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Crescimento E Desenvolvimento

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Por:   •  27/9/2014  •  1.048 Palavras (5 Páginas)  •  197 Visualizações

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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

Crescimento e Desenvolvimento em Mato Grosso

A economia do Mato Grosso (MT) vem exibindo expressivo crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 1985 e 2003, dentre as unidades federativas do País, o PIB mato-grossense foi o que exibiu o maior aumento nominal: 275%. Essa elevação, contudo, vem se arrefecendo, visto que, em 2006, enquanto 18 das 27 dessas unidades exibiram expansão igual ou acima da média nacional (4%), o PIB do Estado incorreu em contração de 4,60%. A despeito desse acentuado incremento ao longo dos últimos anos, a participação do PIB de MT no PIB do Brasil em 2003 foi de apenas 1,5%, inalterado em 2006. Essa participação, no entanto, vem se ampliando, pois em 1995, ela era ainda menor: 1%. Em 2006, como ilustração, no conjunto das unidades federativas nacionais, MT ocupa a 15ª posição na quantidade de bens e serviços produzidos. A coexistência entre altas taxas de crescimento do PIB, elevada concentração fundiária, inserção externa bem-definida, exportação predominante de bens primários, além da presença de profundas desigualdades regionais e sociais, faz com que essa economia seja considerada relativamente complexa e exiba caracteres específicos. Entrementes, seja em função das várias transformações nas suas relações socioeconômicas internas, seja em função de diversos outros fatores, o significativo crescimento do PIB e as múltiplas mutações da economia regional podem não estar conduzindo a avanços no desenvolvimento socioeconômico do Estado.

Ao longo da história do pensamento econômico, diversos pensadores não demoraram a perceber que crescimento econômico é uma condição necessária, mas insuficiente para se alcançar o desenvolvimento econômico, ou seja, essa categoria significa bem mais que crescimento do PIB. Aumentar o produto interno não é suficiente, a menos que o aumento de renda provoque expansão do padrão de vida da maioria da população.

Na economia de MT, em que a agropecuária exerce importante e estratégica função, abriga elevado número de latifúndios e se caracteriza pela presença de modelo primário-exportador, as inovações tecnológicas que vem sendo empreendidas devem estar causando efeitos sobre indicadores sociais que devem ser analisados com a devida especificidade, visto que essas singularidades moldam ambiente pautado por elevada desigualdade de distribuição de renda, e muito provavelmente, pelo incremento da pobreza absoluta.

Nesse quadro, de um lado, os produtos em que a economia mato-grossense exibe “pontos fortes” e que apontam os principais bens por ela exportados, conformam a existência de um modelo primário-exportador com centralidade na produção de soja e de outros bens de origem agropecuária menos relevantes na sua pauta de exportação, de outro lado, os bens em que o Estado revela dependência de importação, em predominância, também fazem parte do processo produtivo do eixo mais dinâmico da sua economia, isto é, da produção de soja e de poucos outros bens agropastoris. Destarte, os principais bens importados, sejam as máquinas e equipamentos, sejam insumos diversos, se constituem em suporte e em elementos estratégicos dos processos produtivos que se especializam na produção de bens voltados à exportação, majoritariamente in natura. Há, portanto, um círculo vicioso - rotulado por muitos economistas regionais como “moderno” - em torno da sojicultura e de poucas outras atividades.

Nessas circunstâncias, as vantagens competitivas de MT no comércio internacional estão intimamente ligadas aos resultados obtidos pela exportação de commodities. Assim, há que se destacar a importância dos incentivos governamentais destinados à exportação desses produtos, tais como a Lei Kandir (1996), que isenta de ICMS a comercialização no exterior de produtos primários e semi-elaborados. Outro fator que tem garantido o expressivo aumento no volume de exportação dos produtos da economia mato-grossense, até mesmo em situações cambiais desfavoráveis, é representado pelos ganhos de produtividade que as unidades produtivas internas vêm obtendo nos últimos anos, em particular, na agropecuária, decorrentes de inovações físico-químicas,

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