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EFEITOS DA PRÁTICA CHI KUNG EM PACIENTES

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Por:   •  22/10/2013  •  2.350 Palavras (10 Páginas)  •  432 Visualizações

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EFEITOS DA PRÁTICA CHI KUNG EM PACIENTES

CARDIOPATAS

AUTORES: Frederick August Folha Chacon, Guilherme Pinheiro Ferreira da Silva, Cristina de Santiago Viana Falcão, Framartinho Carlos Silva Araújo.

LOCAL DA REALIZAÇÃO DO ESTUDO: Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI) da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), na cidade de Fortaleza-Ceará, no período entre Agosto e Novembro de 2011.

RESUMO

Objetivo: avaliar os efeitos da prática chi kung em pacientes cardiopatas.

Método: Tratou-se de um estudo intervencionista, descritivo com abordagem quantitativa.

A amostra foi composta de 27 pacientes participantes do Programa de Assistência Médica/Fisioterapêutica que possuíam diagnóstico de cardiopatias e hipertensão arterial sistêmica e estavam estáveis clinicamente.

As variáveis analisadas foram: Pressão Inspiratória Máxima (PImáx), Pressão Expiratória Máxima (Pemáx) e Pressão Arterial.

Os participantes foram divididos em dois grupos: GA e GB. Ambos os grupos realizaram o tratamento padrão por meio de exercícios aeróbicos.

Apenas o GA recebeu o treinamento de Chi Kung após as atividades físicas.

Resultados: O grupo que recebeu o treinamento de Chi Kung (GA) apresentou melhora estatisticamente significante nas variáveis PImáx e PEmáx, enquanto que o GB evidenciou diferença significativa somente na pressão arterial diastólica. Quando comparado entre os grupos, houve diferença significativa na PImáx e PEmáx.

Conclusão: Os resultados demonstram que o treinamento de Chi Kung associado a atividade física promoveu melhora do condicionamento físico e da força muscular respiratória.

Palavras-chaves: Cardiopatia, Fisioterapia, Reabilitação.

Mestrando em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Ceará (UFC)

(3) Fisioterapeuta, Mestre em Saúde Coletiva e Docente da UNIFOR.

(4) Fisioterapeuta, Mestre em Saúde da Criança e Adolescente e Docente da UNIFOR.

Número 1 • Edição 22 • janeiro/fevereiro de 2013

INTRODUÇÃO

A pratica do Chi Kung foi realizada durante muito tempo em segredo e somente passada de mestre para discípulo. O termo Chi Kung é de origem chinesa e pode ser traduzido como Exercícios de Energia ou Treinamento Vital, sendo Chi equivalente à força vital, energia ou ar, e a palavra Kung como exercício ou treinamento. Dessa forma pode-se definir como um conjunto de exercícios respiratórios que estimulam a estrutura energética corporal, com objetivos preventivos e curativos. Inicialmente foi introduzido na prática de diversas artes marciais orientais e na medicina tradicional chinesa com finalidade de promover a saúde, cura e à longevidade. A partir da década de 1950 esses

conjuntos de técnicas ficaram conhecidos como Chi Kung e foram expandidas para o ocidente (1,2). Os exercícios podem ser classificados em dois tipos dependendo da sua finalidade. O Chi Kung marcial, que se baseia no fortalecimento muscular, ósseo e no desenvolvimento do poder de concentração, e o Chi Kung terapêutico, que tem a função de equilibrar corpo, mente e emoção, pois qualquer distúrbio físico, emocional ou mental causa formações de congestionamentos energéticos, e o objetivo desta prática é prevenir e tratar tais desequilíbrios (2,3). Os exercícios respiratórios realizados durante a prática promovem o treinamento da musculatura respiratória, o que pode favorecer o paciente cardiopata, principalmente em casos de pós operatório de cirurgia cardíaca, onde ocorrem alterações nos padrões respiratórios e o aparecimento de complicações

respiratórias (4,5).

Diante do exposto, o estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da prática chi kung em pacientes cardiopatas.

MÉTODOS

O estudo realizado foi do tipo intervencionista e abordagem quantitativa, desenvolvido no Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI) da Universidade de Fortaleza (UNIFOR),

na cidade de Fortaleza-Ceará, no período entre Agosto e Novembro de 2011.

A população foi composta por pacientes cardiopatas inscritos no Programa de Assistência Médica/Fisioterapêutica aos Pacientes Portadores de Doenças Cardiovasculares da UNIFOR, que estivessem estáveis clinicamente. A amostra foi composta de 27 (vinte e sete) participantes, independente do sexo, na faixa etária de 30 a 76 anos. Foram excluídos da pesquisa participantes que possuíam as seguintes alterações clínicas que impossibilitassem a prática de atividade física: arritmias cardíacas, dispnéia e palpitações cardíacas.

Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo A (GA), que realizaram o protocolo de Chi Kung associado a atividade física e o grupo B (GB), que só realizou atividade física.

O protocolo de estudo foi realizado durante 4 meses, 1 vez por semana, com duração aproximada de 1 hora e 30 minutos. O GA recebeu o protocolo de Chi Kung, que consistiu de exercícios respiratórios realizados junto aos movimentos do corpo e posturais durante 30 minutos, com intervalos de tempo para o descanso entre as séries de exercícios. Foi realizada a primeira sequência de treinamento da respiração Sino de Ouro, que consiste partir da postura inicial com os pés abertos na largura dos ombros, joelhos levemente flexionados, MMSS relaxados ao longo do corpo. O praticante inicia a inspiração pelo nariz e ao mesmo tempo ergue seus MMSS até uma flexão de ombro de 90°. Em seguida, realiza apnéia pelo máximo tempo que conseguir. O ar deve ser solto pela boca enquanto movimentam-se os dedos das mãos. Inicialmente estabelecido

um tempo de três segundos para apnéia que posteriormente foi aumentado de acordo com a capacidade de cada participante (1).

A respiração se inicia novamente com a inspiração ao mesmo tempo em que se levantam os MMSS realizando uma flexão de 180°, em seguida se repete o processo de apnéia e expiração pela boca, enquanto se movimenta os dedos das mãos. Durante a próxima inspiração fecham-se os punhos e abaixam-se os MMSS lentamente, repousando os punhos na altura da linha mamilar, em uma postura marcial. Repete-se o processo de apnéia

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