Centro Cirurgico

O centro cirúrgico e as cirurgias evoluíram a partir de 1846 com a descoberta da anestesia. Na era pré-anestesia, os cirurgiões eram forçados a se preocupar mais com a velocidade com que uma operação era contemplada do que a eficácia clínica de sua dissecção. Uma nova era na história da cirurgia havia começado (TOWNSEND et.al,2005, p.6).

O papel do enfermeiro no CC tem se tornado mais complexo a cada dia, na medida em que necessita integrar as atividades que abrangem a área técnica, administrativa, assistencial, de ensino e pesquisa. Na integração destas atividades, nas quais os vários profissionais interagem sob vários aspectos salienta-se o relacionamento interpessoal, normalmente dificultado em unidade fechada, estressante e dinâmica como é o centro cirúrgico (FONSECA e PENICHE, 2009).

Segundo ZAGO (1993, p.64) “o ensino do paciente cirúrgico tem sido considerado como uma estratégia de atuação do enfermeiro, com o objetivo de facilitar a recepção e minimizar as consequências que possam repercutir na qualidade de vida após a cirurgia.” Antigamente a assistência prestada pelo enfermeiro ao paciente cirúrgico era tido em segundo plano pois seu papel consistia principalmente no planejamento, acompanhamento e avaliação dos serviços de saúde, no atendimento as solicitações da equipe médica e em ações administrativas relacionadas ao desenvolvimento do ato anestésico-cirúrgico. Após a criação da SAEP (Sistematização da Assistência de Enfermagem Peri operatória) tudo mudou de forma que esta metodologia preconiza a atuação do enfermeiro nos períodos pré-operatório, trans. ou intra-operatório e pós-operatório, tornando a assistência planejada e organizada.

SILVA (1996) coloca que a sistematização da assistência e a ordenação e direcionamento das atividades não beneficiará somente os enfermeiros mas, também as instituições que terão como avaliar melhor o trabalho desenvolvido; relata ainda, que independente do referencial teórico, se essa sistematização for realizada de maneira incorreta poderá resultar em planejamento e implementação equivocados no atendimento ao paciente.

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