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Educação De Jovens E Adultos

Relatório de pesquisa: Educação De Jovens E Adultos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/8/2014  •  Relatório de pesquisa  •  1.947 Palavras (8 Páginas)  •  132 Visualizações

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A prática pedagógica por meio do desenvolvimento de projetos é uma forma de conceber educação que envolve o aluno, o professor, os recursos disponíveis, inclusive as novas tecnologias, e todas as interações que se estabelecem nesse ambiente, denominado ambiente de aprendizagem. Este ambiente é criado para promover a interação entre todos os seus elementos, propiciar o desenvolvimento da autonomia do aluno e a construção de conhecimentos de distintas áreas do saber, por meio da busca de informações significativas para a compreensão, representação e resolução de uma situação-problema.

Fundamenta-se nas ideias piagetianas sobre desenvolvimento e aprendizagem, interrelacionadas com outros pensadores dentre os quais destacamos Dewey, Freire e Vygotsky. Trata-se de uma nova cultura do aprendizado que não se fará por reformas ou novos métodos e conteúdos definidos por especialistas que pretendam impor melhorias ao sistema educacional vigente. É uma mudança radical que deve tornar a escola capaz de:

• Atender às demandas da sociedade;

• Considerar as expectativas, potencialidades e necessidades dos alunos; criar espaço para que professores e alunos tenham autonomia para desenvolver o processo de aprendizagem de forma cooperativa, com trocas recíprocas, solidariedade e liberdade responsável;

• Desenvolver as capacidades de trabalhar em equipe, tomar decisões, comunicar se com desenvoltura, formular e resolver problemas relacionados com situações contextuais;

• Desenvolver a habilidade de aprender a aprender, de forma que cada um possa reconstruir o conhecimento, integrando conteúdos e habilidades segundo o seu universo de conceitos, estratégias, crenças e valores;

• Incorporar as novas tecnologias não apenas para expandir o acesso à informação atualizada, mas principalmente para promover uma nova cultura do aprendizado por meio da criação de ambientes que privilegiem a construção do conhecimento e a comunicação.

O professor que trabalha com projetos de aprendizagem respeita os diferentes estilos e ritmos de trabalho dos alunos desde a etapa de planejamento, escolha do tema e respectiva problemática a ser investigada. Não é o professor quem planeja para os alunos executarem, ambos são parceiros e sujeitos de aprendizagem e cada um atuando segundo o seu papel e nível de desenvolvimento.

As questões de investigação são formuladas pelos sujeitos do conhecimento levando em conta suas dúvidas, curiosidades e indagações e, a partir de seus conhecimentos prévios, valores, crenças, interesses e experiências, interagem com os objetos de conhecimento, definem os caminhos a seguir em suas explorações, descobertas e apropriação de novos conhecimentos.

Cabe ao professor incitar o aluno a tomar consciência de suas dúvidas temporárias e certezas provisórias ao mesmo tempo em que o ajuda a articular informações com conhecimentos anteriormente adquiridos e a gerenciar o seu desenvolvimento. O professor é o consultor, articulador, mediador, orientador, especialista e facilitador do processo em desenvolvimento pelo aluno. A criação de um ambiente de confiança, respeito às diferenças e reciprocidade encoraja o aluno a reconhecer os seus conflitos e a descobrir a potencialidade de aprender a partir dos próprios erros. Da mesma forma, o professor não terá inibições em reconhecer seus próprios conflitos, erros e limitações e em buscar sua depuração, numa atitude de parceria e humildade diante do conhecimento que caracteriza a postura interdisciplinar.

A tarefa de melhorar nosso sistema educacional, dinâmico e complexo, exige atuação em múltiplas dimensões e decisões fundamentadas, seguras e criativas. De um lado, há melhorias institucionais, que atingem instalações físicas e recursos materiais e humanos, tornando as escolas e organizações educacionais mais adequadas para o desempenho dos papéis que lhes cabem. De outro, há melhorias nas condições de atendimento às novas gerações, traduzidas por adequação nos currículos e nos recursos para seu desenvolvimento, num nível tal que provoquem ganhos substanciais na aprendizagem dos estudantes. O MEC tem priorizado, ao formular políticas para a educação, aquelas que agregam às melhorias institucionais o incremento na qualidade da formação do aluno. Este é o caso do Programa Nacional de Informática na Educação.

E discurso comum entre os pais e educadores que nossa juventude não tem mais ideais. Dizemos que vivem num mundo de consumo em que a mediocridade e a preguiça estimulada pelo controle remoto tudo alcança num simples clicar de botões. Esse discurso tem favorecido uma espécie de descompromisso nosso com os jovens: já que são assim, quase nada podemos fazer porque eles não respondem com generosidade às nossas grandiosas. Isso não é verdade! Os jovens de hoje, como os de todos os tempos, são imensamente generosos, criativos e heróicos. São capazes de morrer pelas causas em que acreditam.

As manchetes dos jornais assim o testemunham todos os dias. Vemos quantos morrem em acidentes nos esportes radicais, quantos lutam entre si nos bailes funks, quantos se acidentam nas estradas em loucas corridas, quantos se alucinam no mundo das drogas, arriscando a saúde e a vida para não denunciarem os companheiros. São imensamente generosos. Talvez nossa geração não tenha conseguido apontar ideal pelos quais essa moçada possa dedicar suas existências. Nós tivemos os nossos, mas não conseguimos trazer-lhes outros que significassem caminhos dignos de dedicarem as próprias vidas!

A Educação escolar tem sido uma das grandes mentoras da criação de desafios para a juventude. Desafios que signifiquem oportunidades para a apreensão do belo e da harmonia. Desafios que os ajudem a dar significado a suas vidas, a construírem projetos de futuro digno. Sabemos que é preciso que seja feito mais, muito mais para que se possa garantir compromissos verdadeiros com a construção desse futuro. Sabemos que, se fracassar nesse seu ambicioso projeto, a Educação fará ruir muito mais que os seus estatutos. Como nós temos nos desincumbido dessa tarefa?

Para que possamos encaminhar melhor esta questão é necessário entender que escola é esta e como se pode interferir em suas propostas. Uma análise do que é o currículo da escola é o melhor caminho para propor mudanças que possam ter êxito. A missão educativa de uma escola é, em parte, comum a todas as escolas de um sistema escolar e, em parte, específica à sua identidade própria. É comum, na parte estabelecida pela LDB (artigo 2º) e pelas diretrizes curriculares nacionais. É específica, no que se refere às escolhas de suas prioridades, aos valores que privilegia, à cultura de cada escola, à adequação

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