis Filho e Marta Max Delson tem opiniões divergentes a Robert Smith e Sérgio Buarque de Holanda. Eles discutiam o conhecimento ou ignorância da “ordem pelos portugueses”.

Sérgio Buarque e Robert Smith defendiam

...

Baixar como (para membros premium)  txt (7.2 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com