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Ensino De Geometria Através Dos Enfeites Juninos

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Por:   •  14/1/2015  •  1.740 Palavras (7 Páginas)  •  743 Visualizações

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SILVA, Elivelton Serafim ; MOURA Maria José Neves de Amorim .

RESUMO: Este trabalho relata a experiência vivenciada por graduandos de matemática, bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID. Objetivando refletir sobre a contribuição dada, pelo material didático ao ensino de geometria que possibilite ao aluno perceber as figuras geométricas em contextos diversos. Os sujeitos envolvidos nesse estudo foram quarenta alunos dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio de uma escola pública estadual na cidade de Campina Grande-PB. O método usado foi a intervenção pedagógica, sendo realizada em um encontro com duração de quatro horas, na escola supracitada. A coleta das informações deu-se através do observado no encontro, avaliação verbal e anotações no caderno de bordo. Como resultado os alunos demonstraram uma melhor assimilação dos conteúdos e perceberam seus significados, através do contato com o material concreto compreenderam conceitos que antes eram considerados sem aplicabilidade e ligação com o cotidiano.

Palavras-chave: PIBID. Ensino. Geometria. Material Didático.

Introdução

Na atualidade, as aulas de matemática ainda são fortemente marcadas por práticas de ensino e aprendizagem que priorizam o raciocínio rápido, a alta capacidade de memorização e a reprodução de modelos, ou seja, aulas em que o professor inicia o conteúdo dando a definição, seguido de exemplos e uma bateria de exercícios que serão resolvidos seguindo o modelo dado nos exemplos de aplicação. Esse tipo de aula não corrobora com as formas de aprendizagem de que se valem os alunos fora do contexto escolar, em uma sociedade marcada pelo acesso a informação disponibilizada pelos aparatos tecnológicos, na qual os sujeitos precisam pensar para filtrar as informações que lhes são necessárias no cotidiano.

No que se refere ao ensino de geometria, não deve ser vista como um campo isolado da álgebra e da aritmética, com um conjunto de definições e fórmulas, que muitas vezes não condiz com a realidade do aluno, ficando totalmente à parte a sua aplicação no cotidiano. É o que afirma Lorenzato (1995, p.3):

O ensino da Geometria, se comparado com o ensino de outras partes da Matemática, tem sido o mais desvairador; alunos, professores, autores de livros didáticos, educadores e pesquisadores, de tempos em tempos, têm se deparado com modismos fortemente radicalizantes, desde o formalismo impregnado de demonstrações apoiadas no raciocínio lógico- dedutivo, passando pela algebrização e indo até o empirismo inoperante.

Pelo citado, compreendemos que o ensino de geometria foi tido como prioridade no ensino em períodos esporádicos, acarretando assim as lacunas presenciadas na aprendizagem por alunos de todos os níveis de escolaridade. Para superação das dificuldades apresentada no ensino e aprendizagem de geometria é necessário à criação de metodologias diferenciadas, entre elas, a inclusão de materiais manipuláveis na sala de aula.

Baseando-se na teoria de educadores famosos, Lorenzato (2009) defende o apoio visual ou o visual-tátil como importantes facilitadores para a aprendizagem, ainda mais em se tratando de uma disciplina tão temida como a matemática. Comenius, considerado fundador da didática moderna, por volta de 1650, escreveu que o ensino deveria dar-se do concreto ao abstrato (o conhecimento começa pelos sentidos); e Poincaré, matemático francês, pelos idos de 1900, recomendava o uso de imagens vivas para clarear verdades matemáticas; é o que pode ser suprido com o auxílio de Materiais Didáticos (MD), mais especificamente os manipuláveis.

Atuando como bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) em uma Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio-CEPES- CG1, fomos testemunhas de vários episódios que nos levou a refletir sobre o exercício da docência, assim como buscar metodologias que favoreça a aprendizagem dos educandos.

Diante do apresentado, perguntamos quais são as contribuições dada, pelo material concreto ao ensino de geometria para que os educandos da educação básica percebam que as formas geométricas estudadas na escola estão a sua volta no cotidiano.

Material e Métodos

Tendo em vista o grande acontecimento em Campina Grande, conhecido como “O Maior São João do Mundo”, que torna a cidade nacionalmente conhecida e o quão atrativa é para os alunos, escolhemos abordar algumas noções de geometria utilizando a confecção dos enfeites usados na festa de São João.

A oficina teve duração de três horas, sendo dividida em três momentos.

No Primeiro momento apresentamos a origem e o significado da festa junina como um todo, mas o enfoque foi nos apetrechos que enfeitam os arraiás de São João. Nosso objetivo foi exaltar a cultura nordestina, fazendo com que os alunos conheçam algumas nuances da cultura que geralmente não são apresentadas.

No segundo momento os participantes foram divididos em duplas e receberam o material (caneta hidrocor, folhas de papel seda de diversas cores, régua e tesoura), foi mostrado como se dá a confecção das bandeirolas nos formatos apresentados na figura 1. Depois foi mostrada a figura 2. Explicando como se dava o processo de dobradura e então cada aluno confeccionou seu balão.

No terceiro momento foi pedido que os alunos contornassem de caneta hidrocor uma das bandeirolas que eles confeccionaram, então foi proposto que eles medissem o comprimento do contorno da bandeirola usando a régua. Logo formalizamos o conceito de perímetro de uma figura, então os alunos puderam relacionar à medida que acharam com o perímetro da bandeirola.

Em seguida pedimos aos alunos que quadriculassem a outra bandeirola e contassem quantos quadrados foram formados, então dissemos que cada lado do quadrado media 1u, sendo “u” a unidade de medida. Foi formalizado o conceito de área de uma figura. Depois pedimos para que eles transformassem a unidade que utilizaram para centímetros, e assim, descobriram a área da bandeira em centímetros quadrados (cm2). Logo após foi entregue a cada aluno um transferidor, explicado como utilizá-lo foi pedido que medissem os ângulos presentes nas bandeirolas, eles perceberam que havia ângulos de 60°, 90°, 120°, entre outros (os ângulos variaram muito entre as bandeirolas devido à construção). Formalizamos o conceito de ângulo agudo, reto, obtuso e raso.

Dando continuidade, foi pedido para os alunos que pegassem seus balões, juntamente com os bolsistas ministrantes, definimos poliedro e seus elementos básicos. Em

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