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Educaçao E Complexidade Edgar Morin

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Por:   •  7/11/2014  •  1.370 Palavras (6 Páginas)  •  2.161 Visualizações

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Morin, Edgar. Educação e Complexidade: Os sete saberes e outros ensaios/ Edgar Morin; Maria da Conceição de Almeida, Edgar Carvalho, (orgs) -4 ed.. – São Paulo: Cortez:2007

Resenhado por Ruthe Yanara Nunes Barão, acadêmica do curso de História pela Universidade Federal do Piauí

Edgar Morin ,nascido em 8 de julho de 1921, graduou-se em Economia Política, História, Geografia e Direito. Publicou, em 1977, o primeiro livro da série O Método, no qual inicia sua explanação sobre a teoria da complexidade. Em 1999, lançou A Cabeça Bem-Feita (Ed. Bertrand Brasil) e Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro (Ed. Cortez), além de outros três títulos sobre educação .

O texto de Edgar Morin mostra em sua essência a importância da reforma universitária, bem como sua questão inter-trans-poli-disciplinar, questionando a divisão das disciplinas e seu carácter fechado.

Sobre a Reforma Universitária:

O texto inicia problematizando sobre tal reforma, bem como seu poder de transformação, sua função transecular e sua missão transnacional, o que da sentido a conservação das universidades como o próprio autor cita, “Só se pode preparar um futuro quando se salva um passado” tudo isso em meados do séc XVII quando as universidades tinham um carácter rígido, dogmático e conservador. A partir da reforma de 1809 efetuada por Humboldt em Berlim a universidade tornou-se laica e transformou-se em um lugar de problematização, a mesma tende a adaptar-se a modernidade e integrá-la a sua estrutura , o autor vem com a ideia de reforma de pensamento, de que a interdisciplinaridade é necessária mais quase nunca é eficaz, prova disso é a separação da cultura humanista e cultura cientifica, e como as duas não deveriam divergir no meio acadêmico. As particularidades de uma disciplina são tão importantes como o todo, é preciso existir uma globalização entre elas, havendo assim o emprego total da inteligência geral ou como cita o autor “O Espírito Vivo”.

As propostas dessa reforma é que as disciplinas virem matérias polidisciplinares que tenham por objetivo não apenas um setor ou parte mas um sistema complexo, que abranja todo um englobamento de saberes a fim de instalar e ramificar um modo de pensamento complexo que permita a transdisciplinaridade

Articulação dos Saberes

Nesse momento do texto o autor mostra a importância da articulação, união, contextualização dos saberes , pois se não houver essa ligação o saber é inútil, pois ele argumenta que o saber só é útil quando é capaz de inserir-se em um contexto, isto é ter um conhecimento que religue as partes ao todo e evidentemente o todo as partes. E no decorrer do capítulo percebe-se vários exemplos que confirmam que a proposta do autor é fundamentada em exemplos felizes, e o objetivo da reforma proposta é articular , religar, dar vitalidade e fecundidade as disciplinas.

O autor ainda diz que essa reforma do ensino e do pensamento deve partir dos professores, que eles devem ser ousados ao tentar essa reforma, o que ele chama de formação de formadores e a auto-educação de educadores. Seria a “missão das luzes” como ele cita no texto não as luzes do séc.XVIII no renascimento, “Mas luzes portadoras de um saber que ajudam a compreender e abraçar a complexidade do real, a proposta que haja uma integração em conexão entre a cultura das humanidades e cultura das ciências” e ele da exemplo da Filosofia que geralmente esta fechada as ciências e vise-versa, o que poderia ser revertido, havendo uma conversação e aprendizado mutuo entre as duas.

Partindo desse ponto chegamos a articulação das disciplinas, o que o autor deixa claro todas as delimitações a fronteira disciplinar, com suas linguagens e conceitos que são próprios isola as disciplinas em relação as outras, e em relação aos problemas que ultrapassam as disciplinas comprometendo o espírito hiperdisciplinar. A abertura dessa disciplina faz-se necessária principalmente quando alguém leigo da disciplina em questão resolve um problema que até então era invisível para a própria disciplina, como Darwin e o meteorologista Alfred Weneger ambos tinham uma sensibilidade para cada manifestação do ambiente vivo, ou seja não se fechavam em uma só visão disciplinar. A ruptura de fronteiras disciplinares as sobreposições de problemas de uma disciplina sobre outra acabando por formar disciplinas híbridas que se autonomizam.

O autor nos mostra seu ponto de vista em exemplos de como a quebra do isolamento disciplinar, faz progredir as ciências, com a circulação de conceitos e esquemas cognitivos. Uma nova transdisciplinaridade é proposta e pensada em suas condições, fazer os domínios científicos se comunicarem entre si sem operar redução, que ele permita distinguir, separar, opor, disjuntar, fazendo com que esses domínios também sem comuniquem entre si. O autor cita que é necessário enraizar o conhecimento físico e biológico numa sociedade, numa cultura, numa história, numa humanidade a partir daí cria-se uma possibilidade de comunicação entre as ciências, a ciência transdisciplinar.

A Ruptura Colonial:

A cultura científica e a cultura das humanidades. A científica que é fechada em si mesma, sua linguagem esotérica se torna não comum para os cidadãos

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