TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Defesa Do Organismo - Imunologia.

Monografias: Defesa Do Organismo - Imunologia.. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  22/9/2014  •  1.996 Palavras (8 Páginas)  •  587 Visualizações

Página 1 de 8

A DEFESA DO ORGANISMO

Os microrganismos invadem o organismo de animais para reivindicar os recursos, como: calor, umidade e nutrientes. Portanto, a capacidade de defesa de um animal é imprescindível para sua sobrevivência. Essa resistência advém de inúmeros mecanismos de defesas interligados.

Alguns mecanismos de defesa atuam apenas na superfície corpórea para impedir a penetração de microrganismos, outros agem de forma mais interna para eliminar os que ultrapassam as defesas mais externas.

A proteção do organismo deve-se a um conjunto de mecanismos de defesa, que atuam no controle de microrganismos invasores. Porém, quando ocorre uma falha nesses mecanismos, pode ocorrer uma doença ou até mesmo o óbito do indivíduo.

UMA BREVE HISTÓRIA DA IMUNOLOGIA VETERINÁRIA

Após a ocorrência de surtos de infecções na sociedade antiga, foi observado indivíduos que recuperaram-se, dando sinal de imunidade eficaz. No século XII, chineses constataram indivíduos que haviam sobrevivido a varíola se tornaram resistente ao vírus. Assim, os mesmos infectaram crianças com o vírus da varíola, concluindo que as que haviam sobrevivido ficaram protegidas pelo resto da vida. A mortalidade decaiu e a variolação (inoculação do vírus da varíola) espalhou-se pela Europa, sendo amplamente utilizada.

Surtos de peste bovina espalharam-se pelo oeste da Europa, então foram utilizados a inoculação, que consistia em encharcar um pedaço de barbante na descarga nasal de um animal enfermo e inseri-lo numa incisão acometida na pele do animal a ser imunizado. E assim, o animal inoculado tornava-se resistente.

Em 1978, Edward Jenner, constatou que o material utilizado na varíola bovina poderia substituir o utilizado na variolação. A eficiência desse processo, que foi denominado vacinação, foi utilizado em 1970 para arrebatar a varíola do mundo. Devido a aceitação da inoculação, foram desenvolvidas tentativas similares a fim de prevenir outras doenças.

Contudo, as observações de Jenner não foram percebidas. Em 1879, Louis Pasteur, pesquisava sobre a cólera aviária, e possuía uma cultura desse microrganismo que havia envelhecido. Quando esse material foi implantado nas determinadas aves, as mesmas ficaram saudáveis. Essas mesmas aves foram utilizadas para um segundo procedimento, com uma cultura fresca. As aves por sua vez, estavam resistentes e não morreram. Dessa forma, Pasteur concluiu que esse caso era semelhante ao da vacinação, que a exposição de um animal a uma cepa de microrganismos que não causará a doença pode desencadear uma resposta imune que protegerá o animal. Pasteur, desenvolveu também a vacina contra a raiva, utilizando a medula espinal desidratada de coelhos.

Em 1900, imunologistas identificaram bases moleculares e celulares da imunidade antimicrobiana. A partir de tais conhecimentos, surgiu a possibilidade da utilização de mecanismos imunes para o aumento da resistência às doenças infecciosas.

INVASÃO MICROBIANA

Os microrganismos tentam abrigar-se nos organismos dos animais por possuírem uma rica fonte de nutrientes. A invasão é evitada pelas defesas imunológicas, caso as mesmas sejam superadas, ocorrerá uma doença. Os agentes infecciosos só sobrevivem caso consigam superar o sistema imune do hospedeiro por um período que haja a replicação e transmissão de sua progênie. Os que não conseguirem escapar ou superar as defesas imunológicas serão eliminados.

Uma pequena quantidade de microrganismos associados aos animais é capaz de tornar-se um patógeno e a capacidade dos microrganismos de causar doença é denominada virulência. Os patógenos podem ser primários, ou seja, quando são capazes de causar doenças toda vez que infectam um indivíduo. E também, patógenos oportunistas, que causam doenças quando aplicados em grandes quantidades ou quando o sistema imune do hospedeiro encontra-se deficiente.

AS DEFESAS DO ORGANISMO

BARREIRAS FÍSICAS

A defesa mais eficiente do organismo é a que não permite penetração, e a eliminação de microrganismos invasores é imprescindível para a sobrevivência. O primeiro sistema de defesa trata-se da barreira física, ou seja, a pele. A pele é uma eficaz barreira, porém, se a mesma estiver danificada, ocorrerão infecções. No entanto, a cicatrização restabelecerá essa barreira. Em outras áreas corporais, os mecanismos de defesa atuam como processos de autolimpeza, como: tosse, espirro e fluxo de muco no trato respiratório; vômito e diarreia no trato gastrointestinal; e fluxo de urina no sistema urinário. Uma flora normal na pele e no intestino, contribui para a eliminação de vários invasores.

IMUNIDADE INATA

Alguns microrganismos superam a barreira física, porém, o animal não encontra-se sempre enfermo. O mesmo deve-se pela atuação do sistema inato, que atua como a segunda barreira de defesa. O sistema inato atua como um mecanismo celular e químico de resposta rápida, o mesmo baseia-se na ideia de que os microrganismos invasores diferenciam-se quimicamente dos componentes do organismo. Dessa forma, os animais possuem enzimas que são capazes de digerir a parede bacteriana e proteínas que se ligam aos carboidratos, revestindo a bactéria e levando-a à eliminação. O organismo animal, possui células capazes de identificar moléculas relacionadas aos patógenos, ocorrendo assim, a eliminação. O mesmo possui a capacidade de centralizar mecanismos de defesa imune no local de infecção microbiana, compondo um conjunto de reações, denominado inflamação. Durante a inflamação, as alterações teciduais resultam na elevação do fluxo sanguíneo e na junção de macrófagos e neutrófilos, que são capazes de eliminar os microrganismos invasores. Outra forma de eliminação desses microrganismos, é o sistema complemento, que são enzimas ativadas com a presença de invasores.

Algumas moléculas circulam pelo organismo animal, como a lisozima e proteínas ligadoras de carboidratos. Essas proteínas aceleram a eliminação de microrganismos invasores.

O sistema imune inato não possui memória, tratando cada infecção da mesma forma. Logo, a intensidade e duração de uma inflamação, por exemplo, permanece inalterada. Porém, esse sistema responde instantaneamente a um invasor.

IMUNIDADE ADQUIRIDA

Os animais que não respondem de forma efetiva a uma resposta inata, morrerão. Porém, os mecanismos inato, não são os recursos finais de defesa. O interessante é um sistema de defesa que reconheça e destrua patógenos, e repita o mesmo processo consecutivamente.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (13.7 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com