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Cuidados De Enfermagem Nas Vias De Administração De Medicamentos

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Por:   •  3/4/2014  •  2.136 Palavras (9 Páginas)  •  1.403 Visualizações

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Introdução:

A administração de medicamentos é uma das atividades mais sérias e de maior responsabilidade da enfermagem e para sua execução é necessária a aplicação de vários princípios científicos que fundamentam a ação do enfermeiro, de forma a prover a segurança necessária. Para administrar o medicamento com segurança, eficiência e responsabilidade o enfermeiro deve compreender os efeitos das drogas, administrá-las corretamente e monitorar as respostas do cliente (ARCURI, 1991). O conhecimento do cliente, obtido através da entrevista e exame físico, é também requisito para a administração segura.

Administrar medicamentos é um processo multidisciplinar que envolve três áreas: a medicina, a farmácia e a enfermagem. Inicia-se no momento da prescrição médica, continua com a provisão do medicamento pelo farmacêutico e termina com o seu preparo e administração aos clientes. O enfermeiro, embora não sendo responsável pela prescrição dos medicamentos, deve conhecer todos os aspectos e fases envolvidas no processo, a fim de evitar erros e enganos, com prejuízos ao paciente. Está implícito, na relação entre o paciente e enfermeiro, o princípio de que esse está sempre trabalhando para o bem estar e benefício daquele e, quando ocorrem erros, há uma violação deste princípio, causando ao paciente um prejuízo, abalando a confiança que esse tinha no enfermeiro ou pessoal da enfermagem (GLADSTONE,1995).

Embora pretenda-se que a administração de medicamentos resulte em benefícios potenciais para os clientes, os medicamentos administrados erroneamente podem ter efeitos deletérios, se não letais. Os erros podem acontecer ao se ministrar medicamento para uma pessoa para a qual esse não havia sido prescrito, em dose ou horário incorreto, em via de administração não indicada ou utilizando-se de um procedimento técnico incorreto.

Infelizmente, erros no preparo e na administração de medicamentos são uma triste realidade no trabalho da enfermagem, principalmente daqueles que atuam em hospitais ou Unidades Básicas de Saúde e que estão diretamente envolvidos na administração de medicamentos. Sabe-se que em muitas destas instituições, o número de funcionários é reduzido, se analisadas as diversas tarefas e responsabilidades assumidas por esses profissionais (registro, arquivo, pré e pós consulta, lactário, vacinação, medicação, colheita de material, lavagem e esterilização de material) gerando, portanto, um acúmulo das atividades exercidas por um único profissional. Sem dúvida, nesse contexto os erros podem acontecer.

A via de administração é o caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo.

• Os fármacos podem ser administrados por várias vias:

- Podem ser por via: tópica, enteral ou parenteral.

O critério para escolha da via a ser administrado o fármaco, depende do tipo de paciente, o tipo de droga, o efeito esperado e a durabilidade do tratamento.

Classificação das vias:

As vias de administração de fármacos podem ser divididas em:

• Tópica: efeito local; a substância é aplicada diretamente onde se deseja a sua ação;

• Enteral: efeito sistêmico (não local); recebe-se a substância via trato digestivo;

- Via oral: A administração oral é, em geral, a mais conveniente, segura e barata, e, portanto a mais comum. Contudo, a via oral tem suas limitações. Muitos fatores, como outros medicamentos e a alimentação, afetam a forma de absorção dos medicamentos depois de sua ingestão oral. Assim, alguns medicamentos apenas devem ser tomados com o estômago vazio, enquanto outros devem ser ingeridos com o alimento ou simplesmente não podem ser tomados por via oral. Os medicamentos administrados por via oral são absorvidos pelo trato gastrointestinal.

- Via sublingual: Alguns medicamentos são colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sanguíneos ali situados. A via sublingual é especialmente boa para a nitroglicerina, que é utilizada no alívio da angina (dor no peito), porque a absorção é rápida e o medicamento ingressa diretamente na circulação geral, sem passar através da parede intestinal e pelo fígado. Mas a maioria dos medicamentos não pode ser administrada por essa via, porque a absorção é, em geral, incompleta e errática.

- Via retal: Muitos medicamentos que são administrados por via oral podem também ser administrados por via retal, em forma de supositório. Nessa forma, o medicamento é misturado a uma substância cerosa, que se dissolve depois de ter sido inserida no reto. Em razão do revestimento delgado e da abundante irrigação sanguínea do reto, o medicamento é rapidamente absorvido. Supositórios são receitados quando a pessoa não pode tomar o medicamento por via oral em razão da náusea, impossibilidade de engolir ou alguma restrição à ingestão, como ocorre em seguida a uma cirurgia. Alguns medicamentos são irritantes em forma de supositório; para essas substâncias, deve ser utilizada a via parenteral.

• Transdérmica: Alguns medicamentos podem ser administrados pela aplicação de um emplastro à pele. Essas substâncias, às vezes misturadas a um agente químico que facilita a penetração cutânea, atravessam a pele e chegam à corrente sanguínea. A via transdérmica permite que o medicamento seja fornecido de forma lenta e contínua, durante muitas horas ou dias, ou mesmo por mais tempo. Mas algumas pessoas sofrem irritação onde o emplastro toca a pele. Além disso, a via transdérmica fica limitada pela velocidade com que a substância pode atravessar a pele. Apenas medicamentos que devem ser administrados em doses diárias relativamente pequenas podem ser dados por via transdérmica. Alguns exemplos são: nitroglicerina (para angina), escopolamina (contra o enjoo de viagem), nicotina (para a cessação do fumo), clonidina (contra a hipertensão) e fentanil (para o alívio da dor).

• Parenteral: efeito sistêmico; recebe-se a substância por outra forma que não pelo trato digestivo;

- Via intradérmica: é uma via de administração de medicamentos. Os princípios ativos são administrados entre a derme e a epiderme. O tecido é pouco distensível, sendo assim o volume a ser aplicado varia de 0,1ml a 0,5 ml. É usada para testes de sensibilidade e vacinas, como por exemplo, o teste da tuberculose.

- Via subcutâneo: é uma via de administração de medicamentos

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