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Cotidiano Escolar E Conflitos

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Por:   •  19/1/2014  •  1.989 Palavras (8 Páginas)  •  579 Visualizações

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1. AS DIFERENTES FAMÍLIAS

Atualmente o termo família não segue os modelos clássicos compostos por “pai, mãe e filho” ou os filhos de mesmo casamento. Não há aquela família ideal, na nova concepção as famílias são compostas por amigos, parentes próximos e pessoas que aparentamos de nossa família, pode considerar que a família hoje é um laço afetivo, desta forma, o que existe são os arranjos. As mudanças são evidentes no modelo familiar, as famílias se constituem se separaram e novamente de compõem.

“[...]não existe um modelo de família, mas uma infinidade de modelos familiares com traços em comum, como também com determinadas particularidades. Nesse caso, um agrupamento humano que está em constante evolução, com objetivos de subsistência e proteção aos seus integrantes”. (DAMKE e GONÇALVES)

Assim, ninguém deve ser julgado ou julgar pelo modelo de sua família ou pelo meio social, todos são iguais, com os mesmos direitos e vontades. O que há é uma equidade.

Complementando, para a escola e para a sociedade, aquelas família ditas como “desestruturadas” não deve ser questão de preconceito.

Do mesmo modo da família a sociedade também mudou, mudaram os valores e as precisões, a questão econômica é uma necessidade evidente na vida de muitas pessoas, se tornando uma necessidade básica. Mas a questão educação não vem sendo tratada como necessidade básica pelas famílias. Na visão de muitas famílias a educação não é de sua responsabilidade e sim da escola. Mas fica aquela pergunta, e os valores éticos e morais que são transmitidos pelas famílias como serão supridos?

Respondendo a questão acima a autor (DAMKE e GONÇALVES), enfoca que a escola é quem deverá suprir os valores éticos e morais, assim o professor não será somente transmissor de conhecimento histórico.

“A família vem atribuindo responsabilidades à escola, dentre elas a de disciplinar, educar e ensinar conteúdos que possibilitem aos filhos participarem da sociedade como cidadãos ativos e transformadores da realidade social”. DAMKE e GONÇALVES).

O autor complementa que:

A família sustenta algumas fantasias familiares em relação à escola, por exemplo, o desejo de que a escola eduque o filho, principalmente, com situações que a família não se sente preparada, como ocorre em questões que envolvem limites e sexualidade, ou ainda, que o filho seja preparado para ingressar em universidades e obter êxito profissional e financeiro. DAMKE e GONÇALVES).

As escolas estão sobrecarregas de informações, sobrecarregas com suas funções e perdem tempo em educar moralmente, interferindo nos conteúdos curriculares. Portanto, as escolas devem se estruturar para a nova concepção de suas responsabilidades, de forma que não interfira em suas atividades “curriculares” e consiga agregar a educação moral e ética no contexto escolar.

Rotular é causar situações conflituosas. O que falta é diálogo entre a escola e a família, entre a família e os filhos, há ausência da família no cotidiano escolar, as famílias se encontram ocupadas e culpam os professores pelo insucesso de seus filhos, seja no ambiente escolar, profissional e social.

Segundo MELLO (1992) Principalmente as famílias de periferias vivem no limite de sobrevivência e qualquer interferência gera modificações estremas, causando desequilíbrios. Muitos jovens destas classes mais populares recebem interferência direta, o qual dificultará o seu rendimento, assim os professores devem apoiar e não rotula-los, o dialogo, confiança e dedicação é crucial para o bom desempenho do aluno.

Mello (1992) classifica que as pessoas de periferias estão vivendo amontoadas, família inteiras vivendo em vários lugares ou no mesmo lugar, convivendo com a violência e escassez, e nesta vivência eles tentam educar seus filhos com suas próprias visões e no pior dos casos a criança não tem nenhum apoio.

Deste modo a classificação de família desorganizada é muito difundida como a única responsável pelo fracasso escolar, sendo também responsabilizada pela violência e marginalidade dos jovens. Mas, no entanto, por mais que as famílias de periferias, as “rotuladas”, divergem do modelo de família ideal, não é motivo para preconceitos. Os conflitos não são vividos somente pelas camadas populares, os conflitos existem em qualquer relação interpessoal e rotular pessoas pela classe econômica e situação familiar não é conveniente.

Conforme entrevista realizada com a pedagoga do Colégio São José (Londrina-PR), a maioria das crianças e jovens não apresentam o padrão clássico de família, a maior parte dos alunos moram nos bairros próximos, bairros estes simples e marginalizados. Estes estudantes em sua maioria moram com parentes, somente com a mãe e poucos contam com o pai e mãe na mesma residência, muitos pais já estão separados. Normalmente estas famílias não participam das reuniões de pais e não acompanham seus filhos no cotidiano escolar.

Quando remetemos o termo “família” digamos que os problemas existem, pois muitos são os modelos idealizados. Mas na realidade, família ideal não é aquela que imaginamos, a família real é a com as quais convivemos, no decorrer os dias. (Mello, 1992).

2. CAUSA DE CONFLITOS DA RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA

Conforme (DAMKE e GONÇALVES) a questão da relação da família e escola causa muitos conflitos e implicações no processo de ensino aprendizagem e no fator comportamental dos alunos. As famílias estão se afastando das escolas por vários motivos e os mais recorrentes são as questões profissionais, implicando em sua ausência no cotidiano escolar.

Complementando a pesquisa com a pedagoga do Colégio São José, as principais causas de conflitos entre a escola aluno e família escola são a evasão, repetência, aprovação forçada por conselho de classe, violência, falta de perspectiva de futuro por parte da família e do aluno, falta normas na escola e dos pais com o aluno, indisciplina, mudanças de valores/autoridade, as famílias passam para a escola a responsabilidade de instruir e educar os seus filhos, falta de diálogo entre a escola e a família e vice versa, ausência de família no contexto escolar, preconceitos e drogas.

A melhor forma de superar os conflitos é o acompanhamento do desenvolvimento escolar do aluno pela família, é a família de forma ativa no processo de ensino aprendizagem, melhores incentivos das ações de políticas, melhor qualidade de ensino incluindo a estrutura física, professores capacitados,

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