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Educação Etnomatemática

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Por:   •  18/10/2013  •  1.487 Palavras (6 Páginas)  •  173 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

LEANDRA FERREIRA DA SILVA

EDUCAÇÃO ETNOMATEMÁTICA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE UMA EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA.

TUPACIGUARA – MG

SETEMBRO/2011

TÍTULO: Educação Etnomatemática: desafios e possibilidades de uma Educação Empreendedora.

TEMA: A viabilização do ensino da matemática em consonância com a cultura popular através da Pedagogia Empreendedora.

RELEVÂNCIA: A importância do tema de estudo deve-se ao alto índice de fracassos escolares atribuídos à metodologia utilizada para o ensino da matemática.

1) INTRODUÇÃO

A Matemática surgida na antiguidade vem sendo desenvolvida e aperfeiçoada pelo homem em função de necessidades sociais e serve de poderoso instrumento para o conhecimento do mundo e do domínio da natureza.

Sendo um campo de conhecimento essencialmente lógico, a Matemática dá instrumentos de pensamento para descobrir, organizar, criar e representar situações. A aprendizagem desde pesar, agir, pesquisar, buscar estratégias torna-se o maior e principal objetivo da Matemática no intento de oportunizar aos alunos aulas interessantes e proveitosas.

A aprendizagem da Matemática, assim como as demais, é marcada mais ou menos, por processo de repetição, treino, pesquisa, criatividade, dentre outros; o que muda é a ênfase, os métodos, os procedimentos, as técnicas dadas a cada uma delas.

O seu ensino, no entanto costuma provocar duas sensações contraditórias, tanto por parte de quem ensina como por parte de quem aprende: de um lado a constatação de que se trata de uma área de conhecimento importante para a vida social, de outro, a insatisfação diante dos resultados negativos obtidos com muita freqüência em relação à sua aprendizagem pelos estudantes de diferentes graus.

Este fato leva-me como profissional da área a repensar o meu papel e a procurar novas alternativas de ensino. De fato há algo errado no ensino de Matemática. Por outro lado, a Matemática é naturalmente espontânea para o ser humano, que dela faz uso em diferentes momentos de sua vida.

O fracasso do ensino de Matemática não se localiza na Matemática, localiza-se no ensino.

Neste sentido pretende analisar a relevância de empreender na pedagogia e discutir os motivos que provocam a insatisfação tanto de quem ensina quanto de quem aprende, pois a mera transmissão de conhecimento, embora seja indispensável, é pouco para reverter este quadro negativo de aprendizagem Matemática.

É necessário que os métodos de ensino abranjam estratégias que possibilitem a relação teoria- prática, ação-compreensão, experiência concreta do aluno e conhecimento organizado.

Para tanto, é importante que a Matemática desempenhe, equilibrada e indissociavelmente, seu papel na formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento, na agilização do raciocínio dedutivo do aluno, na sua aplicação a problemas, situações da vida cotidiana e atividades do mundo, do trabalho e no apoio á construção de conhecimentos em outras áreas curriculares.(BRASIL,1997:29)

Aprender Matemática é mais do que aprender técnicas de utilização imediata, é também interpretar, construir, criar, perceber problemas, e ser capaz de buscar solucioná-lo, desenvolver o raciocínio lógico.

Acredita-se que a valorização da bagagem do aluno, da sua cultura seja o caminho para vencer tais obstáculos, ou seja, a etnomatemática . Para tanto, encontra-se na Pedagogia Empreendedora os pressupostos necessários para operacionalizar esse projeto. Afinal, o diálogo empreendedor se faz presente em todos os campos da vida humana, sobremaneira no campo educacional e, em especial, da matemática.

A Pedagogia empreendedora tem sua ênfase no processo e não no conteúdo, ou seja, no aprender a aprender. O aluno se apropria do aprendizado o que cria uma autoimagem fortalecida. O processo acontece através da complementação entre conhecimento e experiências dentro e fora da sala de aula. De acordo com a pedagogia empreendedora a experiência interior é contexto para aprendizado, ou melhor, os sentimentos são incorporados à ação. Daí, abordarmos a terminologia etnomatemática.

Desse modo, o presente estudo está relacionado à implantação da cultura empreendedora nas aulas de matemática através da etnomatemática, ou ainda, da valorização dos vários saberes que o aluno detém. O estudo será alicerçado pela pesquisa bibliográfica e será validado pela pesquisa de campo realizada com alunos do ensino fundamental da rede pública de ensino em âmbito municipal de Tupaciguara, MG.

Nessa perspectiva, acredita-se que o empreendedorismo, como proposta pedagógica, irá desempenhar importante papel na inovação e no crescimento pessoal desses alunos e, consequentemente, promover a valorização da cultura popular dos envolvidos.

2) JUSTIFICATIVA

O estudo enunciado acima se justifica pela necessidade de buscar caminhos oportunos para a validação do ensino de matemática e, consequentemente, de metodologia capaz de mudar o quadro atual em que a matemática figura como a grande vilã do alto índice de repetência, evasão e fracasso escolar. Pretende-se, com o estudo, fomentar o nascimento de uma nova mentalidade nos professores do conteúdo a fim de que valorizem o aluno como um ser dotado de saberes interiorizados pelo seu modo de vida habitual, ou seja, suas raízes culturais e, faça o processo de ensino figurar como formação para a vida. Para tanto, pretende-se âncora o estudo de teóricos tais como Dolabela, Dornelas, D’Ambrósio, Dante, Antunes, PCN’s, dentre outros.

Vale ressaltar que o comportamento empreendedor faz parte de um processo total que comporta várias dimensões da vida e diferentes escolhas, fato esse que acontece nas entranhas da etnomatématica. Observe o trecho abaixo:

O professor não tem necessidade de saber de tudo a respeito de construção; assim, a palestra de um técnico de um engenheiro, é importante. Muitas vezes, pais de alunos podem entender de construção por serem pedreiros, mestres de obra ou terem uma atividade de alguma forma ligada ao assunto e prestar as informações necessárias para a seqüência do trabalho.” (BRASIL,1998:12)

Portanto,

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