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A BIOGRAFIA DE EDGAR MORIN .

Por:   •  2/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.636 Palavras (11 Páginas)  •  1.901 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Quando se fala em Edgar Morin fala-se conjuntamente de Pensamento Complexo que é o tema mais discutido por esse pensador formado em História, Geografia e Direito e que tem suas obras ligadas diretamente as suas vivências. Quanto ao Pensamento Complexo, este surgiu numa época conhecida como “Era da Incerteza” que foi quando as certezas da ciência foram derrubadas e substituídas por princípios que defendiam que o todo era mais importante do que as partes e que o homem se recria diante de experiências de vida.

O presente trabalho discorrerá a respeito da vida e da obra de Edgar Morin, seus pensamentos e sua influência na sociedade.

Palavras-Chave: Edgar Morin; Pensamento Complexo.

2. BIOGRAFIA DE EDGAR MORIN

Edgar Nohoun nasceu em Paris, na França, em 8 de julho de 1921, Era filho único e seu sobrenome tinha descendência judia sefardita. Após a expulsão dos judeus sefarditas da Espanha no século XV com a unificação politica do país, Edgar adotou o sobrenome Morin. Graduou-se em Hisória, Geografia e Direito. (RODRIGUES, 2011).

Durante a infância, enfrentou um mundo de contradições, pobreza e, que se preparava para a Segunda Guerra Mundial. Nesta época, se filiou ao Partido Comunista, trabalhando como redator dos periódicos deste e, também, se alistou nas forças de resistência da França. Morin defendia os ideais de igualdade e liberdade, mas por ser um grande questionador dos dogmas do Partido que, segundo ele, eram contrários àquilo que ele acreditava, foi expulso do Partido em 1951. (RODRIGUES, 2011).

Em 1951, também, Edgar Morin foi convidado a ingressar no Centre National de Recherche Scientifique (CNRS) e permaneceu nessa instituição até 1989, dedicando-se a investigações cientificas. (RODRIGUES, 2011).

Funda em 1957 com alguns amigos, a revista Arguments onde publica as contribuições de vários pensadores nas mais diversas com Antropologia, Sociologia e Filosofia. A partir desse estudo sobre os pensadores e suas contribuições, Morin começa a estabelecer as bases do Pensamento Complexo, principalmente, a respeito da superação da fragmentação do saber. (RODRIGUES, 2011).

Em 1990, é convidado pelo Ministério da Educação da França á fazer parte desse setor, sendo o responsável por replanejar o ensino secundário francês. Em seguida, recebeu, também, o convite da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (UNESCO), para apresentar os principais pontos que não poderiam faltar na educação do jovem do século XXI. (RODRIGUES, 2011).

Edgar Morin teve como influência a produção de outros pensadores tanto da Filosofia quanto da Sociologia e entre eles estão: Friedrick Hegel, Theodor Adorno, Max Horkheimer, Max Weber, Karl Popper, Pierre Bourdieu, Michel Foucault, entre outros. (RODRIGUES, 2011).

2.1 Principais Obras

Segundo Rodrigues (2011), Edgar Morin produziu uma diversidade de obras ligadas a sua experiência de vida e voltadas a reflexão de questões sociais, antropológicas e politicas e, também, a respeito do caminho por onde a ciência tem andado que, segundo Morin, está focado na economia e fragmentação. Dentre as obras desse pensador, estão aquelas de grande relevância que são:

- O ano zero da Alemanha (primeira obra), em 1946: Esta obra é baseada nas experiências de guerra e pobreza enfrentadas por Morin.

- O homem e a morte (1948-1950), O cinema ou o Homem imaginário ( 1951-1956) e As estrelas: Mito e sedução no cinema (1957), foram obras que produzidas durante sua investigação sociológica.

- Autocritica (1959): O autor faz um balanço entre sua vivência e sua participação cultural na época

- O espirito do tempo (1962): Esta obra foi escrita por Morin após uma viagem pela América Latina em busca de conhecimento sobre as diversas culturas do continente.

- O método (1971-1976): Surgiu a partir da organização de princípios do conhecimento influenciados pela teoria da complexidade.

- O método: a natureza da natureza (1977-1980): Segundo Rodrigues, nesta obra Morin propõe uma epistemologia da complexidade. Neste mesmo período, publica o segundo volume chamado “O método: a vida da vida”.

- O método: o conhecimento do conhecimento (1986): Nesta obra, Morin analisa questões importantes sobre o conhecimento.

- Os sete saberes necessários a educação do futuro (1990): Edgar Morin apresenta nesta obra, principais pontos que não podem faltar na educação do cidadão do século XXI.

- Introdução ao Pensamento Complexo (1990): Esta obra apresenta a problemática do pensamento complexo e, buscam explicar os três volumes do livro “O Método”.

2. O PENSAMENTO COMPLEXO

O Pensamento Complexo parte de fenômenos, ao mesmo tempo, complementares, concorrentes e antagonistas, respeita as coerências diversas que se unem em dialógicas e polilógicas e, com isso, enfrenta a contradição por várias vias (MORIN, 2000).

A ciência clássica costuma se apoiar na certeza através da fragmentação do conhecimento e, tem como principais pilares a ordem, a separabilidade e a lógica. A ordem é interpretada por alguns pensadores como Descartes, como produto da perfeição divina, mas para Laplace, a ordem funciona sozinha sem nenhuma ligação divina. Já a separabilidade diz respeito a necessidade de fragmentar para conhecer, ou seja, na visão de Descartes, era preciso fragmentar um problema em pequenas partes e trabalhar uma de cada vez. Na ciência, era comum a eliminação do individuo e da subjetividade, pois se considerava que este atrapalharia o conhecimento já que para a ciência o estudo do objeto de conhecimento separado do individuo resultaria em certeza absoluta. (MORIN, 1998)

[...] a ciência do século XIX, motivada pelos estudos de cientistas como Descartes, Newton e Laplace, busca eliminar o que é individual e singular, para só reter leis gerais e identidades simples e fechadas. [...] busca conceber um universo que fosse uma máquina determinística perfeita. (OLIVEIRA, 2011)

O Pensamento complexo de Edgar Morin conduz a uma reflexão sobre os problemas da sociedade que devem ser pensados a partir da contextualização e união desses problemas, pois, segundo Morin (2000), é necessário compreender sem fragmentar, ou seja, é preciso substituir

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