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Ensaio De Tração

Trabalho Escolar: Ensaio De Tração. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  27/9/2013  •  1.433 Palavras (6 Páginas)  •  453 Visualizações

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EM423

Resistência dos Materiais

Faculdade de Engenharia Mecânica

UNICAMP

1

o

Semestre de 2007

Trabalho:

Relatório de ensaio de tração com

materiais poliméricos.

Grupo:

Atahualpa Moura Mendes 042117

Gustavo Henrique Rossini 043911

Hermann J. B. D. Simon 044028

Murilo Lahr 045465

Tatiana Ramos Pacioni 046591 Caracterização de Materiais Poliméricos 2

ÍNDICE

1) OBJETIVOS ........................................................................................................... 3

2) INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3

3) EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ...................................................................... 5

3.1) ENSAIOS DE TRAÇÃO .......................................................................................5

3.2) MATERIAIS POLIMÉRICOS ............................................................................6

4) PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................ 7

5) ANÁLISE DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................. 8

6) MEMÓRIA DE CÁLCULO ................................................................................ 14

A) Cálculo do módulo de elasticidade .................................................................... 14

B) Cálculo da resistência máxima ou no escoamento ............................................ 14

C) Cálculo da deformação na resistência máxima ou no escoamento .................. 15

D) Cálculo da resistência na ruptura ..................................................................... 15

E) Cálculo da deformação na ruptura ................................................................... 15

F) Cálculo da tenacidade ........................................................................................ 16

7) CONCLUSÃO ...................................................................................................... 16

8) REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS ................................................................... 18 Caracterização de Materiais Poliméricos 3

1) OBJETIVOS

A caracterização de materiais poliméricos permite a obtenção de propriedades

importantes destes materiais. Nesta experiência foi utilizado um ensaio para a obtenção das

propriedades dos polímeros: o ensaio de Tração que relacionou as características dos

polímeros através da resposta dos mesmos quando submetidos a diferentes tensões e

deformações.

2) INTRODUÇÃO

O Ensaio de Tração é amplamente utilizado para o levantamento de informações

básicas sobre a resistência dos materiais e como um teste de aceitação de materiais que se

faz pelo confronto das propriedades determinadas pelo ensaio e ajustes especificados em

projeto. O ensaio consiste na aplicação de uma carga uniaxial crescente a um corpo de

prova especificado, ao mesmo tempo em que são medidas as variações no comprimento.

As especificações quanto à forma e dimensões dos corpos de prova, velocidade de

tensionamento, base de medida, etc., são ditadas pela norma técnica correspondente, que

no caso de materiais metálicos é a NBR 6152 da Associação Brasileira de Normas

Técnicas.

No ensaio de tração, uma amostra do material (corpo de prova) é submetida a um

esforço longitudinal (figura 1). As extremidades recebem garras do equipamento de

medição. A figura a seguir mostra um arranjo básico e apenas ilustrativo, sem escalas.

Figura 1 - Ilustração de um corpo de prova submetido a um ensaio de tração. Caracterização de Materiais Poliméricos 4

A partir das medidas de cargas e os respectivos alongamentos, constrói-se a curva

tensão-deformação, como mostra a figura 2, a qual mostra essa relação para diferentes

tipos de polímeros.

Figura 2 - Tensão versus deformação para polímeros (a) frágeis, (b) plásticos, (c)

elastômeros.

Um material é dito ter comportamento elástico se, uma vez removido o esforço, as

dimensões retornam àquelas antes da aplicação do mesmo, isto é, não há deformações

permanentes. O trecho 0-L da figura 3 é a região elástica do material, ou seja, o

comprimento retorna ao valor L0 se o ensaio for interrompido nessa região. A tensão

máxima na mesma é o limite de elasticidade σL do material. Dentro da região elástica, no

trecho 0P, a tensão é proporcional à deformação, isto é, o material obedece à lei de Hooke.

Figura 3 - Região elástica de um material.

A partir do ponto L tem-se o início da região plástica ou escoamento do material,

em que as deformações são permanentes. É usual considerar início ou limite de escoamen

a

c

bCaracterização de Materiais Poliméricos 5

to σE a tensão que produz uma deformação residual ε = 0,002 ou 0,2% (ponto E conforme

figura 4).

Depois do limite de escoamento há uma significativa redução da área da seção

transversal e a tensão real segue algo como a curva tracejada da figura 4. Mas a convenção

é usar tensão aparente, em relação à área inicial.

Figura 4 - Região plástica.

Em B da figura 4 tem-se a tensão máxima e, em R, a ruptura do corpo de prova. A

tensão σB é a tensão máxima, também denominada resistência à tração do material. A

tensão em R é a tensão de ruptura.

3) EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

3.1) ENSAIOS DE TRAÇÃO

Para os ensaios de tração utilizou-se uma Máquina de Ensaio modelo DL-2000 da

EMIC – Equipamentos e Sistemas de Ensaio Ltda., com velocidade de deslocamento de até

500 mm/min e célula de carga com capacidade máxima de até 200 kgf. Atende às normas

da ASTM e ABNT.

