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ECONOMIA E MERCADO

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Por:   •  4/6/2013  •  1.217 Palavras (5 Páginas)  •  336 Visualizações

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O PARADIGMA DA PSICOLOGIA

O termo paradigma tem origem na palavra grega parádeigma cujos significados básicos são modelo, exemplo, padrão. De Platão e Aristóteles até os diasde hoje, a concepção de paradigma sofreu inúmeras transformações em diferentes contextos históricos e teóricos. Foi, contudo, em meados do século XX — com o epistemólogo e historiador das ciências Thomas Kuhn — que o conceito ganhou fama e grande poder heurístico. O uso e a significação genérica dada ao termo por Kuhn em seu A Estrutura das Revoluções Científicas (1997) foram consagrados e tornaram-se hegemônicos sendo utilizados nos mais diversos campos de saber.

Para Kuhn, toda mudança de paradigma equivale a uma revolução científica universalmente reconhecida que fornece “problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência” (1997: 13). No seu entender, um paradigma serve para orientar as pesquisas através de regras abstratas. Não se trata apenas de uma simples maneira de “ver” as coisas, mas algo eminentemente de ordem prática. Concebido como um acontecimento raro que se impõe, o paradigma de Kuhn “designa um modo de mobilização dos fenômenos que se revelou de uma maneira inesperada, quase escandalosamente fecundo” . Em suma, um paradigma transforma o modo de produção dos fatos “e se impõe, à maneira de um acontecimento, criando o seu antes e seu depois”. Sem dúvida, o acontecimento Psicanálise inaugura um novo paradigma para o pensamento e, como veremos, tem seu próprio paradigma. A palavra aqui deverá ser tomada em sua concepção mais genérica como modelo exemplar, referência princeps e específica de um determinado campo de saber; aquilo que rege a organização de seus enunciados teóricos e suas operações práticas. No presente contexto, o paradigma é a regra básica e intrínseca aos modos de produção teóricos e práticos da psicanálise, disciplinando assim seu campo.

O paradigma da modernidade foi bastante abalado com a entrada em cena da psicanálise e sua forma de produzir conhecimento, tão adversa aos parâmetros de uma epistemologia racionalista. A psicanálise questiona as categorias centrais do paradigma moderno, que consiste em acentuar as dicotomias entre natureza/cultura, sujeito/objeto, corpo/psiquismo. Para além de uma mera inclusão do “irracional” é preciso reconhecer que a potência inventiva de Freud, ampliada e articulada com a contemporaneidade, pode criar seu próprio paradigma. A originalidade freudiana de descentrar o poder da consciência para o Inconsciente em sua íntima correlação com o sexual, é suficientemente exemplar para a construção de um paradigma. Projeto este que a Nova Mente se apropria, reiterando o Sexo como o paradigma da psicanálise.

PSICOLOGIA SOCIAL

A psicologia social aborda as relações entre os membros de um grupo social, portanto se encontra na fronteira entre a psicologia e a sociologia. Ela busca compreender como o homem se comporta nas suas interações sociais. Para alguns estudiosos, porém, a comparação entre a Psicologia Social e a Sociologia não é assim tão simples, pois ambas constituem campos independentes, que partem de ângulos teóricos diversos. Há, portanto, uma distância considerável entre as duas, porque enquanto a psicologia destaca o aspecto individual, a sociologia se atém à esfera social.

O que a Psicologia Social faz é revelar os graus de conexão existentes entre o ser e a sociedade à qual ele pertence, desconstruindo a imagem de um indivíduo oposto ao grupo social. Um postulado básico dessa disciplina é que as pessoas, por mais diversificadas que sejam, apresentam socialmente um comportamento distinto do que expressariam se estivessem isoladas, pois imersas na massa elas se encontram imbuídas de uma mente coletiva. É esta instância que as leva a agir de uma forma diferente da que assumiriam individualmente. Este ponto de vista é desenvolvido pelo cientista social Gustave Le Bon, em sua obra Psicologia das Multidões. Este pesquisador esteve em contato com Freud e, desse debate entre ambos, surgiu no alemão o conceito de ‘massa’, que por problemas de tradução ele interpretou como ‘grupo’, abordando-o em suas pesquisas, que culminariam com a publicação de Psicologia de Grupo, em 1921.

A Psicologia Social também estuda o condicionamento – processo pelo qual uma resposta é provocada por um estímulo, um objeto ou um contexto, distinta da réplica original – que os mecanismos mentais conferem à esfera social humana, enquanto por sua vez a vivência em sociedade igualmente interfere nos padrões de pensamento do Homem. Esse ramo da psicologia pesquisa, assim, as relações sociais, a dependência recíproca entre as pessoas e o encontro social. Estas investigações teóricas tornam-se mais profundas ao longo da Segunda Guerra Mundial, com a contribuição de Kurt Lewin, hoje concebido por muitos pesquisadores como o criador da Psicologia Social.

Alguns estudiosos realizaram importantes estudos sobre a exclusão e a inclusão. Estes psicólogos acreditam que a economia neoliberal e o Estado que o alimenta criam subjetividades moldadas segundo as suas características próprias, ou seja, têm grande influência sobre o desenvolvimento emocional dos indivíduos. Esta linha de pensamento é mais aplicada em discussões teóricas do que no interior dos consultórios.

Esta teoria psicológica tem sido alvo de muitas críticas atualmente. Algumas delas dão conta de que ela se restringe a descrever fatos, apenas nomeando os mecanismos sociais visíveis; foi criada no contexto de uma sociedade norte-americana que, no final da guerra, precisava recuperar sua economia, valendo-se

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