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Construções Em Bambu

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Por:   •  21/11/2014  •  2.850 Palavras (12 Páginas)  •  436 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Bambu é o nome que se dá às plantas da sub-família Bambusoideae, uma da família das gramíneas (Poaceae ou Gramineae). Essa sub-família se subdivide em duas tribos, a Bambuseae (os bambus chamados de lenhosos) e a Olyrae (os bambus chamados herbáceos).

As opiniões variam muito e novas espécies e variedades são acrescentadas ano a ano, mas calculam-se que existam cerca de 1250 espécies no mundo, espalhadas entre 90 gêneros, presentes de forma nativa em todos os continentes menos na Europa. Habitam uma alta gama de condições climáticas (zonas tropicais e temperadas) e topográficas (do nível do mar até acima de 4000m).

O bambu possui caules lenhificados utilizados na fabricação de diversos objetos como instrumentos musicais, móveis, cestos e até na construção civil, onde é utilizado em construções de edifícios à prova de terremotos. Também é possível produzir a partir desta gramínea, a fibra de bambu. (WIKIPÉDIA, 2008).

É possível perceber que a construção civil atual passa por momentos de transição. As técnicas construtivas e as recuperações de patologias são cada vez mais demandadas e a cada dia surgem novos elementos construtivos para suprir a necessidade dos proprietários das obras e profissionais responsáveis. A sensação externa de segurança, a durabilidade e resistência são fatores determinantes na escolha do material a ser usado. O uso do concreto por sua alta resistência à compressão, o aço por ser muito resistente a tração e a madeira, elemento construtivo natural e também bastante eficiente aos esforços solicitantes em uma estrutura, dão o aspecto usual de uma obra desse tipo, agindo assim os arquitetos que produzem verdadeiras revoluções no aspecto visual de interação de elementos. Elementos esses, qual extração comprovadamente afeta de forma preocupante os locais de exploração, fazendo com que haja por parte da população mundial uma mudança de pensamento, juntamente com um maior interesse por recursos renováveis que

possam integrar as possibilidades de escolha na hora de se projetar uma estrutura (GHAVAMI, 2001).

O bambu material sem muito valor econômico, social ou cultural em nossa sociedade é em outros países motivo de orgulho e pesquisas por seu potencial em diversas e comprovadas áreas de atuação. Material como o bambu não é poluente, não requer grande consumo de energia e oxigênio em seu processo de preparo; sua fonte é renovável e de baixo custo (RIPPER, 1994).

ORIGEM HISTORICA DO BAMBU

A utilização do bambu remonta, segundo especialistas, à origem da espécie, quando, na luta pela sobrevivência, saiu das estepes para instalar-se em cavernas, onde o ambiente era mais controlado. Quando faltou espaço, passou a utilizar materiais da natureza para construir seus abrigos, dentre estes o bambu, que é tubular, longo, resistente, flexível, fácil de transportar e manusear, além de ser mais leve que a maioria dos outros materiais fortes.

Os exemplos mais antigos da utilização do bambu na arquitetura encontram-se na Ásia, na construção de templos japoneses, chineses e indianos, cujo símbolo maior é o Taj Mahal, que teve sua abóbada em metal estruturada recentemente, que substitui a estrutura milenar em bambu.

Na China, encontram-se espetaculares construções de potes, com vãos enormes tencionados com cordas de bambu, enquanto na África existem muitas habitações populares também utilizando este material.

Enquanto na Índia e na China os produtos manufaturados em bambu movimentam US$ 7 bilhões, na América do Sul já possui um movimento neste sentido, especialmente na Colômbia e Equador, que adotaram o bambu na construção de casas populares, que sobreviveram a terremotos sem grandes danos.

Um exemplo no Brasil são as igrejas históricas, que resistem a centena de anos, muito embora seja um material desprestigiado devido à questões culturais, por ter uma relação próxima com o combate ao barbeiro, transmissor da doença de Chagas, cujas casas de pau-a-pique, edificadas precariamente, fizeram com que a técnica fosse abandonada.

Características estruturais

O bambu tem óptimas características estruturais em comportamentos de tracção, compressão e flexão. Para a realização de testes utiliza-se um bambu de idade superior a 3 anos e selecciona-se um inter gomo completo para que sejam viáveis os valores obtidas. Consideramos também alguns factores importantes, como sejam: o bambu que cresce em pendentes é normalmente mais resistente que o bambu desenvolvido em vales. As plantações em terrenos pobres e secos são geralmente mais resistentes. As propriedades mecânicas vão depender também da espécie botânica, da idade do bambu, da quantidade de humidade, das diferentes partes da vara, da posição dos nós e inter gomos, da espessura da parede da planta.

O material de cada espécie deve ser recolhido de várias plantações e áreas de corte, de modo a termos resultados médios que possam garantir a segurança das conclusões.

-flexibilidade

Testes de flexão causam esforços de compressão na parte superior da secção da trave, paralelos à fibra que não causam problemas ao material. Contudo esta compressão provoca deformação ortogonal nas fibras (lineares), provocando aqui um ponto débil. Se são vãos pequenos as traves podem ceder por corte, se são grandes vãos cedem por flexão. Em provas que realizei na Universidade Atonoma Benito Juarez chegamos a valores 18 a 20 toneladas para tornar una vara de bambu Guadua Angustifolia, numa secção de diâmetro 8cm. Concluindo assim que, o bambu tem alta resistência mecânica à flexão; o detalhe surge nos apoios e uniões que por vezes não aguentam a pressão exercida estilhaçando o bambu. Podemos assim melhorar o seu comportamento reforçando uniões e área de apoio reduzindo a deformação causada pelas forças de compressão

- competitividade do bambu

Falemos de valores de resistência estrutural depois destes testes referidos. Numa sucinta comparação entre bambu, madeira, aço e betão armadopodemos aferir que o bambu se comporta com grande eficiência, obtendo os valores mais moderados. No gráfico de esforços _38 podemos concluir que o esforço limite do aço

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