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Doação de órgãos: percepção dos familiares doadores

Por:   •  12/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  661 Palavras (3 Páginas)  •  126 Visualizações

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Doação de órgãos: percepção dos familiares doadores

Nem os avanços científicos, administrativos e organizacionais tem colaborado para o expressivo aumento de transplantes. A realidade mostra elevado número de recusa em questão da doação, mesmo que ainda exista grande número de potencial de doadores. Mas será que existem reais motivos para esta negação de doação de órgãos? Porque muitas pessoas ficam traumatizadas quando se fala em doação de órgãos?

Santoro, Keity Andrieli cita um estudo realizado no período de junho 2002 a junho 2003, onde foram entrevistadas algumas pessoas entre elas, uma tia de 35 anos, uma irmã 42 anos, uma filha 32 anos, um pai 36 anos, um irmão 34 anos, uma irmã 61 anos, uma esposa 56 anos. As entrevistas foram feitas na residência dos participantes por solicitação dos mesmos.

Este estudo emergiram 5 temas dos entrevistados: “A assistência do paciente”, “A informação da morte encefálica e a solicitação para a doação”, “A decisão e a autorização para a doação”, “A liberação do corpo” e “Considerações pós doação”. Com isso se realizou a análise da identificação das ideias gerais e a possibilidade de compreender as convergências e divergências encontradas.

O processo de doação é chamado de conjunto de ações e procedimentos onde se consegue transformar um potencial de doador em doador afetivo. Muitas pessoas criticam esse processo pois pode demorar horas, dias o que é o maior causador do estresse e por ser traumático para a família e com isso pode sim desfavoravelmente comprometer o número de doadores.

A família precisa receber todas as informações necessárias referente a estes procedimentos. A confirmação do diagnóstico de morte encefálica que é bastante difícil para a família é onde o processo de doação tem início.

Muitas pessoas tem dificuldade em compreender as orientações dadas sobre o diagnóstico de morte encefálica, onde as mesmas são necessárias para a tomada de decisão. Se os profissionais e a família de doadores tivessem uma melhor comunicação ou uma boa qualidade na comunicação iria facilitar a doação de órgãos. A família mesmo com a informação que o quadro do paciente é irreversível e com a certeza que o paciente está morto, mantem a esperança até o último momento ou melhor, realmente quando é constatada a morte encefálica.

A dor da família de um ente querido é tão intensa que não querem nem mesmo os afetos das pessoas. O tempo é algo muito importante para que a família se acostume com a ideia da falta e da morte do paciente, mas isso nem sempre é possível, uma vez que esta informação vem seguida de uma solicitação da manifestação da doação.

Os familiares que compreendem o processo de doação de órgãos, após a morte do paciente tem mais facilidade em pensar na possibilidade da doação de órgãos, mas já os que não compreendem, ou que acreditam na possibilidade da reversão do quadro do paciente ficam irritados e espertados aos serem abordados quanto a doação. A autorização para a tomada de decisão demanda tempo pois a família quer ter certeza que tomará a atitude certa. Nesta hora passa muita coisa na cabeça dos familiares, até mesmo da venda dos órgãos. Somente quando a família tem certeza que foi feito de tudo o que é possível para salvar o paciente que não é questionado o diagnóstico de morte encefálica é que a família se convém da doação de órgãos.

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