Estudo Radiofrequência Criogênica

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Efeitos da Radiofrequência Criogênica nas

disfunções estéticas

Bianca Pínola Longo

Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento. Pesquisadora ORCID: orcid.org/0000-0001-5856-7892. Consultora Científica em Biotecnologia.

Formada em Desenvolvimento Gerencial pela FGV. Graduada em Fisioterapia pela PUC Campinas. Pós graduada em Fisioterapia Dermatofuncional. Pós graduada em Fisioterapia Músculo-esquelética

Introdução

A aplicação de diatermia é utilizada como recurso consagrado na terapia física desde os anos 30. Atualmente, os tipos mais comuns de aplicação de radiofrequência são equipamentos que tratam rugas, flacidez tecidual, celulite e melhora no contorno corporal de forma não invasiva, efetiva e segura (WEISS, 2013; SLEIGHTHOLM and BARTHOLOMEUSZ, 2005, ERAZO, 2011).

Segundo Krueger, Levy, Sadick, 2012, a demanda estética é cada vez maior para tratamentos não invasivos e sem downtime.

A aplicação de radiofrequência em tecidos sadios com resultados estéticos e funcionais é consagrada e relatada em literatura científica desde 2003 (RUIZ, ESPARZA e GOMES, 2003; KRYCHMAN, at al, 2016). Esse follow-

up sólido fornece subsídios para fabricação de equipamentos de radiofrequência mais modernos, com mais recursos, mantendo a segurança e a eficácia.

Mecanismo de ação

O aquecimento volumétrico do tecido ativa as proteínas de choque, promove rotação das moléculas de água presentes acompanhado de contração imediata da fibra colágena favorecendo a migração de fibroblastos para o local com subsequente neocolagênese (KRUEGER, LEVY, SADICK, 2012; ERAZO, et al, 2013; PINO, et al, 2006).

O mecanismo envolvido na aplicação da radiofrequência de superfície criogênica é o de termogênese adaptativa. O choque térmico desequilibra o steady state térmico ativando o sistema simpático para reequilibrar a termólise e termogênese e devolver para o local a homeotermia. Esse efeito térmico cíclico beneficia a deposição de colágeno e a mobilização de gordura (CURTIS and ROGER, 1970; RICQUIER, 2006; KRYCHMAN, et al, 2016).

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Efeitos fisiológicos

Segundo Weiss, os efeitos biológicos decorrentes do aquecimento, que aumenta à medida que a corrente elétrica é conduzida pelos tecidos são devidos ao fenômeno do encurtamento do colágeno. Os principais efeitos decorrentes do calor nos tecidos são: vasodilatação, aumento da circulação sanguínea e linfática, aumento da difusão celular e atividade enzimática, ação pro inflamatória, aceleração da reparação tecidual, aumento da extensibilidade do colágeno e espessamento dérmico e epidérmico (RONZIO, et al, 2008, ERAZO, et al, 2013; PINO, et al, 2006; TAUB,GARRETSON, 2011, MONTEIRO, 2012; ALSTER and TANZI, 2004; SADICK and TRELLES, 2005).

A aplicação do choque térmico nos tecidos, além de intensificar o encurtamento do colágeno e consequentemente intensificar a neocolagênese, facilita a mobilização de gordura (McDANIEL, et al, 2014; ROUSSEAUX, ROBSON, 2017; NASSAB, 2015).

A criotermia

Teoria do Choque Térmico Cíclico

A aplicação de corrente elétrica de radiofrequência na pele, eleva a temperatura tecidual interna, da derme. A criogenia também aplicada na pele, resfria a epiderme e transfere o frio para os tecidos mais profundos gerando a sequencia de choque térmico que desequilibra a temperatura basal e beneficia o tecido subdérmico intensificando a vasodilatação, a neocolagenese, a ativação das proteínas de choque e a mobilização de gordura.[pic 3][pic 4]

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O Dispositivo

O Hertix é um equipamento de correntes elétricas de alta frequencia que possibilita a aplicação de radiofrequência convencional, radiofrequência criogênica e alta frequência sendo uma plataforma multi-tratamentos.

A corrente de radiofrequência opera em 640, 1.200 e 2.400 KHz e permite o aquecimento seletivo das camadas epidérmica, dérmica e hipodérmica de forma não ablativa induzindo a produção de novo colágeno.

A radiofrequência criogênica é uma técnica de oscilação de temperatura onde a radiofrequência e a criogenia atuam simultaneamente no tecido e promove choque térmico, exercendo termorregulação tecidual.

As modalidades disponíveis no Hertix podem ser utilizadas para tratamentos faciais e corporais de finalidade estética. Para isso a KLD desenvolveu diversos aplicadores com tecnologias distintas.

Dispositivo Inteligente

A ponteira Smartpolar opera de diversos modos, sendo uma inovação que facilita o manuseio.

Os polos emissores permitem selecionar a criogenia, a radiofrequência e a radiofrequência criogênica.

Além disso, a combinação entre os polos emissores oferece a tecnologia hexapolar, monopolar ou multipolar.[pic 6]

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Evidencias Científicas

Segundo Monteiro; Taub and Garretson, a radiofrequência em baixas temperaturas é eficaz para tratamento de cicatrizes de acne e corroboram com os estudos de Ronzio, et al, que atribui as baixas temperaturas o aumento da extensibilidade do tecido colagenoso sendo uma justificativa de tratamento de outras cicatrizes, fibroses e aderências.

Outra evidencia do uso de radiofrequência em baixas temperaturas relaciona-se a melhora do contorno corporal. A ação de um dispositivo criogênico aplicado simultaneamente a radiofrequência gera um efeito térmico controlado, segundo Krychman, et al, além de ativar a função simpato-neural e melhorar a resposta termogênica induzindo a mobilização de gordura pela via hormonal da lipólise (CURTIS and ROGER, 1970).

Segundo Polder, Bruce a radiofrequência criogênica protege a epiderme para que seja possível alcançar tecidos mais profundos e obter mais efeitos como lipólise e mobilização de gordura. As temperaturas teciduais superficias desejadas são de 42,5 a 43ºC.

O efeito de aumento da temperatura promove alterações na camada subcutânea, sendo assim, aquecer o tecido em temperaturas até 45ºC faz com que as células adiposas diminuam seu volume e espessura de suas membranas além de provocar lise celular e perda do conteúdo lipídico. A reparação tecidual que começa em resposta a aplicação de radiofrequência leva aos benefícios clínicos e melhora do aspecto celulítico, assim como o aumento da circulação sanguínea e linfática, segundo estudos histológicos (TRELLES and MORDON, 2009).

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