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Diversidade Da Família Myrtaceae (Juss.) No Parque Municipal Do Goiabal, Ituiutaba Minas Gerais, Brasil.

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Por:   •  1/12/2013  •  1.948 Palavras (8 Páginas)  •  594 Visualizações

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Resumo

O presente projeto visa levantar exemplares da família Myrtaceae, presentes no Parque Municipal do Goiabal localizado na região sul da cidade de Ituiutaba, Minas Gerais, que é caracterizado por conter uma reserva com característica do Cerrado sensu stricto, a família Myrtaceae constituída com um número expressivo de espécie que varia entre 3.000 a 5.800 e aproximadamente 100 gêneros. No Brasil a família é representada por aproximadamente 1000 espécies em diversos tipos de vegetação, e está presente em todos os tipos de formações vegetais relacionadas ao bioma cerrado. A típica vegetação do Cerrado se caracteriza pelos troncos tortuosos, baixo porte, ramos retorcidos, cascas espessas e folhas grossas, usualmente o cerrado está sendo classificado em 4 tipos estruturais sendo, cerradão, cerrado sensu stricto, Campo e Campo Cerrado. Devido à velocidade de conversão de áreas nativas o Cerrado é um dos biomas mais ameaçados do planeta, em apenas quatro décadas esse bioma perdeu cerca de 50% de sua área nativa.

Palavras Chaves: Cerrado, triangulo mineiro, morfologia, chave de identificação.

Introdução

A família Myrtaceae é constituída com um número expressivo de espécie que varia entre 3.000 (KAWASAKI e HOLST 2004) a 5.800 (LUGHADHA e SNOW, 2000) e aproximadamente 100 gêneros, distribuídas principalmente nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. De acordo com Souza e Lonrenzi (2008) esta família apresenta dois centros de diversidade no mundo, que podem ser facilmente associados a determinadas características morfológicas. Um destes centros é a Oceania, onde ocorrem gêneros como Eucalyptus, Melaleuca e Callistemon, com folhas alternas e frutos secos. Espécies ocorrentes no outro centro de diversidade, correspondente a Região Neotropical, apresentam folhas opostas ou verticiladas e frutos carnosos.

As mirtáceas têm sido organizadas tradicionalmente em duas subfamílias, Leptospermoideae e Myrtoideae, esta última incluindo todas as mirtáceas americanas, exceto o gênero monotípico Tepualia (MARCHIORI e SOBRAL 1997; apud GRESSLER, 2006).

No Brasil a família Myrtaceae é muito bem representada estima-se que ocorram aproximadamente 1000 espécies (LANDRUM e KAWASAKI, 1997; apud GRESSLER, 2006), em diversos tipos de vegetação, sendo uma das mais citadas em estudos floristicos e fitossociológicos realizados nas diversas formações florestais do sudeste e em quase todas as formações vegetais relacionadas ao bioma cerrado.

O cerrado brasileiro está distribuído, principalmente, pelo Planalto Central, e ocorre nos estados de Goiás, Distrito Federal, ocupando parte dos estados da Bahia, Tocantins, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí e São Paulo. Ocorrendo também em áreas periféricas ou ecótonos, fazendo fronteira com outros importantes biomas: Amazônia ao norte, Caatinga a nordeste, Pantanal a sudoeste e Mata Atlântica a sudeste.

A típica vegetação do Cerrado se caracteriza pelos troncos tortuosos, baixo porte, ramos retorcidos, cascas espessas e folhas grossas. É importante ressaltar que a vegetação não apresenta essa característica em decorrência da escassez de água, já que o Cerrado abriga densa rede hídrica, mas devido a outros fatores edáficos, notadamente o desequilíbrio no teor de micronutrientes, a exemplo do alumínio (MINISTÈRIO DO MEIO AMBIENTE, 2011).

Usualmente o cerrado está sendo classificado em 4 tipos estruturais sendo o cerradão onde inclui característica como uma mata densa, com dossel mais ou menos Fechado, O cerrado, sensu stricto, onde considera uma formação arbustivo-arbórea, de troncos retorcidos, o Campo Cerrado que atende a formação arbustiva mais aberta, com árvores esparsas e Campo, cuja formação com estrato herbáceo graminóide com arbustos retorcidos. (COUTINHO, 1978; EITEN, 1972; GOODLAND, 1971; apud ARANTES, 2002):

Devido à velocidade de conversão de áreas nativas o Cerrado é um dos biomas mais ameaçados do planeta em áreas antropizadas. Originalmente, seus 240 milhões de hectares eram cobertos por fitofisionomias que variavam em extensão, complexidade estrutural e biodiversidade. Em apenas quatro décadas esse bioma perdeu cerca de 50% de sua área nativa (KLINK e MACHADO, 2005; apud FERREIRA).

O bioma Cerrado abriga mais de 11.000 espécies vegetais, das quais 4.400 são endêmicas, além de uma grande variedade de vertebrados terrestres e aquáticos e elevados número de invertebrados. No Cerrado a heterogeneidade espacial é um fator determinante para a ocorrência dessa diversidade de espécies. Os ambientes do Cerrado variam significativamente no sentido horizontal, sendo que áreas campestres, florestais e brejosas podem existir em uma mesma região. Essa enorme biodiversidade qualifica o Cerrado como a savana mais rica do mundo (MINISTÈRIO DO MEIO AMBIENTE, 2011).

Mendonça et al. (1998) considera a família Myrtaceae como uma das dez principais em número de espécies (211) e gêneros (14) onde destacam se com mais de uma centena de espécies, os gênero Eugenia, Myrcia e Calyptranthes, enquanto o restante dos gêneros possui menos de 60 espécies brasileiras (BARROSO E PERÛN 1994, LANDRUM E KAWASAKI 1997; apud ARANTES, 2002), elencada em trabalhos com listas extensas, determinadas apenas até gênero (SOARES-SILVA ,2000; apud ARANTES, 2002). Apesar da sua grande representatividade, o número de trabalhos que trazem tratamentos taxonômicos sobre a família ainda é muito reduzido.

Myrtaceae é uma das famílias mais complexas, do ponto de vista taxonômico, tanto pelo número de espécies e pela escassez de estudos taxonômicos, quanto pela utilização de caracteres críptica (como tipo de embrião) na delimitação de grandes grupos (SOUSA e LORENZI, 2008; apud RIBEIRO, 2012).

Em estudos taxonômicos, a descrição dos caracteres morfológicos de indivíduos reprodutivos é a base para uma correta identificação de espécies. As chaves de identificação são fundamentais neste processo e sua elaboração tem sido alvo de pesquisa de diversos autores. O conhecimento dos caracteres morfológicos das espécies é o ponto de partida, sendo complementado por análises em bibliografias especializadas e de espécies depositadas em herbários.

As espécies desta família podem ser diferenciadas por algumas características peculiares apresentam hábito lenhoso, raramente são arbustos, predominando arvoretas e árvores, folhas com presença de glândulas translúcidas produtoras de terpenos e outras substâncias aromáticas, destituídas de estípulas, filotaxia oposta, flores predominantemente brancas (raramente

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