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A DESIGUALDADE E A INVISIBILIDADE SOCIAL NA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA

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Por:   •  7/4/2014  •  582 Palavras (3 Páginas)  •  912 Visualizações

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A desigualdade social está diretamente ligada à invisibilidade social.

Este artigo que foi estudado por nós explica a invisibilidade social enfrentada em diversos trabalhos cotidiano.

Estes temas centrais na constituição da identidade do povo brasileiro foram analisados a partir de uma interlocução entre a Sociologia e a Psicologia.

Jessé Souza constrói em seus três livros analisados neste artigo uma sociologia crítica ou uma crítica à sociologia clássica brasileira, às idéias dominantes sobre o povo brasileiro e o mito da brasilidade nas últimas décadas.

Em “A invisibilidade da desigualdade brasileira”, Souza (2006) critica várias obras literárias e até artigos sobre o povo brasileiro e a constituição da sociedade brasileira.

A sociologia de Jessé Souza parece traçar uma crítica muito dura e seu trabalho rema contra a maré de idéias do senso comum e do ambiente acadêmico, na tentativa de mostrar qual a verdadeira origem desta sociedade brasileira, ou melhor, qual a verdadeira origem da desigualdade desta sociedade. Provoca um desconforto inicial no leitor por desfazer com rapidez de obras consagradas que há décadas são difundidas nas ciências sociais e que invadiram o imaginário social deste povo. Mas o que Souza quer não é causar desconforto, mas apenas mostrar uma nova ordem, e apresentar teorias sólidas que possam explicar o Brasil e sua gente.

Souza (2006) não acredita que a pura descrição da realidade das pessoas socialmente humilhadas possa definir o que é desigualdade e sua origem social. “Para o autor é preciso articular a história de vida desses sujeitos invisíveis com teorias sólidas, buscar explicações macrossociológicas para compreender a constituição social dos brasileiros.” (Ava da Silva Carvalho Carneiro)

Em “A construção social da subcidadania”, o autor recorre a Bourdieu e a Charles Taylor para explicar a constituição da modernidade periférica e a própria subcidadania brasileira.

O autor critica também que o personalismo e o iberismo tornam-se a panacéia em “Raízes do Brasil”, a explicação para todo e qualquer comportamento que diga respeito ao povo brasileiro.

Por fim, Souza parece se render à teoria de Gilberto Freyre e concorda com o pensamento do autor sobre os valores e normas que se tornaram dominantes na sociedade brasileira, principalmente no que diz respeito à forma específica de organização da escravidão e da esfera privada.

Outro ponto desenvolvido por Freyre, já em Sobrados e Mucambos, também essencial para a construção da teoria de Jessé Souza, é o processo de “ocidentalização” do Brasil a partir da influência da Europa burguesa, e não mais portuguesa, desde o século XIX, com a chegada da família real na colônia, seguida pela independência do país.

Sem dúvida, Gilberto Freyre é a maior referência da literatura brasileira para a construção da “teoria da ação social” de Jessé Souza.

Em uma alusão a obra de Gilberto Freyre, Souza (2003, p. 140) traça a permanência da desigualdade através da divisão e da ocupação dos espaços habitados por negros/pobres e brancos/ricos, uma espécie de “dimensão geográfica” da desigualdade: “Da casa-grande e senzala, depois sobrados

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