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Desigualdade e invisibilidade social na formação da sociedade brasileira

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Por:   •  19/5/2014  •  Trabalho acadêmico  •  3.216 Palavras (13 Páginas)  •  370 Visualizações

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FACULDADE ANHANGUERA DE VALINHOS

SERVIÇO SOCIAL

PSICOLOGIA

ATPS - ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA

VALINHOS, 26 DE ABRIL DE 2014.

SUMÁRIO

Desafio.............................................................................................................................. 03

Objetivo do Desafio............................................................................................................03

Introdução..............................................................................................................................

Conceitos de humilhação social e invisibilidade pública, e identificação desses fenômenos na vida cotidiana. Humilhação social - Um problema político em psicologia............................................................................................................................04

O trabalhador impedido ................................................................................................05-06

A desigualdade e a invisibilidade social na formação da sociedade brasileira.............07-09

Humilhação social.............................................................................................................10-11

Domésticas: sinônimos de uma história de exclusão..........................................................12

O dilema do trabalho doméstico.........................................................................................13

Bibliografia ....................................................................................................................... 14

DESAFIO

O presente desafio consiste na construção de uma fundamentação teórico-prática

referente aos conceitos de humilhação social e invisibilidade pública, e na identificação.

desses fenômenos na vida cotidiana.

Objetivo do Desafio

Produção de texto em formato de relatório.

INTRODUÇÃO

CONCEITOS DE HUMILHAÇÃO SOCIAL E INVISIBILIDADE PÚBLICA, E IDENTIFICAÇÃO DESSES FENÔMENOS NA VIDA COTIDIANA

HUMILHAÇÃO SOCIAL – UM PROBLEMA POLÍTICO EM PSICOLOGIA

Este artigo mostra um exame de um problema político e psicológico, a humilhação social. A Psicologia Social incide sobre problemas difíceis de considerar, tanto pelo lado da sociedade, como pelo lado do indivíduo. É este o caso para o problema da humilhação social.

A humilhação crônica sofrida pelos pobres é efeito da desigualdade política. Esta humilhação gera grande angústia para o humilhado. Lembrando-se da época da escravidão, os africanos brutalmente arrastados para o Brasil, tinham sua média de vida, reduzidos entre sete e dez anos: quando não era a morte física que os abatia, o banzo, saudade da África, os espreitava. Houve aqueles que se suicidaram comendo terra, envenenando-se com ervas, enforcando-se. Houve os que caíram em estupor melancólico, os que definharam recusando comida.

Logo após a abolição, muitos negros migraram para as cidades, sem casa, caindo na indigência das favelas, prestando-se a serviços proletários. Agora, nos bairros pobres, são privados de bens e muitos ficam em estado de inanição.

O TRABALHADOR IMPEDIDO

Em seu depoimento, Gerônimo, um trabalhador vindo de Arapiraca, sertão de Alagoas, não deixava dúvidas sobre a exploração de que todos pretendiam escapar. A despeito da pobreza sertaneja, deixava claro o mal-estar capitalista que a cidade grande causava: “aqui em São Paulo, se você não tiver dinheiro se acabou o mundo. Porque ninguém estranho dá a mão pra ninguém.”

Em Arapiraca, Gerônimo nunca teria conhecido o aluguel, vivera em casa com os pais. “Quando cheguei aqui”, conta ele, “fiquei três dias em casa de um colega que logo já me disse pra arrumar uma pensão”. A inospitalidade da cidade parece chocá-lo.

Houve um tempo em que se sabia o nome do padeiro e por sua vez ele privilegiaria o atendimento ao idoso, sem necessidade de placas sobre filas preferenciais; um tempo em que uma menininha talvez recebesse um doce de graça; um tempo em que um borracheiro merecesse mais cordialidade.

Existe uma condição social continuamente presa ao dinheiro, a do assalariado.

Comenta Gerônimo: “não levei sorte com esse governo que entrou. Mas tô trabalhando, tô com saúde. O pai de família, quando tem um filho que adoece, tem que ir para o INPS. Esse departamento aí, ta péssimo. Você vê gente morrendo. Ai, se a gente tivesse condição de pagar um médico particular!.”

A condição social rebaixada e a humilhação agem de maneira destrutiva no psíquico, podendo desencadear o medo, a tristeza, a angústia e até mesmo a ação violenta e o crime.

A desigualdade social política que atravessa a sociedade de classes, cria um círculo de mensagens traumáticas: como explicar a uma criança pobre, o que se passa, quando a mãe é obrigada a entrar pelos fundos, no prédio em que vai fazer faxina? Ou quando seu pai se mostra calado diante da brutalidade de um superior?

A angústia que os pobres conhecem, está inscrita nos núcleos da submissão. Eles sofrem os impactos dos maus tratos, mais frequentemente e psicologicamente sofrem o impacto de uma mensagem: “vocês são inferiores”. O sentimento de parecerem desprezíveis os faz sentir como seres que ninguém vê, mesmo quando se movem e falam.

A sujeição se mostra sempre na execução de

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