Comunicação Do Ser Humano, Grafia E Fala

RESENHA

Falar sobre a comunicação do ser humano, considerando sua grafia e fala, é olhar para determinados fatores que até então muitas vezes eram por nós, considerados “errados”, e o ensino da metodologia da Língua Portuguesa vem nos auxiliar perante esses fatores na diferenciação do acerto e da transgressão.

Estamos inseridos numa sociedade, e particularmente falando de Brasil, repleta de diferenças socioculturais que não podem jamais serem desconsideradas pelo professor, além de possuirmos como linguagem um português brasileiro dotado de classificações gramaticais que muitas vezes nem são compreendidas pelo próprio professor de Língua Portuguesa.

As variações linguísticas se diferenciam de acordo com o local, a história, a cultura, e a faixa etária de cada um, e são expressas de maneira natural, e é aí onde entram os preconceitos linguísticos.

Ao estudarmos o conteúdo sobre essas variações, podemos analisar o quanto o respeito deve ser fundamental na sala de aula.

O professor recebe aos seus cuidados, crianças que trazem consigo uma bagagem de diferentes experiências, cada um com sua individualidade expõe aquilo que traz do meio ao qual está inserido, e é nessa hora que deve atuar com cautela naquilo que julga correto, e ao mesmo tempo, fazer dessas experiências um ponto de partida para trabalhar o conteúdo de maneira a valorizá-las.

Importante saber, que além dessas variações, a língua é algo mutável, que não é permanente e pode sofrer mudanças ao longo dos anos.

Um dos grandes desafios colocados nas mãos do professor é fazer com que a criança que fala macaxeira, nome usado geralmente na região nordestina, referindo-se a mandioca aqui do sul, entender que se trata da mesma coisa, ou seja, da mesma raiz; que bucho, é a mesma coisa que barriga, ou como dizer a ela, que na hora que vamos falar determinadas palavras podemos usar a gíria, mas que ao escrevê-las, precisamos utilizar a ortografia correta, seguindo algumas regras de escrita e concordância.

É na escola, que essas variações aparecem de maneira mais gritante! É quando os alunos vão redigir algum texto, por exemplo, que acabam utilizando tudo o que faz parte de seu vocabulário, e se esquecem de que existem regras a serem seguidas.

A escola entra aí, como agente de informação e transformação! Necessário se faz o respeito às inúmeras diversidades, mas não podemos negligenciar algo tão importante que é a concordância e a coerência naquilo que se redige, já que a vida cobrará de cada um desses alunos, no futuro, principalmente profissional. Exigirá valores que precisam ser trabalhados para que possam ter um bom desempenho e serem melhores sucedidos e reconhecidos.

O respeito a essas variações e o uso delas deve existir e proporcionar um amplo aprendizado aos educandos, assim como aprender e “encaixar” as normas necessárias da nossa língua a essas variações, deve ser entendido pelos alunos de maneira consciente e necessária.