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Caso Richtofen

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Por:   •  25/8/2013  •  1.637 Palavras (7 Páginas)  •  349 Visualizações

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CASO RICHTHOFEN

O Caso Richthofen é um processo polêmico que chocou a opinião pública brasileira. Uma das rés, Suzane Louise von Richtofen, foi acusada de ter planejado a morte dos próprios pais, com o auxílio do então namorado Daniel Cravinhos e de seu irmão, Cristian Cravinhos. O júri do caso entendeu que Suzane foi influenciada pelos irmãos, mas que poderia ter resistido e evitado o crime.

O interesse da população pelo caso foi tão grande que a rede TV Justiça cogitou transmitir o julgamento ao vivo. Emissoras de TV, rádios e fotógrafos chegaram até a ser autorizadas a captar e divulgar sons e imagens dos momentos iniciais e finais, mas o parecer definitivo negou a autorização. Cinco mil pessoas inscreveram-se para ocupar um dos oitenta lugares disponíveis na platéia, o que congestionou, durante um dia inteiro, a página do Tribunal de Justiça na internet. É dessas pessoas autorizadas que se conhece o que houve no julgamento.

Segundo a promotoria, Suzane teria sido a mentora de toda a ação criminosa. Teria liderado um teste de barulho causado pelos disparos de uma arma de fogo, dias antes do crime, e com isso o grupo teria descartado a idéia de utilizar uma.

Em 31 de outubro de 2002, Suzane e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos foram à casa dos von Richthofen e, utilizando barras de ferro, assassinaram Manfred e Marísia. Os três afirmavam que Suzane não participou do assassinato em si, mas não há consenso sobre sua posição na casa enquanto o crime ocorria, e nem se, findo o ato, ela subiu ao quarto e viu os corpos dos pais (alguns consideram importante notar que, caso Suzane tenha visto os cadáveres, isto diz muito sobre sua personalidade, considerando seu calmo estado de espírito após o assassinato). A casa foi mais tarde revirada e alguns dólares foram levados, para forjar latrocínio (roubo seguido de morte).

Suzane afirma que seus pais não aceitavam o namoro e a impediam de ver o rapaz. Além disso, existia um suposto interesse na herança (que Suzane agora nega) e uma suposta manipulação dela exercida por Daniel Cravinhos - que diz ter ocorrido justamente o oposto: fora que ela jurou seus pais de morte antes desse atentado cometido por ela.

O promotor Roberto Tardelli esperava que Suzane von Richthofen e os irmãos Daniel e Christian Cravinhos fossem sentenciados a 50 anos de prisão cada um .

Suzane, seu namorado Daniel e o irmão dele, Christian Cravinhos, confessaram ter matado os pais dela, a "golpes de pau", na casa em que a família vivia e foram denunciados pelo Ministério Público por crime de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima; e fraude processual, por terem alterado a cena do crime.

De acordo com o promotor, não há como o juiz arbitrar a sentença de 60 anos porque Suzane era menor de 21 quando cometeu o crime. Os três são réus confessos e colaboraram para o andamento do processo.

Uma considerável vitória da promotoria foi impedir o desmembramento do processo, fazendo com que Suzane e os irmãos Cravinhos fossem julgados juntos. Além disso, segundo o promotor, venceria nesta segunda o período de prisão domiciliar, mesmo que o ministro Nilson Naves, do Superior Tribunal de Justiça, não tenha estabelecido um prazo.

Atuou como 'assistente da acusação' o advogado criminalista Alberto Zacharias Toron, que foi o último a falar pela promotoria. Ele reforçou a linha de acusação do promotor Roberto Tardelli e insistiu na participação dos três, com responsabilidades idênticas no crime.

Suzane conseguiu como advogados de defesa seu tutor Denivaldo Barni e Mauro Otávio Nacif. Nacif defende que sua cliente sofreu uma "coação moral irresistível", ou seja, de que ela foi pressionada pelo namorado para participar do crime, sob pena de perdê-lo. O namorado teria ganhado muita importância na vida da ré depois de ela ter, supostamente, perdido a virgindade com ele, aos 16 anos.

O Dr. Mauro diz que a questão da virgindade era um tabu na casa de Suzane, que recebeu uma educação rígida graças à ascendência alemã e cuja mãe se casou virgem. Ela estaria tão envolvida com Daniel que, na opção entre Daniel e os pais, optou pelo namorado.

Segundo o advogado, Daniel Cravinhos "escravizava" Suzane e foi o responsável por seu envolvimento com drogas como maconha — que consumia frequentemente — e ecstasy. Ele diz que Daniel não queria usar preservativos e obrigava Suzane a tomar injeções mensais de anticoncepcionais, que a desagradava profundamente.

(Artigo retirado do site Psicopatia.com.br, 2010).

• ANÁLISE DO CASO:

Situação de Conflito

Em 31 de outubro de 2002, Suzane e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos foram à casa dos Von Richthofen e, utilizando barras de ferro, assassinaram Manfred e Marísia. Os três afirmavam que Suzane não participou do assassinato em si, mas não há consenso sobre sua posição na casa enquanto o crime ocorria, e nem se, findo o ato, ela subiu ao quarto e viu os corpos dos pais (alguns consideram importante notar que, caso Suzane tenha visto os cadáveres, isto diz muito sobre sua personalidade, considerando seu calmo estado de espírito após o assassinato). A casa foi mais tarde revirada e alguns dólares foram levados, para forjar latrocínio (roubo seguido de morte).

Tese favorável a Suzane Louise Von Richthofen

Suzane conseguiu como advogados de defesa seu tutor Denivaldo Barni e Mauro Otávio Nacif. Nacif defende que sua cliente sofreu uma "coação moral irresistível", ou seja, de que ela foi pressionada pelo namorado para participar do crime, sob pena de perdê-lo. O namorado teria ganhado muita importância na vida da ré depois de ela ter, supostamente, perdido a virgindade com ele, aos 16 anos.

O Dr. Mauro diz que a questão da virgindade era um tabu na casa de Suzane, que recebeu uma educação rígida graças à ascendência alemã e cuja mãe se casou virgem. Ela estaria tão envolvida com Daniel que, na opção entre Daniel e os pais, optou pelo namorado.

Segundo o advogado, Daniel Cravinhos "escravizava"

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