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Centralização do modelo

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Por:   •  7/3/2014  •  Tese  •  891 Palavras (4 Páginas)  •  260 Visualizações

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Aula-tema 02: A Centralidade do Modelo

Após conhecer o significado do termo “Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte”, compreendendo os limites de faturamento anuais aos quais esses negócios se enquadram (bem como os impostos incidentes sobre eles), e também após avaliar a necessidade da elaboração do Plano de Negócios para definição das estratégias empresariais, a próxima etapa a ser analisada pelo empreendedor é o estudo sobre o universo no qual a pequena empresa está inserida, avaliando as pricipais dificuldades encontradas pelos gestores que se aventuram na abertura do seu próprio negócio.

Pesquisas realizadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostraram que, no ano de 2007, no Brasil, as microempresas representavam 99,2% dos empreendimentos brasileiros, 20% do PIB (Produto Interno Bruto), gerando 57,2% do total de empregos formais no país.

Por outro lado, os estudos mostram que 59, 9% das empresas criadas não sobrevivem além dos 4 anos de vida. Se refletirmos sobre esses números, vemos que de cada 100 empresas abertas, apenas 40 superam os primeiros 4 anos de atividade. Há outro indicador ainda mais crítico: somente 3 destas 100 empresas chegam aos 30 anos. Mas por que isso acontece?

Ao longo do processo de criação e de maturação dessas pequenas empresas, muitas dificuldades são encontradas pelos empreendedores, o que os faz desistirem do negócio. Uma das grandes dificuldades é o poder que as grandes corporações exercem sobre a pequena empresa brasileira. Enquanto fornecedora das grandes corporações, a pequena empresa fica à mercê de seus prazos de pagamento, bem como das exigências por baixos preços, visto que estas grandes corporações anseiam por retornos extradiornários e alta lucratividade. Assim, o pequeno empreendedor é obrigado a reduzir significativamente sua margem de lucratividade em busca de preços competitivos para vencer a concorrência.

Já quando o pequeno empreendedor consegue ter o melhor preço, o grande cliente prolonga de tal maneira o prazo de pagamento a ponto de causar um grande descompasso no fluxo de caixa do pequeno empresário, que também terá que pagar seus fornecedores, porém em um prazo de tempo muito mais reduzido. Ou seja, ele compra para pagar a curto prazo (geralmente o prazo médio de pagamento é entre 28 e 30 dias, exceto para empresas com menos de 1 ano no mercado, onde se exige pagamento à vista) e obtém o retorno desta compra somente à longo prazo, chegando à 90 dias (prazo médio de estocagem 60 dias + prazo médio de recebimento 30 dias). Caso não haja uma reserva de caixa suficiente para manter esse período, cobrindo a lacuna entre o pagamento e o recebimento (reserva esta chamada de capital de giro), as chances de quebra das microempresas serão grandes. Em busca da reversão desse processo, o pequeno investidor é obrigado a financiar suas dívidas.

Outro entrave para o sucesso das pequenas empresas brasileiras são as fontes de financiamento. Por ser pequena e apresentar maior risco aos bancos, estes oferecem linhas de créditos a juros não tão compensadores. No desespero de levantar capital de giro para financiar suas operações, o pequeno empresário busca dinheiro onde ele se encontra disponível, captando-o a qualquer custo e pagando muito caro por ele. É preciso uma revisão por parte do governo nas linhas de crédito oferecida pelos bancos ao pequeno investidor, pois fontes de recursos escassas e caras aumentam as chances de falência da microempresa (FERRONATO, 2011).

Outra grande dificuldade encontrada pelas micro e pequenas empresas brasileiras é com relação à burocracia existente para regularização

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