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Estação Paulista

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Por:   •  31/10/2014  •  Trabalho acadêmico  •  1.248 Palavras (5 Páginas)  •  127 Visualizações

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Resumo – O trabalho relata alguns aspectos relacionados à escavação do túnel que constituirá o

corpo da estação Paulista da Linha 4 - Amarela do Metrô de São Paulo. Trata-se de um túnel

escavado em solos terciários da Bacia Sedimentar de São Paulo com área da seção transversal de

230 m² e extensão de 132 m. O trabalho focaliza o processo de tomada de decisões durante a fase de

escavação, visando o controle das deformações do terreno e manutenção das condições de

estabilidade e segurança da obra e das edificações vizinhas, baseado na interpretação dos dados

geológicos e de monitoramento.

INTRODUÇÃO

A estação Paulista faz parte da Linha 4 - Amarela do Metrô de São Paulo e situa-se na Rua da Consolação,

próximo ao cruzamento desta com a Avenida Paulista; neste local ocorre também o cruzamento da Linha 4, em

construção, com a Linha 2 - Verde, em operação, implantada no eixo da Avenida Paulista. Está prevista a integração da

estação Paulista com a estação Consolação, da linha 2, através de um túnel para usuários.

Por ocasião da elaboração do presente trabalho as obras de construção da estação Paulista encontram-se em

andamento. A análise aqui apresentada refere-se ao túnel que constituirá o corpo da estação, cuja escavação, já

concluída, foi realizada em um período de trabalho de oito meses. Além deste túnel as obras da estação Paulista

compreendem as escavações do poço principal de acesso (Poço Belas Artes) e do túnel de ligação do poço com o corpo

da estação, já concluídas, além do túnel para integração com a estação Consolação, da Linha 2, e um túnel raso sob a

rua da Consolação para acesso de pedestres, ambos ainda a realizar (ver Figura 1).

Logo após o início dos trabalhos de escavação do corpo da estação, durante a escavação de uma das galerias

laterais (side drifts), verificou-se a ocorrência de acréscimos pronunciados dos recalques internos (medidos em pinos de

instrumentação instalados nas cambotas), que se refletiram em incrementos significativos dos recalques superficiais, os

quais superaram os valores previstos através de simulações numéricas para esta fase da escavação. A análise do

ocorrido mostrou que isto se deu em conseqüência da degradação, provocada por afofamento devido a infiltrações de

água, do solo arenoso presente nos apoios das cambotas. A imediata intensificação da drenagem por meio de drenos

horizontais a vácuo permitiu o controle e manutenção dos recalques em níveis aceitáveis durante o restante da

escavação.

Após o término da fase de escavação dos side drifts, a realização de uma retroanálise numérica considerando a

ocorrência de degradação do solo possibilitou a reavaliação do nível de segurança na região da estação em que foi

constatada a degradação, e a redefinição de valores de referência da instrumentação para as fases sucessivas de

escavação da calota e do arco invertido. Ao final dos trabalhos de escavação pôde-se verificar a coerência dos valores

previstos em relação aos valores medidos.

Na seqüência do trabalho são apresentados dados gerais sobre a obra, aspectos referentes à geologia local, uma

análise do comportamento da escavação baseada na interpretação da geologia e no acompanhamento da instrumentação.

SITUAÇÃO, CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS E EXECUTIVAS DA OBRA

A construção da estação Paulista foi iniciada com a escavação parcial do poço principal de acesso (Poço Belas

Artes), em terreno situado no alinhamento predial da Rua da Consolação. A partir dos níveis inferiores do poço foi

escavado, cruzando sob o alinhamento da Rua da Consolação, o túnel que liga o poço de acesso ao corpo da estação,

denominado Túnel de Ligação. O túnel do Corpo da Estação tem seu eixo longitudinal coincidente com o alinhamento

da Rua da Consolação e foi escavado transversalmente, em ambos os sentidos, a partir do Túnel de Ligação.

O túnel do Corpo da Estação apresenta extensão de 132 m, sendo ligeiramente assimétrico em relação ao eixo do

Túnel de Ligação (69,5 m no sentido da estação Oscar Freire e 62,5 m no sentido da estação Higienópolis). Sua geratriz

superior está situada cerca de 25 m e a geratriz inferior cerca de 40 m abaixo do nível da rua, constituindo-se no túnel

mais profundo da Linha 4. Isto em função de a estação Paulista situar-se junto ao cruzamento entre as Linhas 2 e 4,

sendo que o túnel de via, a ser escavado com TBM (Shield) a partir da estação Oscar Freire, atravessará por baixo dos

túneis de via em operação da Linha 2 imediatamente antes de ingressar no corpo da estação Paulista (ver Figura 1).

A seção transversal de escavação é elíptica, com largura máxima de 21,5 m na altura dos apoios das paredes e

altura de 15,2 m entre as geratrizes superior e inferior. A área total da seção escavada é

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