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Doze Homens E Uma Sentença

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Por:   •  22/11/2013  •  537 Palavras (3 Páginas)  •  422 Visualizações

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A argumentação e o empate entre os jurados foi o aspecto que mais me chamou a atenção, pois dentro do enredo do filme, esse foi o ponto crucial que culminou para o desfecho e o resultado final.

O único jurado com opinião contrária aos demais julgadores, se mostra a todo o momento preocupado não somente em condenar ou absolver o réu, mas sim em analisar de forma coerente os fatos ocorridos, com o intuito de não promover uma injustiça, ao passo que os outros já possuíam um veredito, o de culpado, uma vez que todas as provas, toda a ordem cronológica dos acontecimento apontavam para o réu.

O excesso de confiança, ações precipitadas, avaliações prematuras, a experiência dos julgadores e a vontade de terminar logo com o processo, faziam com que eles não refletissem para todas as possibilidades possíveis, ali cada um estava preocupado consigo mesmo, levando em conta tão somente assuntos particulares e pessoais, julgando o caso como um jogo, banalizando o destino do acusado, pois a preocupação era declarar o réu culpado, colocando um ponto final ao caso, para que todos pudessem ir embora o mais rápido, sem perceber que estavam julgando a vida de uma pessoa.

Expor seu ponto de vista perante os outros jurados não foi tarefa fácil e mais do que a palavras e argumentos, o personagem principal foi inteligente ao observar o comportamento e a forma com que os demais julgadores comunicavam-se, para persuadi-los, com o objetivo de fazê-los pensar no tamanho da responsabilidade que lhes foi atribuída, é, portanto nesse momento que Davis ao usar a empatia consegue convencer e reverte o quadro do réu de culpado para inocente.

No inicio parece não existir argumentos contrários a fato apresentado, o réu assassinou o pai à facada, situação simples e fácil de resolver, porém em uma analise mais fria e deixando de lado o preconceito e a opinião pré-formada, temos a possibilidade de perceber que houve deficiência na defesa, que deixou lacunas e promoveu a dúvida em um dos julgadores. Em princípio onze deles condenariam o réu que aos poucos mudaram seus votos para a absolvição do mesmo, diante disto eu também votaria a favor da absolvição.

No filme em tela, está levado em consideração o direito penal do autor, no qual pouco importa o fato criminoso praticado por este, nessa perspectiva o que interessa é o antecedente do investigado ou do suspeito.

Aqui, no Brasil o que se aplica é o direito penal de fato, isso significa que, no nosso caso, para responsabilizar penalmente alguém pela prática de uma conduta criminosa, é preciso provar, de forma induvidosa, a sua concorrência direta ou indiretamente para a prática da conduta que lhe foi imputada.

Desse modo, não interessa o histórico ou antecedente do suspeito. Por mais criminoso que seja o possível autor da infração, assim mesmo, para a sua condenação, impõe-se ao autor da ação penal, provar o seu envolvimento, obedecendo aos princípios constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, por meios lícitos.

Podemos concluir que o filme está sustentado no discurso, que sua história nos ensina a duvidar sempre e de que é preciso usar o maior recurso que o ser humano tem o de pensar.

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