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Dança- Aspectos Históricos

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Por:   •  3/11/2014  •  2.097 Palavras (9 Páginas)  •  1.237 Visualizações

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EIXO TEMÁTICO – DANÇA (PARTE II)

1.1. SIGNIFICADO DA DANÇA

Entende-se a dança como uma arte que significa expressões gestuais e faciais através de movimentos corporais, emoções sentidas a partir de determinado estado de espírito.

“Danza, dança, TANZ derivado da raiz TAN que em sânscrito, significa fusão.” (NANNI, 1998)

1.2. DEFINIÇÕES DA DANÇA

1.2.1. Conceitos

“A dança é a arte de formar, com graça e precisão e facilidade, o passo e de formar figuras...” (Novèrre apud CAMINHADA, 1999)

“Dança é a alternância ou variação no tempo, dentro de um ritmo preestabelecido usando diferentes formas e movimentos”. (NANNI, 1998)

“Dançar é movimentar-se pelo espaço, é sentir o corpo livre, é comunicar-se consigo mesmo, é desfrutar, liberar-se... Convidar para dançar é animar a quebrar preconceitos, medos , vergonhas... O movimento é comunicação; comunicar uma mensagem é utilizar uma linguagem. A linguagem corporal, o movimento é o instrumento dessa linguagem. Para enviar essa mensagem, não se requer nenhuma condição, nem idade, nem sexo, todos os indivíduos aceitarão, com ilusão e interesse, o gesto da comunicação corporal”. (MARIA JESUS ZEA, 1995)

“Movimentos cadenciados, incluindo passos e saltos, executados ao som e ao compasso da música”. (Dicionário de Educação Física e do Esporte – BARBANTI, 1994)

“A dança é movimento, é a resultante de uma sucessão de poses. São movimentos voluntários, harmoniosos, rítmicos, com fim neles mesmo. É um movimento colocado em forma rítmica e espacial, uma sucessão de movimentos que começa, se desenvolve e é finalizado.” (Murray apud GUILLOT, G. & PRUDHOMMEAU, 1974)

“A dança é a ciência ou a arte que se apresenta como o entendimento completo das possibilidades físicas do corpo humano e que permite exteriorizar um estado latente, pelo jogo de músculos, segundo as leis naturais do ritmo e da estética. E, sendo o corpo humano o instrumento da arte da dança, é necessário discipliná-lo e desenvolvê-lo, a fim de que o mesmo atinja, através de movimentos harmônicos coordenados, toda a plasticidade, pureza de linhas e expressão possíveis”. (Autor desconhecido)

2. FUNÇÕES DA DANÇA

A dança, enquanto uma das manifestações corporais humanas e mais antigas existentes no universo, sempre, em sua vivência e expansão, relacionou-se, principalmente, com cultura, diversão, lazer, prazer, religião e trabalho, apresentando, como todo campo de expressão artística, funções específicas, articuladas especialmente, diante da sociedade, no sentido de demonstrar o potencial dessa arte enquanto fenômeno social em constante processo de renovação, transformação e significação.

ROBATTO (1994) apresenta uma ‘proposta’ das funções da dança, classificando-as em seis tipos: auto-expressão, comunicação, diversão e prazer, espiritualidade, identificação cultural, ruptura e revitalização da sociedade.

2.1.1. Função da Auto-Expressão:

Refere-se ao fato de os seres humanos, através da dança, descobrirem e compreenderem aspectos significativos das suas vidas.

Exemplo: Um bailarino dança para expressar emocionalmente o que sente, necessita dessa arte para exprimir, para si e para o mundo, essas sensações, buscando compreensão.

2.1.2. Função da Comunicação:

Está relacionada aos aspectos: do homem para consigo mesmo (em nível individual); do homem para com os outros (em nível interpessoal); do homem para com o ambiente (em nível de seu habitat); do homem para com a sociedade (em nível grupal, regional e universal); e do homem para com o divino (em nível religioso).

Exemplos: ‘A Mesa Verde’ de Kurt Jooss (1932) satiriza a hipocrisia dos diplomatas, a dor terrível provocada pelas guerras: comunicação em nível interpessoal, de habitat e grupal; e, ‘A Dança dos Sete Véus’ (Dança do Ventre) das bailarinas dos templos egípcios para a Deusa Ísis, e a dança interpretada nos candomblés para os orixás: comunicação em nível religioso.

2.1.3. Função da Diversão e do Prazer Estético

É uma das mais legítimas e reconhecidas da dança, pois está vinculada ao divertir-se e ao proporcionar prazer, tanto aos participantes quanto aos espectadores, já que sua natureza magnética e contagiante é um dos meios de liberação de energia, sensualidade, extravasamento de alegria e prazer de viver, de grande receptividade popular.

Exemplos: A participação de mulheres e homens em bailes de forró e carnaval para se divertirem, distraírem, extravasarem o que sentem; e a participação e a apresentação em grupos de danças tradicionais.

2.1.4. Função da Espiritualidade

Esta função está relacionada pela sua origem ritualística de comunicação, com o divino, mantendo, ainda hoje, o poder de transcender a realidade em sentimentos espirituais, o que não significa uma contraposição maniqueísta a sua natureza sensual e alegre – estado de êxtase que contém um quê do antiguíssimo encantamento sagrado.

Exemplos: A dança abstrata, praticada pelo homem primitivo, que visava ao êxtase por meio do encantamento místico; As danças religiosas da Grécia antiga, Corybanthiaque, dedicada ao deus Zeus; Gimnopédia e Hipochemata, em honra ao deus Apolo; e as danças realizadas pelos indígenas antes de um enfrentamento com grupos rivais, para invocar ajuda dos espíritos superiores.

2.1.5. Função da Identificação Cultural

Está relacionada à dança enquanto identificação de certas regiões. Certos povos necessitam estar sempre em contato com suas danças como forma de integração. Reconhecer seu ambiente através da dança é importante para se situar no mundo.

Exemplos: A dança folclórica ucraniana; O Samba no Brasil, o Tango na Argentina; O Frevo no Recife, a Chula no Rio Grande do Sul; o Balé da Rússia; e a Dança pós-moderna da Inglaterra.

2.1.6. Função de Ruptura do Sistema e Revitalização da Sociedade

Essa função está direcionada ao fato de que as artes sempre tiveram uma atuação de renovação da cultura pela sua natureza indagadora dos sentimentos, pela sua capacidade de sonhar e criar um mundo utópico e ideal, pela sua irreverência

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