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Estudo Da Fusão Das Casas Bahia

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Por:   •  28/4/2013  •  2.605 Palavras (11 Páginas)  •  858 Visualizações

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INTRODUÇÃO

FAMILIA KLEIN

O mascate que construiu um grande império no varejo

Polonês naturalizado brasileiro, Samuel Klein completou 89 anos em 2012. Quem esbarra com ele dificilmente vai associá-lo ao empresário que em seis décadas ergueu um dos maiores e mais sólidos empreendimentos do varejo brasileiro. Simples, de camisas pólo e chinelos franciscanos, boa conversa e um vibrante sotaque judaico, Samuel Klein pode ser facilmente confundido com o público – os fregueses, como ele costuma se referir aos milhões de clientes que frequentam suas lojas.

Vendedor nato, Samuel Klein adora contar histórias do mundo dos negócios. Nem de longe deixa transparecer os horrores vividos durante a Segunda Guerra Mundial, quando abandonou uma Europa ameaçada por regimes autoritaristas e fincou raízes em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Sobre esse tempo, Klein parece ter uma memória seletiva. O passado deixou suas marcas, mas não dirige o futuro. “Eu vivo e deixo os outros viverem”, costuma dizer.

A origem humilde – Samuel Klein nasceu em Lublin, na Polônia, o terceiro de nove irmãos, filho de carpinteiro de família judaica. Aos 19 anos foi preso pelos nazistas e mandado com o pai para o campo de concentração de Maidanek, na Polônia. Sua mãe e cinco irmãos mais novos foram para o campo de extermínio de Treblinka, e Samuel nunca mais os viu. Ao lembrar-se desses tempos, Samuel afirma que sua sorte foi ser jovem e forte, pois isso fez com que os nazistas o mandassem para um campo de trabalhos forçados, onde sobreviveu com suas habilidades de carpinteiro, ofício que havia aprendido com o pai.

Sua sorte começou a mudar em 1944. Aproveitando-se de uma distração dos guardas, Samuel sumiu no mato a caminho da Alemanha, conseguiu fugir, permanecendo na Polônia até acabar a guerra. Em seguida foi para Munique, na Alemanha, em busca do pai.

Na Alemanha, Samuel fez de tudo para ganhar a vida vendendo produtos para as tropas aliadas. Em cinco anos juntou algum dinheiro e casou-se com uma jovem alemã, de nome Ana.

Em 1951, Samuel decidiu aventurar-se para a América do Sul. Primeiro, foi para a Bolívia, mas ao deparar-se com o país em plena guerra civil, rapidamente mudou o rumo e chegou no ano seguinte ao Brasil, onde, depois de uma rápida passagem pelo Rio de Janeiro, viajou para São Paulo, instalando-se em São Caetano do Sul, na região do ABC paulista. A esposa e o primeiro filho do casal, Michael, então com um ano de idade, o acompanharam. Na bagagem, além da família, trazia o sonho de prosperar em um país onde, principalmente, se podia viver em paz.

O começo – Com US$ 6 mil no bolso, Samuel comprou uma casa e uma charrete. Com a ajuda de um conhecido que transitava bem pelo comércio do Bom Retiro, reduto dos imigrantes judeus e árabes na década de 50, adquiriu uma carteira de 200 clientes e mercadorias – roupas de cama, mesa e banho. De porta em porta, começou a mascatear pelas ruas de São Caetano do Sul. Quando alguém dizia que não podia pagar, Samuel logo lhe oferecia condições: ficar com o produto e pagar em prestações, tudo no crediário.

Cinco anos depois, em 1957, já tinha capital suficiente para dar mais um passo em direção ao futuro. Comprou sua primeira loja, no centro de São Caetano do Sul, que chamou de “Casa Bahia” em homenagem aos imigrantes nordestinos que haviam se deslocado para a região em busca de trabalho na indústria automobilística.

No endereço de número 567, da Avenida Conde Francisco Matarazzo, Samuel aumentou a variedade de produtos e começou a negociar com móveis, colchões de algodão, entre outros itens. A clientela não demorou a frequentar a loja para pagar suas prestações e, lógico, adquirir novas mercadorias. Era o início de um império que foi conquistando cada vez mais clientes e mercados até se transformar na potência dos dias de hoje.

Admirador das máximas, Samuel Klein costuma repetir: “Cresci junto com o Brasil, não fiquei parado vendo o país crescer. Temos que amar o país em que vivemos”.

HISTORIA DAS CASAS BAHIA

Fundada em 1952 em São Caetano do Sul, SP, onde se localiza a Matriz, pelo imigrante polonês Samuel Klein, que iniciou como mascate vendendo produtos de porta em porta, Mas a maioria dos seus clientes eram retirantes baianos daí o nome da empresa, apenas em 1957 a primeira loja foi aberta.

Com 60 anos de atuação no mercado nacional, a Casas Bahia, presente em 15 Estados nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste. A empresa possui em todo o país 565 lojas faturando R$13,8 bilhões gerando um lucro de estimado de 165 milhões. Com 57.500 funcionários a Casas Bahia é uma rede de lojas voltada para a venda de móveis e eletrodomésticos no varejo com foco nas classes C, D e E sendo 26,3 milhões de clientes cadastrados.

Nestes seus mais de 50 anos de existência experimenta um crescimento constante, principalmente na era do pós-real onde saiu de um faturamento de R$ 2 bilhões de reais para R$ 12 bilhões de reais em 2006. A empresa é considerada por muitos como o maior fenômeno mundial do varejo de baixa renda, com números expressivos em todos os segmentos de vendas em que atua (televisores, refrigeradores, móveis, entre outros). Possui ainda, seis centros de distribuição com mais de 700 mil m2. De área para armazenar estoques de produtos. Possui um bom fôlego financeiro e não depende de financiamento externo para seu giro de capital.

Em novembro de 2004 firmou parceria com o banco Bredesco. Até então, as Casas Bahia financiavam cerca de 80% de suas vendas, o que significava na época uma carteira de crédito de R$ 4,5 bilhões, considerando as vendas de R$ 6 bilhões de 2003 (em 2006 já eram mais de R$ 11 bilhões). A maior parte da carteira era financiada com recursos próprios e apenas R$ 1 bilhão era captado no mercado financeiro.

O funding passou então a receber o reforço do Bradesco: pelo acordo, o banco passou a assumir o financiamento de pelo menos R$ 100 milhões em vendas por mês. Isso significou na época um aumento quase imediato de 20% nas operações de financiamento ao consumo do próprio banco, que já haviam saltado 38% entre setembro de 2003 e setembro de 2004, atingindo R$ 15,1 bilhões.

Enquanto a Casas Bahia crescia nos anos 90, alguns concorrentes tradicionais, como Mesbla, Mappin e a rede G.Aronson, sumiam do mapa. Outros, concordatários, ressurgiram enfraquecidos, casos da Arapuã. É verdade que nesse tempo avançaram redes como o Magazine Luiza, com sede em Franca, no interior paulista, além de hipermercados como o Extra e o Carrefour. Nenhum deles,

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