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Como Pode Ser Aplicado O Principio Da Divisão Do Trabalho De Taylor

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Por:   •  27/9/2014  •  10.545 Palavras (43 Páginas)  •  371 Visualizações

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O conceito de empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, nos últimos anos, intensificando-se no final da década de 1990. Existem vários fatores que talvez expliquem esse repentino interesse pelo assunto, já que, principalmente nos Estados Unidos, país onde o capitalismo tem sua principal caracterização, o termo entrepreneurship é conhecido e referenciado há muitos anos, não sendo, portanto, algo novo ou desconhecido. No caso brasileiro, a preocupação com a criação de pequenas empresas duradouras e a necessidade da diminuição das altas taxas de mortalidade desses empreendimentos são, sem dúvida, motivos para a popularidade do termo empreendedorismo, que tem recebido especial atenção por parte do governo e de entidades de classe. Isso porque nos últimos anos, após várias tentativas de estabilização da economia e da imposição advinda do fenómeno da globalização, muitas grandes empresas brasileiras tiveram de procurar alternativas para aumentar a competitividade, reduzir os custos e manter-se no mercado. Uma das consequências imediatas foi o aumento do índice de desemprego, principalmente nas grandes cidades, onde a concentração de empresas é maior. Sem alternativas, os ex-funcionários dessas empresas começaram a criar novos negócios, às vezes mesmo sem experiência no ramo, utilizando o pouco que ainda lhes restou de economias pessoais, fundo de garantia etc. Quando perce- bem, esses profissionais já estão do outro lado. Agora são patrões e não mais em- pregados. Muitos ficam na economia informal, motivados pela falta de crédito, pelo excesso de impostos e pelas altas taxas de juros. Houve ainda recentemente aqueles motivados pela nova economia, a Internet, que teve seu ápice de criação de negócios pontocom entre os anos de 1999 e 2000. Nessa época, muitos tentaram se tornar os novos jovens milionários, independentes, donos do próprio nariz. Devem ser considerados também os que herdam os negócios dos pais ou parentes e que dão continuidade a empresas criadas há décadas. Essa conjunção de fatores somados despertou discussões a respeito do tema empreendedorismo no país, com crescente ênfase para pesquisas relacionadas ao assunto no meio académico, e também com a criação de programas específicos voltados ao público empreendedor, como foi o caso do programa Brasil Empreendedor do Governo Federal, instituído em 1999, que teve como meta inicial a capacitacão de mais de um milhão de empreendedores brasileiros na ela- boração de planos de negócios, visando à captação de recursos junto aos agentes financeiros do programa. Dados do Sebrae mostram ainda que no período de 1990 a 1999 foram constituídas no Brasil 4,9 milhões de empresas, dentre as quais 2,7 milhões são microempresas. Ou seja, mais de 55% das empresas criadas nesse período são microempresas. Pesquisas realizadas pelo IBGE e citadas no site do Sebrae (wtinv.sebrae.com.br) mostram também que em 2001 o total de empresas formais em atividade no Brasil era de 4,63 milhões, contemplando os setores da indústria, comércio e serviços. As microempresas representavam 93,9% do total de empresas. O conjunto das micro e pequenas empresas alcan- çava 99,2% do total. Apenas 0,3% das empresas do país é de grande porte (em- pregando mais de 500 pessoas na indústria ou mais de 100 pessoas nos setores do comércio e serviços).

EMPREENDEDORISMO TRANSFORMANDO IDÉIAS EM NEGÓCIOS.

AUTOR: JOSÉ CARLOS ASSIS DORNELAS EDITORA CAMPUS 2ª EDIÇÃO.

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E oportuno, portanto, um estudo mais profundo a respeito do conceito de empreendedorismo, tendo em vista que a maior parte dos negócios criados no país é concebida por pequenos empresários. Esses nem sempre possuem concei- tos de gestão de negócios, atuando geralmente de forma empírica e sem planeja- mento. Isso se reflete diretamente no alto índice de mortalidade dessas pequenas empresas que, em alguns casos, chega a 73% no terceiro ano de existência (Pesquisa Sebrae, 1999). Dados mais recentes do Sebrae-SP mostram que esses números melhoraram sensivelmente nos últimos anos, porém o índice de mor- talidade dessas empresas continua alto, como se observa no gráfico da página 19, referente a uma pesquisa de campo realizada no período de 1997 a 2001 e pu- blicada no final de 2003. Entendendo melhor como ocorre o processo empreendedor, seus fatores críticos de sucesso e o perfil de empreendedores de sucesso, espera-se que essa estatística, ainda preocupante, seja gradarivamente alterada, por meio da adoção de técnicas e métodos comprovadamente eficientes e destinados a auxiliar o desenvolvimento e a maturação das pequenas empresas brasileiras. E com esse objetivo que este livro foi escrito, procurando prover educadores e empreendedores com um guia prático de empreendedorismo, podendo ser utilizado como livro-texto em cursos de em- preendedorismo e também como referência para aqueles que pretendem criar um novo negócio ou, ainda, planejar algum negócio já existente.

Espera-se que, com este livro, sejam esclarecidas algumas dúvidas que ajudarão o leitor numa reflexão profunda a respeito de questões como: o que é empreendedorismo? O que é ser empreendedor? Por que se fala tanto a respeito do assunto hoje em dia? O empreendedor nasce pronto, ou seja, só os predestina- dos podem ser empreendedores, ou será que qualquer pessoa pode tornar-se

EMPREENDEDORISMO TRANSFORMANDO IDÉIAS EM NEGÓCIOS.

AUTOR: JOSÉ CARLOS ASSIS DORNELAS EDITORA CAMPUS 2ª EDIÇÃO.

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um? Qual a diferença entre o empreendedor e o administrador? O livro está dividido em capítulos que têm uma sequência lógica, seguindo o processo empreendedor, embora possam ser utilizados isoladamente. Vários en- sinamentos são usados de forma rotineira por muitas empresas e diversos em- preendedores. Mas a necessidade de capacitar um número cada vez maior de empreendedores justifica a compilação de tais informações de maneira a facilitar o acesso. Inicialmente, analisa-se o surgimento do empreendedonsmo e a atenção que muitos países têm dado ao tema, para então chegar a algumas definições. Em seguida, discute-se o surgimento da ideia, o processo criativo de identificação de uma oportunidade, tanto nos negócios chamados tradicionais, como na Internet, a chamada Nova Economia. A parte central do livro é dedicada ao entendimento e à aplicação da principal ferramenta do empreendedor: o plano de negócios. Na sequência, são apresentadas as principais formas existentes no país para o financiamento do negócio. Trata-se do capital de risco e dos vários programas disponibilizados às micro e pequenas empresas pelo

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