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Contabilidade Aplicada

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Por:   •  4/11/2013  •  10.214 Palavras (41 Páginas)  •  241 Visualizações

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INTRODUÇÃO:

Existe uma tendência mundial dos investidores procurarem empresas socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis para aplicar seus recursos. Acredita-se que empresas sustentáveis geram valor, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais. Aprenderemos sobre o ISE-BOVESPA e quais empresas a integram.

A transparência das contas públicas se deve a implantação da Lei de Responsabilidade fiscal – LRF em maio de 2000, foi um avanço na história política do Brasil, sofreu por parte de alguns políticos, da oposição, severas críticas na época. A base Constitucional da LRF é o artigo 163, que trata das normas geral de finanças pública e sua natureza jurídica é de lei complementar.O objetivo maior da referida lei é o equilíbrio das contas públicas e a moralização na gestão dos gastos públicos, onde o administrador deve seguir rigorosamente as normas de condutas impostas por esta lei. Administrar bem é planejar, é ser transparente, é prestar contas de seus atos e incentivar a participação popular.

Veremos também conceitos referente a diversas áreas contábeis tais como: Agronegócio, construção civil e terceiro setor.

1. ÍNDICES DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

a) O QUE É O ISE-BOVESPA

O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) é um indicador que mede o retorno absoluto de uma carteira teórica formada por atuações de empresas com notável comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial, atuando como promotor das boas práticas no meio empresarial brasileiro. As ações são escolhidas em meio as mais comerciadas na BOVESPA, levando em conta a liquidez, e são avaliadas na carteira pela importância (valor) de mercado das ações disponíveis à transação.

Tudo que a ciência econômica apresenta como um dado, quer dizer, o conjunto de disposições do agente econômico que fundamentam a ilusão da universalidade a histórica das categorias e conceitos utilizados por esta ciência, é, na verdade, o produto paradoxal de uma longa história coletiva que é reproduzida sem cessar nas histórias individuais as quais, apenas a análise histórica pode dar conta de explicar (BOURDIEU ([1997] 2005, p.16).

O ISE é um referencial que busca apontar as melhores empresas sustentáveis, sendo assim, ele procura recompensar as empresas com as melhores práticas servindo, deste modo, como uma ferramenta de classificação. Para que tenha reatividade, a exposição dos desempenhos necessita ter amplo alcance e abranger todos os públicos interessados.

b) A EMPRESA GANHA ALGO EM INTEGRAR ESSE TIPO DE ÍNDICE

Esse tipo de empreendimento (empresas sustentáveis) suscita valor para o acionista a longo prazo, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais. Desse modo, pode-se entender que ao se associar ao ISE, a empresa pode obter diversos ganhos, sendo eles tangíveis e intangíveis.

- GANHOS TANGÍVEIS: Várias pesquisas mostram resultados convergentes no sentido de evidenciar efeitos palpáveis (tangíveis) do investimento sustentável e responsável. São ganhos para os investidores, por meio de recompensa no valor das ações, e para as empresas, observados de maneira especial por maior rendimento e maior valor de mercado. Os procedimentos adotados variam desde os mais simples, como a julgamento de correlação, até os mais complicados que procuram evidenciar a semelhança causal, por meio de retorno unidimensional e diagnóstico de painel, com o emprego de distintas variáveis de controle e de ranking não paramétrico, para retificar o problema estatístico do soslaio de auto triagem.

Quanto aos apontadores socioambientais, o diagnóstico é realizado empregando a simples conferência de empresas que estão no ISE com aquelas que não estão; ou ainda utilizando conceitos presentes nos relatórios de sustentabilidade apresentados pelas corporações ou por instituições independentes. Está disponível em anexo(Anexo 1) uma tabela retirada do site da ISE BOVESPA. É uma comparação entre empresas que integram o ISE e as outras.

- GANHOS INTANGÍVEIS: Quando a empresa possui estas particularidades, há três motivações fundamentais para determinar ingressar em empreendimentos voluntários desse gênero: competitividade, legitimação, responsabilidade ecológica de fundo ético. Muitas vezes as empresas são motivadas por mais e um desses fatores, porém, via de regra, um deles se sobressai sobre os demais. Abaixo estão expostos os principais benefícios abalizados pela literatura como ambicionados pelas empresas devido a sua participação em empreendimentos voluntárias de sustentabilidade:

• Vantagem competitiva como first mover: a regulação ambiental poderia estimular a inovação, gerando assim menores custos ou aumento do valor para a empresa, compensando, desta forma, eventuais custos de compliance. (PORTER e VAN DER LINDE, 1995).

• Ganho Reputacional: impactos ambientais, ocorridos no passado, de grande repercussão, decorrentes de acidentes ambientais, podem influenciar o modo como a organização responde a pressões institucionais (DELMAS e TOFFEL, 2008). A constituição da reputação, na medida em que é uma construção social, demanda conversação e limpidez proativa por parte das empresas.

• Possibilidade de exercer influência no ambiente regulatório: Kolk e Mulder (2011) enfatizam que, diante das incertezas regulatórias, o fato da organização se antecipar às regulamentações, que podem ser estabelecidas no futuro, trazem vantagem competitiva às empresas pioneiras.

• Acesso ao conhecimento: questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável apresentam incertezas, especialmente devido à natureza dinâmica das expectativas e pela complexidade e dificuldade de se resolver a questão diante desse contexto. Desta forma, é comum as empresas seguirem as outras do setor e, com isso, terem menor probabilidade de sofrer sanções legais por conta da legitimidade ao adotar práticas compartilhadas com a maioria das empresas (BANSAL, 2005). King e Lenox (2004) destacam que as iniciativas voluntárias envolvem, em geral, ompartilhamento de conhecimento entre seus membros, possibilitando, desta forma, a aquisição de conhecimentos sobre práticas, códigos e sistemas mais eficazes de gestão das questões ambientais, ou seja, observa-se um movimento cooperativo positivo. A participação

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