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EFEITOS BIOLOGICOS DA RADIAÇÃO IONIZANTES

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Por:   •  6/4/2014  •  1.368 Palavras (6 Páginas)  •  912 Visualizações

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EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES

Os efeitos biológicos das radiações ionizantes são, embora bem estudados, pouco conhecidos pela população em geral.

Os efeitos biológicos são o resultado de diversas células afetadas pela radiação. Nosso corpo produz células diariamente assim como outras tantas morrem diariamente, criando um ciclo constante de renovação celular. Portanto uma célula que absorva dose suficiente para causar mutação ou morte celular não resulta em perda significativa, mas quando isto ocorre com grande número de células o corpo percebe. Ocorre um efeito biológico no indivíduo irradiado.

Vejamos algumas características dos efeitos biológicos das radiações ionizantes:

ESPECIFICIDADE: não existe um efeito específico das radiações ionizantes. Isto é: outros agentes, químicos, físicos ou biológicos podem causar o mesmo efeito. Por isso jamais é possível ter certeza de que algum efeito realmente ocorreu devido a uma exposição.

TEMPO DE LATÊNCIA: o efeito biológico de uma determinada dose demora a ser percebido. Existe um tempo entre o momento da irradiação e o aparecimento do efeito biológico. Para alguns efeitos tardios este tempo pode ser de anos. Isto ocorre devido ao longo processo através do qual a dose absorvida se transforma em um dano biológico. A radiação interage com os elétrons, que afetam os átomos, então as células, que depois se regeneram, morrem ou apresentam alguma mutação. Somente quando as células danificadas abrangem parte significativa do corpo ou tecido surgirá um efeito biológico perceptível.

REVERSIBILIDADE: em certos casos o efeito biológico causado pela radiação pode ser reversível (o corpo se recupera de alguns danos). Este efeito depende da dose, da taxa de dose, do tipo de tecido afetado e da capacidade do corpo se regenerar. Entretanto, a morte celular é um dano irreversível, assim como o caso de uma célula cancerígena.

TRANSMISSIBILIDADE: a maior parte das alterações causadas no organismo pelas radiações no corpo do indivíduo afetado não são transmissíveis. Entretanto, no caso de haver mutações cromossômicas nas células que contém o patrimônio hereditário, efeitos poderão aparecer nos descendentes do indivíduo irradiado.

DOSE LIMIAR: Alguns efeitos ocorrem apenas a partir de certa dose. São os chamados efeitos determinísticos, cuja gravidade aumenta com a dose. Outros efeitos não apresentam dose limiar e por isso são chamados de estocásticos (ou probabilísticos). Neste caso a probabilidade de aparecimento do efeito aumenta com a dose. Cabe lembrar que os limites estabelecidos para os indivíduos ocupacionalmente expostos visam evitar os efeitos determinísticos e minimizar o aparecimento de efeitos estocásticos.

RADIOSENSIBILIDADE: Células diferentes respondem de forma diferente à radiação. As células mais sensíveis são as das gônadas e da medula óssea.

Efeitos biológicos da radiação

Os efeitos decorrentes do uso das radiações ionizantes sobre o organismo varia de dezenas de minutos até dezenas de anos, dependendo dos sintomas. As alterações químicas provocadas pela radiação podem afetar uma célula de várias maneiras, resultando em: morte prematura, impedimento ou retardo de divisão celular ou modificação permanente que é passada para as células de gerações posteriores.

A reação de um indivíduo à exposição de radiação depende de diversos fatores como:

• quantidade total de radiação recebida;

• quantidade de radiação recebida anteriormente pelo organismo, sem recuperação;

• textura orgânica individual;

• dano físico recebido simultaneamente com a dose de radiação ( queimadura, por

exemplo ) ;

• intervalo de tempo durante o qual a quantidade total de radiação foi recebida.

É bom salientar que o efeito biológico constitui a resposta natural de um organismo, ou parte dele, a um agente agressor ou modificador. O surgimento destes efeitos não significam uma doença. Quando a quantidade de efeitos biológicos é pequena, o organismo pode recuperar, sem que a pessoa perceba. Por exemplo, numa exposição à radiação X ou gama, pode ocorrer uma redução de leucócitos, hemácias e plaquetas e, após algumas semanas, tudo retornar aos níveis anteriores de contagem destes elementos no sangue. Isto significa que, houve a irradiação, ocorreram efeitos biológicos sob a forma de morte celular e, posteriormente, os elementos figurados do sangue foram repostos por efeitos biológicos reparadores, operados pelo tecido hematopoiético.

Por outro lado, quando a quantidade ou a freqüência de efeitos biológicos produzidos pela radiação começa a desequilibrar o organismo humano ou o funcionamento de um órgão, surgem sintomas clínicos denunciadores da incapacidade do organismo de superar ou reparar tais danos, que são as doenças. Assim, o aparecimento de um tumor cancerígeno radioinduzido, significa já quase o final de uma história de danos, reparos e propagação, de vários anos após o período de irradiação. A ocorrência de leucemia nos japoneses, vítimas das bombas de Hiroxima e Nagasaki, teve um máximo de ocorrência cinco anos após. As queimaduras originárias de manipulação de fontes de Ir 192, em acidentes com irradiadores de gamagrafia, aparecem horas após. Porém , os efeitos mais dramáticos, como a redução de tecido, ou possível perda dos dedos, podem levar até seis meses para acontecer.

Os efeitos radioinduzidos podem receber denominações em função do valor da dose e forma de resposta, em função do tempo de manifestação e do nível orgânico atingido. Assim, em função da dose e forma

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