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Contingência Da Administração

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Por:   •  19/5/2013  •  1.344 Palavras (6 Páginas)  •  1.202 Visualizações

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TEORIA DA CONTINGÊNCIA

Conceito

A teoria da contingência baseia-se na ideia de não existir um modelo que se adapte a todas as empresas em todas as circunstâncias e enfatiza que não há nada absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo, incerto ou eventual, podendo suceder ou não, dependendo da circunstancia.

A teoria contingencial nasceu no inicio da década de 60, com uma série de pesquisas feitas para verificar quais os modelos estruturais organizacionais mais eficazes. Constatou-se que a estrutura da organização e o seu funcionamento são dependentes da variação do ambiente que determinarão quais decisões deverão ser tomadas pela organização.

A abordagem contingencial demonstra que não se alcança à eficácia seguindo um único modelo organizacional, ou seja, não existe uma forma única e melhor para organizar no sentido de alcançar os objetivos variados das organizações dentro de um ambiente também variado. Pois é necessário um modelo apropriado para cada situação. Variações no ambiente ou na tecnologia trazem variações na estrutura organizacional.

Aplicações

As organizações hoje em dia têm utilizado algum tipo de tecnologia, seja ela de forma rudimentar ou sofisticada. É facilmente identificada nas empresas a dependência da tecnologia para funcionar e alcançar seus objetivos.

Nas empresas a tecnologia se desenvolve por meio de conhecimentos acumulados e desenvolvidos sobre o significado e a execução e pelas manifestações físicas como máquinas, equipamentos e instalações e o resultado dessa união é seus produtos ou serviços.

A tecnologia pode estar ou não incorporada a bens físicos. A tecnologia incorporada está contida em bens de capital, matérias- primas, intermediárias etc. A tecnologia não-intermediária encontra-se nas pessoas - como técnicos, peritos, engenheiros etc.

A tecnologia pode ser considerada sob dois ângulos diferentes: como uma variável ambiental e externa e como uma variável organizacional e interna.

Tecnologia como variável ambiental - A tecnologia é um componente do meio ambiente à medida que as empresas adquirem, incorporam e absorvem as tecnologias criadas e desenvolvidas pelas outras empresas do seu ambiente de tarefa em seus sistemas.

Tecnologia como variável organizacional - A tecnologia é um componente organizacional à medida que faz parte do sistema interno da organização, já incorporada a ele, passando assim a influenciá-lo poderosamente e, com isso, influenciando também o seu ambiente de tarefa.

Tipologia de Thompson

Thompson assinala que "a tecnologia é uma importante variável para a compreensão das ações das empresas".

Thompson propõe uma tipologia de tecnologias conforme o seu arranjo dentro da organização, a saber: tecnologias de elos em seqüência, mediadora e intensiva.

Tecnologia de elos em seqüência - É baseada na interdependência serial das tarefas necessária para completar um produto: o ato Z poderá ser executado depois de completar com êxito o ato Y que, por sua vez, depende do ato X e assim por diante dentro de uma seqüência de elos encadeados e interdependentes. É o caso da linha de montagem da produção em massa.

Tecnologia mediadora - Algumas organizações têm por função básica a ligação de clientes que são ou desejam ser interdependentes. A agência de colocações medeia à procura com a oferta de empregos. A complexidade da tecnologia mediadora reside no fato não da necessidade de cada atividade estar engrenada às necessidades da outra, como na tecnologia de elos em seqüência, mas de requerer modalidades padronizadas para envolver extensivamente clientes ou compradores múltiplos distribuídos no tempo e no espaço.

Tecnologia intensiva - Representa a convergência de várias habilidades e especializações sobre um único cliente. A organização emprega uma variedade de técnicas para modificar um objeto específico. A seleção, a combinação e a ordem de aplicação são determinadas pela realimentação proporcionada pelo próprio objeto. O hospital, a indústria de construção civil e industrial e os estaleiros navais utilizam esse tipo de organização. O hospital geral ilustra a aplicação da tecnologia intensiva: uma internação de emergência exige a combinação de serviços dietéticos, radiológicos, de laboratório etc., em conjunto com diversas especialidades médicas, serviços farmacêuticos, terapias ocupacionais, serviço social e serviços espirituais religiosos.

Thompson e Bates22 classificam a tecnologia em dois tipos básicos:

Tecnologia flexíve - A flexibilidade da tecnologia refere-se à extensão em que as máquinas, o conhecimento técnico e as matérias-primas podem ser usados para outros produtos ou serviços diferentes. A maleabilidade da tecnologia permite que ela tenha outras aplicações.

Tecnologia fixa - É aquela que não permite utilização em outros produtos ou serviços. É a tecnologia inflexível e utilizada para um único fim.

A influência da tecnologia - seja flexível ou fixa são perceptíveis quando associadas ao tipo de produto da organização. Existem dois tipos de produtos: Produto concreto. É o produto que pode ser descrito com precisão, identificado com especificidade, medido e avaliado. É o produto palpável.

Produto abstrato - Não permite descrição precisa nem identificação e especificação notáveis. É o produto não palpável. Ambas as classificações binárias podem ser reunidas em uma tipologia de tecnologia e produtos que considera suas conseqüências para a elaboração da estratégia global da organização. Daí as quatro combinações: Tecnologia fixa e produto concreto, Tecnologia fixa e produto abstrato, Tecnologia flexível e produto concreto, Tecnologia flexível e produto abstrato.

Tecnologia fixa e produto

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