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A QUESTÃO SOCIAL NA SOCIEDADE BRASILEIRA

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Por:   •  13/5/2014  •  1.255 Palavras (6 Páginas)  •  664 Visualizações

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A questão social na sociedade brasileira.

O assistente social tem na “questão social” a base de sua fundação enquanto especialização do trabalho; ou seja, tem nela o elemento central da relação profissional e realidade. Nesta interface, os assistentes sociais são chamados a intervir nas relações sociais cotidianas, visando à ampliação e consolidação da cidadania na garantia dos direitos civis, políticos e sociais aos segmentos menos favorecidos e que socialmente (trabalhadores, crianças, adolescentes, idosos, portadores de necessidades especiais, mulheres, negros, homossexuais e suas respectivas famílias). Desse modo, temos a crescente vulnerabilidade social das classes trabalhadoras frente ao aumento das desigualdades socioeconômicas que podem levar ao processo de criminalização das famílias pobres, tornando-as num perigo para a sociedade – que precisaria ser evitado.

Destarte, da mesma forma que crescem as desigualdades, temos o aumento das lutas cotidianas por trabalho digno. Desse modo, diante das mutações ocorridas no sistema capitalista atual, haveria o surgimento de uma “nova” “questão social”. Nova por romper com o período capitalista industrial e por “metamorfosear”, parafraseando Castel (2008), a “velha questão social” que surgiu para dar conta do fenômeno do pauperismo mais evidente na história da Europa Ocidental, que experimentava os impactos da primeira onda industrializante, no século XIX, a discussão sobre a existência de uma ‘nova questão social’ irrompe na Europa e nos Estados Unidos no final da década de 70 e início dos anos 80, quando alguns dos grandes problemas inerentes à acumulação capitalista (como desemprego, pobreza, exclusão),a proposta inicial das políticas sociais no país era uma tentativa de suprir as necessidades e as reivindicações da classe trabalhadora e diminuir as expressões da questão social. Era tratada pela igreja católica e a mesma na época do capitalismo mandava em boa parte da civilização. Os dogmas cristãos não dava plena liberdade ao serviço social para o mesmo atuar temendo que eles sobressaíssem melhor nas suas assistências. O serviço social teve sua origem a partir do amplo movimento social, desenvolvido pela igreja católica objetivando a sociedade pelo catolicismo coincidem também com o início do processo de industrialização e do crescimento das populações nas cidades. Posteriormente e ainda hoje, novas ideias foram se somando aos princípios do serviço social, auxiliando, desta forma, a profissionalização.

Cabe ainda assinalar, que nesse momento, a questão social é vista a partir de forte influência do pensamento social da igreja, que trata como questão moral, como um conjunto de problemas sob a responsabilidade individual dos sujeitos que os vivenciam, embora dentro de relações capitalistas.

O surgimento do Serviço Social está intrinsecamente relacionado com as transformações sociais, econômicas e políticas do Brasil nas décadas de 1930 e 1940, com o projeto de recristianizar a Igreja Católica e a ação de grupos, classes e instituições que integraram essas transformações. Essas décadas são marcadas por uma sociedade capitalista industrial e urbana. O Serviço Social no Brasil, assim como na Europa, frente à fragilidade teórica, com uma formação mais moral e ética, e à complexidade da realidade social, fez uso dos ensinamentos da Igreja para executar sua prática, e esta usava o Serviço Social para expandir sua doutrina, sua visão de homem e de mundo.

Com isso, o pensamento conservador e a influência da doutrina católica traçaram um perfil de ação para os profissionais de Serviço Social atrelados ao pensamento burguês, atribuindo-lhes tarefas de amenizar conflitos, recuperar o equilíbrio e preservar a ordem vigente, com frágil consciência política, pois envolvida pelo “fetiche” da ajuda, não conseguia ter claro as contradições do exercício profissional (Martinelli, 2000, p.127).No interior das políticas sociais, ou até das políticas públicas a assistência social mantém uma relação orgânica enquanto contrapõe á universalidade dos direitos a seletividade do mérito social.

Toda essa agitação política é acompanhada pelas reflexões e pela inquietação das ciências sociais que, por meio da introdução do marxismo, começam a questionar a dependência externa, especialmente a norte-americana, por meio do enfoque dialético.

Essa crise não poderia deixar de atingir as Universidades e, especialmente, o Serviço Social que começa a questionar sua ação, conforme apresenta Netto (2001, p.128): O Serviço Social no decorrer da sua trajetória, com intuito de atender as exigências postas aos assistentes sociais, bem como atender às requisições do Estado, buscaram construir seu aporte teórico e ampliar seus referenciais técnicos, se distanciando da Igreja, e assim, passaram a assumir correntes teóricas, face a ausência de um referencial crítico. Dentre estas correntes de pensamentos citamos: o positivismo; o funcionalismo. A prática do serviço social no BRASIL

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