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Economia

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Por:   •  12/3/2015  •  1.701 Palavras (7 Páginas)  •  1.048 Visualizações

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Conceitos econômicos fundamentais1

Olá pessoal! Bem-vindos à nossa primeira web aula da disciplina de Teoria Econômica. Quero começar com uma pergunta: Qual a primeira palavra que lhe vem à mente quando falamos a palavra "economia"?

Se for a palavra "dinheiro", você está no caminho... Mas não é só isso. Na verdade, a ciência econômica estuda não apenas o dinheiro, mas todos os bens considerados escassos, ou seja, bens que não são infinitos! Para entendermos melhor, vamos refletir um pouco sobre a palavra escassez. Pensem no seguinte: se todos os bens e serviços consumidos pelas pessoas "caíssem do céu", ninguém precisaria estudar economia, pois não haveria escassez. É bem provável que todos conheçam a expressão "não existe almoço grátis". Essa expressão resume o objeto de estudo da economia: para que exista um almoço, alguém teve que comprar os ingredientes. Para ter dinheiro para comprar os ingredientes, alguém teve que dar algo em troca: o dinheiro. Para conseguir dinheiro, alguém teve que vender alguma coisa: a sua força de trabalho. Ou seja, as pessoas trabalham para outras pessoas (vendendo sua força de trabalho) e recebem algo em troca (dinheiro); é com esse dinheiro que as pessoas compram os bens e serviços de que necessitam e desejam.

Seja qual for o produto, será que o frete é grátis mesmo? Para o consumidor que o está comprando, sim... Mas alguém está pagando por esse frete! Ele não "caiu do céu". Esses exemplos, portanto, ilustram o conceito central da economia: a escassez. Mas o que mais pode ser escasso? O tempo das pessoas, por exemplo, é um bem escasso. O espaço físico é um bem escasso. Mão-de-obra qualificada também pode ser um bem escasso.

A ciência econômica torna-se mais complexa à medida que confrontamos a escassez dos bens com as necessidadesdas pessoas. Pense no seguinte: há pouco mais de dez anos atrás os celulares não existiam! Mas atualmente o brasileiro não "vive" sem celular... Em breve atingiremos a marca de um celular por habitante! Ou seja, a necessidade de uso do celular desenvolveu-se recentemente. E essa é exatamente a lógica do desenvolvimento econômico: novos produtos e serviços são desenvolvidos constantemente; e as pessoas passam a desejar esses novos produtos e serviços, colocando "lenha" na locomotiva da economia. Mas se as necessidades das pessoas estão sempre se renovando, a "conta" não fecha, pois estas nunca serão satisfeitas! Assim, devido à escassez de recursos, toda sociedade tem de escolher entre alternativas de produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva entre os vários grupos da sociedade. Assim, a questão central do estudo da economia é como alocar recursos limitados para satisfazer todas as necessidades da população. Esse é realmente um desafio que o mundo ainda não encontrou resposta! Se os recursos produtivos (dinheiro, espaço físico, mão-de-obra, recursos naturais) existissem de forma abundante, a ciência econômica perderia importância.

A partir da definição da economia, surge um conceito importante, chamado custo de oportunidade. Esse conceito ilustra a idéia de que uma escolha por algo implica na renúncia de outras coisas. Veja a seguinte frase, de Sartre: "Estamos condenados a ser livres pois temos que fazer escolhas; e toda escolha implica necessariamente em renúncia"

A frase acima ilustra muito bem o conceito de custo de oportunidade. Para uma melhor compreensão, observe o seguinte exemplo: você tem no bolso dois reais. Minha pergunta é: o que você faria agora com esse dinheiro? Com certeza, a resposta de cada um que está lendo este texto será diferente; porém há uma certeza: não importa como você gaste seus dois reais, pois, de qualquer maneira, você terá dois reais a menos para gastar em qualquer outra coisa. Isso é o custo de oportunidade! Outro exemplo: o custo de oportunidade de João comprar uma lata de refrigerante é ele deixar de comprar 1Kg de açúcar; ou seja, João escolheu empregar seus recursos escassos (2 reais em dinheiro) para comprar refrigerante ao invés de açúcar. Outra pessoa poderia ter escolhido o açúcar, mas isso vai depender das necessidades de cada um. O raciocínio básico nesse conceito é o de que, ao gastar 2 reais com refrigerante, João passa a ter 2 reais a menos para gastar com qualquer outra coisa.

O conceito de custo de oportunidade ilustra bem a idéia de escolhaque decorre da escassez. Importante observar que as pessoas e empresas enfrentam escolhas todos os dias, sendo que grande parte destas podem ser analisadas sob a ótica da Economia. As escolhas da sociedade, como um todo, podem ser compreendidas através dos chamados "problemas econômicos fundamentais", assim enunciados:

• O que e quanto produzir?

• Como produzir?

• Para quem produzir?

Essas questões não têm resposta simples! Basicamente essas questões ilustram verdadeiros dilemas econômicos. Vejam: que tipo de produtos as fábricas, lavouras e prestadores de serviços devem produzir em um país? Em que quantidade? Utilizando quais tecnologias? Quem irá consumir? Você pode responder algo como: DEPENDE. Mas depende do que?

Em primeiro lugar, devemos notar que essas questões só ganham importância devido ao fato de os recursos serem escassos. Mas como respondê-las? Basicamente, existem dois caminhos opostos: o caminho do livre mercado e o caminho do controle governamental.

Nesse momento gostaria que vocês começassem a pensar sobre os dois caminhos e suas implicações:

A) De forma simplificada, no livre mercado, as pessoas fariam tais escolhas de forma livre, sem intervenção governamental. Os empresários seriam livres para montar seu próprio negócio, aceitando os riscos, mas também podendo usufruir dos benefícios; por um lado, esse modelo tende a gerar alto crescimento econômico; por outro lado, as pessoas menos favorecidas da sociedade ficam "órfãs", sem muito apoio;

B) Num regime com intervenção governamental, tais escolhas seriam limitadas pelas decisões governamentais, que tem controle sobre os negócios que são abertos e sobre os lucros que os empresários podem obter; por um lado, a riqueza da sociedade é mais bem distribuída e gera-se menos desigualdade; por outro lado, o desenvolvimento econômico fica prejudicado.

Os "caminhos" acima ilustram, em linhas gerais, as formas de organização econômica que os países podem escolher: o sistema capitalista (livre mercado) e o sistema socialista (alta intervenção estatal)

O sistema

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