A figura a seguir mostra os componentes básicos de uma máquina de ensaios. Caracterização de Materiais Poliméricos 6

Figura 5 - Máquina de ensaios de tração

A máquina de tração é hidráulica, movida pela pressão de óleo, e está ligada a um

dinamômetro que mede a força aplicada ao corpo de prova. Os modelos mais antigos

possuem um registrador gráfico que vai traçando o diagrama de força e deformação em

papel milimetrado à medida que o ensaio é realizado.

3.2) MATERIAIS POLIMÉRICOS

Para os ensaios de tração utilizaram os polímeros PEBD, HIPS e PP cujas

características estão especificadas a seguir.

• Polietileno de Baixa Densidade (PEBD):

O polietileno de baixa densidade é preparado por polimerização do etileno sob

pressão (200-350 MPa) a alta temperatura (200 ºC) em presença de oxigênio e peróxido

(MANO, 1999). A polimerização do etileno é extremamente rápida e altamente exotérmica

(KRESSER, 1969). É um sólido parcialmente cristalino (50-60%) que se funde a

aproximadamente 115ºC e se decompõe numa faixa de temperatura de 340-440ºC. Sua

temperatura de transição vítrea está em torno de –90ºC, com densidade na faixa 0,914-

0,928 (DANIELS, 1989). Em 1940, com o avanço da espectroscopia de infravermelho

revelou-se que o PEBD contém cadeias ramificadas, sendo poucas ramificações de cadeias

longas e muitas de cadeias curtas (BILLMEYER JR., 1984). Caracterização de Materiais Poliméricos 7

• Polipropileno (PP):

Os processos de polimerização industriais do polipropileno baseiam-se atualmente

em catálise heterogênea, utilizando catalisadores Ziegler-Natta de quarta geração. O

polipropileno possui um alto grau de cristalinidade, devido a isso apresenta um alto ponto

de fusão, resistência química e mecânica e rigidez. Essa combinação de propriedades

permite que o polímero seja orientado durante o processamento através de estiramento,

podendo ser transformado em fibras, artigos moldados por injeção ou por extrusão. Sua

temperatura de transição vítrea está em torno de –10ºC, com densidade igual a 0,902

(McMillan, 1996).

• Poliestireno (PS):

O poliestireno é um homopolímero resultante da polimerização do monômero de

estireno. Trata-se de uma resina, do grupo dos termoplásticos, cuja característica reside na

sua fácil flexibilidade ou moldabilidade sob a ação do calor. Os processos de moldagem

são principalmente a termoformagem a vácuo e a extrusão. Sob a ação do calor a resina

toma a forma líquida ou pastosa, moldando-se com facilidade em torno de um molde. É

duro e quebradiço com transparência cristalina, semelhante ao vidro. O poliestireno de alto

impacto (HIPS) contém de 5 a 10% de elastômero, que é incorporado através de mistura

mecânica ou diretamente no processo de polimerização através de enxerto na cadeia

polimérica. Obtém-se desse modo uma blenda.

0

4) PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

O procedimento descrito a seguir foi realizado para o PEBD, o polipropileno (PP) e

o poliestireno de alto impacto (HIPS). Todo o ensaio foi controlado pelo software Mteste,

disponível no microcomputador ao lado do equipamento. O equipamento foi ligado antes

da execução do software.

Colocou-se adequadamente o corpo de prova preso às garras, ajustando

manualmente a altura da barra tracionada, de modo que as garras estivessem alinhadas e

que não houvesse nenhuma força atuando na célula de descarga. Definiu-se no software

MTest o método no qual foi realizado o ensaio (tração ou compressão), as dimensões do

corpo de prova, velocidade do ensaio e de retorno, os limites de operação do equipamento,

a forma de apresentação dos resultados, entre outros. Caracterização de Materiais Poliméricos 8

5) ANÁLISE DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO

O ensaio de tração foi realizado de maneira totalmente computadorizada,

utilizando-se a máquina de ensaio modelo DL-2000 da EMIC – Equipamentos e Sistemas

de Ensaio Ltda., com velocidade de deslocamento de até 500 mm/min, célula de carga com

capacidade máxima de até 2000 kgf e que atende às normas da ASTM e ABNT. Os corpos

de prova utilizados procuraram atender à norma ASTM D638 e suas dimensões encontramse especificadas na tabela 1.

Tabela 1 – Dimensões dos corpos de prova utilizados no ensaio de tração.

Dimensão Ensaio PP PEBD HIPS

Largura

(mm)

1 13,00 13,05 13,10

2 13,00 13,00 13,10

3 13,00 13,00 13,10

4 - 13,00 -

Média 13,00 13,01 13,10

Espessura

(mm)

1 3,25 3,30 3,25

2 3,25 3,25 3,25

3 3,25 3,25 3,25

4 - 3,25 -

Média 3,25 3,26 3,25

Área de secção transversal (mm²)

1 42,25 43,06 42,58

2 42,25 42,25 42,58

3 42,25 42,25 42,58

4 - 42,25 -

Média 42,25 42,45 42,58

O software conectado à máquina de ensaio, MTest forneceu os seguintes gráficos

relacionando a força aplicada longitudinalmente ao corpo de prova à deformação absoluta

por este sofrida:

...

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