Efeitos da Psicoterapia Interpessoal em Pacientes Depressivos

Efeitos da Psicoterapia Interpessoal em Pacientes Depressivos

Marivan Barros Gonçalves Pereira  

Brasília – DF

Novembro de 2015

Efeitos da Psicoterapia Interpessoal em Pacientes Depressivos

Projeto de Pesquisa apresentado à Faculdade de Ciências da Educação e Saúde – FACES, do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB, do curso de Psicologia, como requisito parcial da disciplina Estágio Básico I.

Professora - orientadora: Michela Ribeiro.

Marivan Barros Gonçalves Pereira  

Brasília – DF

Novembro de 2015

Sumário

Introdução ............................................................................................................................ 1

Justificativa .............................................................................................................................3 

Objetivo...................................................................................................................................4 

Método .................................................................................................................................. 5 

Participantes ......................................................................................................................... 10

Instrumentos ......................................................................................................................... 11

Local .................................................................................................................................... 12 

Procedimentos ...................................................................................................................... 13 

Análise de dados .................................................................................................................. 17 

Cronograma.......................................................................................................................... 18 

Orçamento ............................................................................................................................ 18 

Referências Bibliográficas ................................................................................................. 19 

Anexos ................................................................................................................................ 21

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Introdução

A OMS (Organização Mundial de Saúde), em estudo divulgado em 2001, fez previsões de que em 2030, a depressão seria a segunda das principais causas de doenças no mundo (Organização Mundial de Saúde, 2001, p. 12). Tal índice foi alcançado em 2010. Kofi Annan, ex- secretário geral das Nações Unidas, no seminário “The Global Crisis of Depression”, em novembro de 2014, promovido pela revista britânica “The Economist”, colocou que, atualmente, a depressão é responsável por 9,8% do total de anos de vida saudável perdidos para doenças e atinge atualmente 7% da população mundial, cerca de 400 milhões de pessoas. No Brasil, cerca de 10% da população brasileira convive com esse mal e 15% terão a doença em algum momento da vida, segundo dados de 2015, da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP.

Atualmente há tratamentos medicamentosos com eficácia clinicamente comprovada para o manejo da depressão, mas estes têm elevado custo financeiro (Mello, 2004). A psicoterapia é uma alternativa bastante interessante para o tratamento da depressão, mesmo que também ainda tenha um custo financeiro alto, de forma geral, ao final do tratamento se torna mais barata e tem sua eficácia também comprovada por vários estudos (Mello, 2004). Escolheu-se para este estudo a abordagem psicoterápica denominada Psicoterapia Interpessoal, que, embora tenha inúmeros ensaios clínicos demonstrando sua eficácia, ainda é pouco difundida no Brasil (Mello, 2004), sendo interessante mais amplos estudos. Pretende- se, com este estudo, investigar as possíveis mudanças na situação clínica da depressão em um paciente que faça acompanhamento psicoterápico através da abordagem da Psicoterapia Interpessoal.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM – 5 (American Psychiatric Association2014, p. 155), o transtorno depressivo maior é “(...) caracterizado por episódios distintos de pelo menos duas semanas de duração (embora a maioria dos episódios dure um tempo consideravelmente maior) envolvendo alterações nítidas no afeto, na cognição e em funções neurovegetativas, e remissões interepisódicas”.

A depressão é caracterizada pelo “humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo” (DSM – 5, 2014, p. 155). A depressão é caracterizada como um ou mais episódios de depressão maior, que seria um período de no mínimo, duas semanas nas quais o indivíduo manifesta humor deprimido, perda de prazer ou de interesse perante a vida, além quatro ou mais sintomas da série a seguir: perda ou ganho de peso significativo que não esteja relacionada à dieta, hipersonia ou insônia, agitação ou retardo psicomotor, fadiga ou perda de energia, dificuldade em concentrar-se, penar ou realizar escolhas, pensamentos relativos à morte, sentimento de inutilidade ou culpa. Também podem ocorrer sintomas que são tipicamente psicóticos (DSM- 5, 2014, p.160- 161).