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Educação Inclusiva

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Por:   •  9/12/2014  •  3.416 Palavras (14 Páginas)  •  366 Visualizações

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Edna Maria Gonçalves

RESUMO

O presente artigo, elaborado através de leitura e análise de varias obras por diferentes autores, tem como finalidade refletir sobre o tema Educação Inclusiva, em especial de crianças com necessidades especiais. Todavia percebe-se que nas ultimas décadas muito se tem debatido sobre um sistema educacional inclusivo, mas pouco se tem feito na prática. Abordaremos uma reflexão histórica da inclusão social no Brasil.

Diante dos muitos desafios que a proposta da Educação Inclusiva apresenta, o papel que o professor desempenha nesse contexto merece especial atenção, pois refletir e discutir sua função na dinâmica pedagógica e suas possibilidades de ação pode contribuir para minimizar muitas das dificuldades vivenciadas pelo educador no contexto inclusivo.

PALAVRAS-CHAVE: Inclusão; Educação; Inclusiva; História; Educador.

INTRODUÇÃO

Nos dias atuais o conceito de uma educação de qualidade para todos está atribuído, entre outros fatores, a valoração das diferenças, resgatando valores culturais e respeitando o aprender e construir. A inclusão consiste não apenas na aceitação de diferenças, mas na inserção de todos independe das características de cada cidadão, na forma de uma verdadeira inclusão social.

A questão da inclusão social vem sendo discutida ao longo do tempo, em especial as crianças com necessidades especiais, entretanto será que todos realmente sabem o verdadeiro significado de inclusão, ou as escolas estão só aceitando o fato como novidade, como se incluir fosse apenas aceitar um indivíduo diferente em sala de aula, mas isso não significa incluir, logo o simples fato de colocar uma criança com necessidade especial em sala de aula no ensino regular também não é incluir.

Este artigo tem alguns objetivos. O primeiro é fazer um panorama sobre o contexto histórico da educação inclusiva no Brasil, desde o século XVII até os dias atuais, abordando os principais pontos durante a história da inclusão social. Outro objetivo a ser abordado é o significado de inclusão, confundido por muitos. Segundo Mittler “a Inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola” (MITTER, 2003, p 25). Esse conceito de inclusão do autor envolve uma reflexão sobre a filosofia política- pedagógica da escola e da pratica dos professores.

O terceiro objetivo é um repensar nos valores e objetivos que a escola e o educador têm ou pretendem ter no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem de seus alunos, pois o correto seria não enfatizar os defeitos e as limitações, mas as habilidades a serem potencializadas. Isso poderia ser feito através e avaliações onde se pudessem detectar os pontos fracos e fortes das crianças especiais para a partir disto, fazer um diagnostico e planejar um programa de intervenção junto as necessidades, onde os pontos fortes seriam potencializados e os fracos minimizados.

Todavia, para que haja inclusão é primordial um trabalho conjunto entre seus familiares e a escola, para promover um clima de aceitação das diferenças entre as crianças ditas como normais e aquelas com necessidades especiais, na tentativa da dissolução das desigualdades e no desenvolvimento integral tanto daquelas com necessidades especiais com as outras crianças.

Entretanto, para que a inclusão aconteça é necessário educar nosso país, acabar com todo tipo de preconceito, seja da sociedade ou das próprias famílias em razão das pessoas com necessidades especiais.

Diante disso, justifica-se a relevância desse estudo, aduzindo de uma iniciativa reflexiva fundamentada no principio ao exercício pleno da cidadania das pessoas com algum tipo de necessidade especial.

Histórico da Educação Inclusiva no Brasil

Os séculos XVII e XVIII no Brasil, no que tange a inclusão de deficientes, foram marcados pela ignorância e rejeição, pois a sociedade no geral condenava esse público de uma forma extremamente preconceituosa, de modo a excluí-los do estado social. Eles eram internados em orfanatos, manicômios, prisões dentre outros tipos de instituições que os tratavam como doentes mentais.

Entretanto, no decorrer da história da humanidade, observa-se que as concepções sobre as deficiências foram evoluindo conforme as crenças, valores culturais, concepção de homem e transformações sociais que ocorreram nos diferentes momentos históricos.

Aproximadamente no século XX, a sociedade começou a valorizar as pessoas deficientes, no mesmo período vem á tona movimentos sociais de luta contra a discriminação em defesa de uma sociedade inclusiva. Nesse mesmo período surgiram criticas sobre o ensino introduzido na época.

No final do século XX e início do século XXI, movimentos sociais, políticos e educacionais impulsionam a instituição de escola para todos, por meio da chamada educação inclusiva, a partir dos princípios de democracia, justiça, reconhecimento de diferenças. Tais modificações se deram, em grande parte, em função da mudança de concepção sobre o modo de se conhecer a deficiência.

A partir de então, a deficiência passou a ser compreendida sob outro olhar, deixou de ser entendida como condição do aluno, para ser considerada a partir de fatores ambientais, em que a função escolar passa a ocupar um papel relevante.

A inserção dos indivíduos que possuem necessidades especiais com uma política social foi caracterizada pela Declaração de Salamanca , conforme explicita:

“(...) as escolas se devem ajustar a todas as crianças, independente das suas condições físicas, sociais, linguísticas ou outras. Neste conceito, terão de incluir-se crianças com deficiências ou sobredotados, crianças da rua ou crianças que trabalham, crianças de populações remotas ou nómadas, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais.” ( UNESCO, 1994)

Entretanto, nota-se que do final do século XX até os dias atuais os avanços sociais, pedagógicos e tecnológicos, por uma sociedade inclusiva no Brasil, vêm sendo mais valorizados procurando a inclusão daqueles que sofreram arduamente com discriminações e preconceitos, buscando cada fez mais garantir os que possuem alguma necessidade especial à concretização

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