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Caso Katia

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Por:   •  27/12/2014  •  1.564 Palavras (7 Páginas)  •  371 Visualizações

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Professor: Luiz Roberto Pires Domingues Junior

Caso Kátia

O Relato do caso mostra uma situação comum de trabalho nos centros comerciais no Brasil. Kátia é uma funcionária dedicada que além de trabalhar, curso ensino superior. Apesar de o relato não descrever amplamente, provavelmente a situação dela é de um emprego transitório para sustentar os estudos e a sim mesma. A grande pergunta é porque, provavelmente, ela não está cursando ensino superior para garantir uma melhor posição na mesma empresa. A resposta é que existe uma cultura de trabalho no Brasil onde trabalhos como lidar com o público diretamente são menosprezados, e são considerados para contribuintes transitórios, ou com pouca perspectiva de crescimento. Por exemplo, geralmente uma vendedora de uma loja específica tem como ambição máxima se tornar gerente de vendas da unidade onde trabalha, onde a remuneração melhora, mas não chega a ser justa para quem tem nível superior hábil. No final é formado um ciclo vicioso, onde o empregado acaba se tornando hábil demais e não possui perspectiva de crescimento e, além disso, o ambiente de trabalho em si não é preparado seguindo normas e boas práticas, já que a mão de obra é considerada subqualificada ou transitória.

Voltando ao relato em si, irei explicitar os pontos de melhoria ergonômicas, retirando trechos do texto, da NR-17 e do material didático:

1. “Kátia realiza uma série de tarefas que são muito diferentes entre si, as mais frequentes são:”

Recomendado: Neste trecho o relato deixa claro que Katia não possui descrição de tarefas ou “Job Description” da função exercida, somente algumas tarefas mais usuais. A apostila Ergonomia- Engenharia e Segurança do trabalho, Luiz Roberto Pires Domingos Junior,2012 explicita a definição de tarefa: “A tarefa é entendida como conjunto de prescrições, normas e regras. Ela define e estabelece aquilo que o trabalhador deve fazer para produzir bens e serviços sob determinadas normas de qualidade/quantidade, valendo-se de equipamento e ferramentas específicas. Deve-se ressaltar que a tarefa em si não é o trabalho; ela é o constrangimento a que o trabalhador é submetido para exercer sua atividade; enfim, é o quadro preestabelecido para que o trabalhador faça a sua atividade; ela autoriza a atividade e impõe os objetivos”

Na NR 17 “17.6.2 A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo:

a) as normas de produção;

b) o modo operatório;

c) a exigência de tempo;

d) a determinação do conteúdo de tempo;

e) o ritmo de trabalho;

f) o conteúdo das tarefas.”

A contribuinte precisa de uma descrição de tarefas clara para gerar um quadro de atividades efetivo.

Figura 1- Relação tarefa à atividade

Apostila Ergonomia- Engenharia e Segurança do trabalho, Luiz Roberto Pires Domingos Junior,2012

Custo ao empregador: Baixo, gerar uma “Job Description” pode ser feita por um profissional de RH e um profissional Senior ou superior direto ao cargo descrito.

Resultado: A análise ergonômica fica simplificada, o empregado tem menor carga de stress, mitigando o fator imprevisão.

2. “ Em muitas situações, eles também ajudam aos que chegaram interinamente, pois existe muita coisa para os de contrato por tempo determinado aprender.”

Recomendado: O relato nos leva a concluir que existe somente um treinamento informal para os trabalhadores de contrato temporário. A apostila Ergonomia- Engenharia e Segurança do trabalho, Luiz Roberto Pires Domingos Junior,2012 cita : “A informação e o treinamento dos trabalhadores são componentes importantes das medidas preventivas relativas aos ambientes de trabalho, particularmente se o modo de executar as tarefas propicia a formação ou dispersão de agentes nocivos para a saúde ou influencia as condições de exposição, como, por exemplo, a interação em relação à tarefa/máquina, homem/atividade, a possibilidade de absorção por meio da pele ou ingestão, o maior dispêndio de energia, entre outros.” A NR 17 cita em vários trechos necessidade de treinamento, como, por exemplo, um aplicável nesse relato: NR 17.6.1. “Todos os trabalhadores envolvidos com o trabalho de operador de checkout devem receber treinamento, cujo

objetivo é aumentar o conhecimento da relação entre o seu trabalho e a promoção à saúde.”

Existe necessidade de treinamento formal, inclusive na área ergonômica.

Custo ao empregador: Médio e Alto (Períodos de pico, necessidade de trabalhador provisório)

Resultado: Normas e boas práticas da ergonomia ficaram mais visíveis ao empregado e com maior aplicabilidade.

3. “Suas principais queixas se relacionam ao que ela chama de “quantidade de trabalho””.

Recomendado: NR17.5.2 “O contingente de operadores deve ser dimensionado às demandas da produção no sentido de não gerar sobrecarga habitual ao trabalhador.” e NR 17 anexo I “A disposição física e o número de checkouts em atividade (abertos) e de operadores devem ser compatíveis com o fluxo de clientes, de modo a adequar o ritmo de trabalho às características psicofisiológicas de cada operador, por meio da adoção de pelo menos um dos seguintes itens, cuja escolha fica a critério da empresa (...)” O número de empregados deve ser melhor dimensionado.

Custo ao empregador: Baixo e Alto (Período de pico).

Resultado: Melhor fluxo de trabalho, carga diária aceitável segundo Normas e boas práticas.

4. “ O balcão de atendimento é muito baixo para a sua estatura”

Recomendado: Anexo I, NR17.2.1 “ Em relação ao mobiliário do checkout e às suas dimensões, incluindo distâncias e alturas, no posto de trabalho deve-se:

a) atender às características antropométricas de 90% dos trabalhadores, respeitando os alcances dos membros e da visão, ou seja, compatibilizando

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