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Emancipação Feminina

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Por:   •  3/3/2014  •  359 Palavras (2 Páginas)  •  266 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Um dos principais pensamentos daqueles que combatem o trabalho feminino é a desagregação da instituição familiar. No início do século XX, havia a preocupação de que, as mulheres pobres que procuravam trabalho senão aqueles próprios de suas casas, poderiam se perder na imagem da degradação moral apresentada pela prostituição.

Até mesmo o socialista Engels via o trabalho feminino como fato absurdo, pois enquanto o correto seria a mulher estar em casa, pronta para realizar os trabalhos domésticos, elas iam às fábricas e acabavam tomando para si empregos próprios de homens, e estes eram preteridos devido aos salários, pois a mão-de-obra feminina era mais barata. Conforme diz Engels (1975:190): “em muitos casos a família não fica totalmente desagregada com o trabalho da mulher, mas fica tudo de pernas para o ar. É a mulher que alimenta a família, é o homem que fica em casa, guarda as crianças, limpa os quartos e prepara a comida”. Engels preocupava-se também com a desmoralização do papel de mãe da mulher trabalhadora:

Uma mãe que não tem tempo de se ocupar do seu filho, de lhe dedicar durante os primeiros meses os cuidados e a ternura normais, uma mãe que mal tem tempo de ver o filho, que não pode ser uma mãe para ele, torna-se fatalmente indiferente. (...) As crianças que crescem nessas condições, mais tarde estão completamente perdidas para a família, incapazes de se sentir em casa no próprio lar que fundam, porque apenas conhecem uma existência isolada; contribuem necessariamente para a destruição da família, de resto generalizada entre os operários. (ENGELS, 1975:190).

Engels fala ainda da inevitável promiscuidade que resultaria da reunião de pessoas de diversas idades e de ambos os sexos num mesmo ambiente de trabalho, em espaço reduzido, sendo que assim era impossível o desenvolvimento do bom caráter feminino. (ENGELS, 1975:194).

Machado (s/d, p. 65), explica que o modo como a mulher trabalhadora era vista nas primeiras décadas do século XX dependia de “qual classe social pertencia, o local de trabalho e a condição de pertencer à família proprietária”. Se a mulher era parente do proprietário da empresa, mesmo que fosse já casada, isso lhe servia de “atestado de boa conduta”.

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