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Cuidados e rotas para tomar medicação

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Por:   •  21/5/2014  •  Tese  •  8.350 Palavras (34 Páginas)  •  241 Visualizações

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Cuidados e vias para a administração de medicamentos

Prof. Rafael Celestino

Preparo pessoal: o profissional deve estar familiarizado; atualizado com as diferentes apresentações dos medicamentos, bem como equipamentos disponíveis (ex: equipos de f1uidoterapia, bomba de infusão, agulhas, seringas). É importante usar roupas limpas ou ventais disponibilizados pela instituição. Usar máscara quando est¬iver com afecções nas vias aéreas. Manter cabelos presos e evitar o uso de esmaltes escuros, e jóias com reentrâncias, o que propicia o acúmulo de sujidades e microrganismos que podem levar a contaminação do medicamento que está sendo preparado. Evitar conversar e expirar diretamente sobre o material durante seu pre¬paro. Caso o profissional apresente problemas com a sua integridade cutâneo-mucosa, como feridas e micoses, deve-se utilizar das luvas de procedimento. Também usar luvas de procedimentos ao manusear medicamentos tóxicos, como quimioterápicos e antibióti¬cos, que podem ser absorvidos por via cutânea.

Preparo do ambiente: a sala de medicação é o local onde são preparadas as medicações, deve ser bem iluminada, arejada, conter pias, balcões, armários, murais, geladeira, proporcionando segurança e praticidade nesta atividade. Alguns aspectos devem ser observados:

- Manter circulação de ar suficiente para sua renovação contínua, evitando fortes correntes que possam derrubar frascos, desordenar cartões de medicação, folhas do mural, copinhos descartáveis, desordenando as bandejas e contaminando doses já preparadas; Manter luminosidade adequada à leitura;

- Manter as drogas armazenadas em compartimentos individuais (dose diária fornecida pela dispensação da farmácia) protegidos da luz solar, alta temperatura e umidade, evitando assim a sua deteriorização que altera a potencialidade da droga;

Manter a geladeira exclusiva para medicamentos; limpar regu¬larmente e manter a regulagem da temperatura entre O°C e soC; os frascos de uso individual são identificados com o nome do cliente, data do preparo e assinatura de quem preparou. Os fras¬cos de uso comum (analgésico, insulina, heparina, etc) devem ser abertos um de cada vez, evitando o desperdício decorrente do vencimento de sua validade. Também devem conter a data da abertura e assinatura de quem os preparou;

- As ampolas quebradas serão descartadas, o conteúdo da sobrar deve ser aspirado em seringa, também identificada, evitando, assim, a contaminação do medicamento e a ocorrência de aci¬dente perfurocortante;

Manter pias, torneiras e recipientes para líquidos desi:lfetantesem perfeito funcionamento, sem vazamentos e limpos diariamente;

Manter toalhas descartáveis de papel, recipientes de sabão líquido, e álcool glicerinado cheios, limpos e renovados, regularmente;

- Manter recipientes de lixo separados, indicando se são contami¬nados, não-contaminados, recicláveis (papel, plástico e vidro), usando sacos com as cores preconizadas pela OMS-Comissão de Infecção Hospitalar;

- Manter recipientes com paredes duras, próprias para acondicio¬nar material perfurocortante (agulhas, ampola quebrada, lâmina cortante, etc.);

Manter em dia o estoque setorial, evitando improvisos e correrias de última hora:

Estoque de medicamentos: autorizada pelo setor de dispensação da farmácia, com pequena quantidade de medi¬camentos usados em urgências: antihipertensivo, analgésico, frascos como antiácidos, laxantes, medicamentos para nebuli¬zação. Todos devem estar dentro do prazo de validade. Medi¬camentos não-identificados deverão ser descartados. Os psi¬cotrópicos, geralmente, são estocados em local chaveado e controlados diariamente. Os medicamentos do carro de emergência serão utilizados exclusivamente nas intercorrências.

Estoque de material: revisado regularmente quanto à arma¬zenagem adequada (local seco, limpo, identificado, acessível, etc) e o prazo de validade. Deve ser requisitado com margem de segurança em relação à quantidade consumi da, para evitar improvisos e correrias na sua falta. Podem ser: permanentes (bomba de infusão, bandejas, etc.), de consumo (algodão, esparadrapo, etc.), esterilizados (agulhas, seringas, etc.) ou não (impressos, luvas de procedimentos, etc.).

Preparo do material

- Lavar as mãos!

- Higienizar o balcão (limpar com água e sabão e desinfetar com álcool);

- Usar bandejas limpas secas;

- Usar algodão picado ou gaze, embebido em álcool a 70%

- Usar material descartável (copos, seringas, agulhas, etc.);

- Proteger os dedos com algodão, para evitar cortes, ao quebrar ampolas.

Preparo das dosagens

- Distribuir os cartões de medicação nas bandejas, separando-os de acordo com a via a ser ministrada: oral, parenteral, tópica, segundo o horário previsto;

- Seguir a ordem dos quartos e distribuição dos leitos;

- Calcular a quantidade de medicação necessária para compor a dose prescrita, de acordo com a apresentação do medicamento disponível.

- Podem-se usar tabelas de diluição pré-estabelecidas e fórmulas de cálculos, disponibilizados pela instituição, que geralmente es¬tão fixados no mural, junto ao balcão de preparo de medicação .

Mas, o ideal é exercitar os cálculos para garantir eficácia na ausência destes recursos.

- Observação: você somente poderá adequar a dosagem de me¬dicação (por meio de cálculos), dentro da mesma via:

- Geralmente usa-se a regra de três para calcular a dose de medi¬cação disponível, utilizando a relação entre o que é conhecido, ou seja, a dose disponível e a dose desejada, a ser misturada.

Os exemplos abaixo podem facilitar sua compreensão

EXEMPLO 1: Você precisa ministrar 60 mg de meticorten. Estão disponíveis na instituição comprimidos com 20 mg. Qual a quantidade a ser ministrada?

20 mg = 1 comprimido

60 mg = X

Então: X = 60 mg = 3 comprimidos 20mg

Cuidados gerais na administração

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