Estudos sobre a Amazônia: Geografia, história e antropologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ [pic 3]

INSTITUDO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE LETRAS

ESTUDOS SOBRE A AMAZÔNIA: GEOGRAFIA, HISTÓRIA, ANTROPOLOGIA.

Pesquisa apresentada como requisito parcial avaliativo da disciplina de Estudos Integrativos da Amazônia, ministrada pelo professor Dr. Edivaldo da Silva Bernardo.

Discentes: Adailton Cardoso

   Geniel Almeida

   Michael

   Poliane Lopes.

Santarém, PA

Julho, 2016

INTRODUÇÃO

        O presente trabalho traz uma visão geral sobre o que é a Amazônia. Esta situa-se no centro-norte, e cortada pela linha equatorial. Ela ocupa dois quintos do continente e mais da metade do Brasil. A Amazônia inclui 9 países (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela). A Amazônia brasileira compreende 3.581 Km2, o que equivale a 42,07% do país. A chamada Amazônia Legal é maior ainda, cobrindo 60% do território em um total de cinco milhões de Km2. Ela abrange os estados do Amazonas, Acre, Amapá, oeste do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima e Tocantins (Alves, 1998).

        Segundo Alves (1998) o nome Amazônia deriva de amazonas, guerreiras mitológicas. Segundo lenda, as amazonas pertenciam a uma tribo comandada por Hipólita que não aceitava homens: as crianças de sexo masculino eram mortas ao nascer. Amazona significa sem seio, em grego, porque a lenda também dizia que tais mulheres cortavam o seio para melhor manejar os arcos. A lenda foi transportada para a América do Sul pelos conquistadores espanhóis, pioneiros na exploração do Rio Amazonas que, ao se depararem com índias guerreiras (em contraste com a cultura européia, na qual a mulher tinha apenas funções domésticas), acreditaram terem finalmente encontrado as amazonas.

        O objetivo deste trabalho é mostrar uma visão geral sobre a Amazônia, evidenciando seus aspectos históricos e geográficos, bem como a visão do mundo sobre a Amazônia.

1. GEOGRAFIA DA AMAZÔNIA E SEUS ASPECTOS GERAIS

        O espaço socioambiental conhecido como Amazônia compreende vários países sul-americanos e alguns estados brasileiros. Por sua enorme extensão é considerado o maior bioma natural do planeta; e nesse ecossistema, também, se concentra uma grande biodiversidade. A Amazônia é por muitos definida como o seio natural do mundo ou “pulmão do mundo” onde se encontra uma considerável flora, constituindo uma das principais fontes de absorção de dióxido de carbono (CO2).

      Além de ser um espaço brasileiro, como mencionado acima, seus limites ultrapassam a fronteira do país ocupando em torno de 6,5 milhões de quilômetros quadrados, chamado assim de Pan-Amazônia. Países como a Bolívia, Peru, Equador, Venezuela, as Guianas e o Suriname têm parte de seu território integrado à Amazônia. Assim, não se deve definir a Amazônia como brasileira, mas como uma região global  com extensões internacionais.

       A Pan-Amazônia apresenta certas características como um grande potencial politico, econômico e geográfico, pois representa: 85% da região em território brasileiro; 22% de reserva florestal do planeta; 20% de agua doce disponível na terra ; 45% do potencial de redes hidrelétricas brasileiras e o conjunto de 9 estados brasileiros e oito países da América do Sul.

2. POPULAÇÃO

      A região amazônica do Brasil, ou região Norte, é a maior do país em extensão territorial, mas sua população é pequena. Segundo dados do censo demográfico de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a polução nortista corresponde por cerca de 8% do total da população do Brasil, somando assim seus 15.864.454 habitantes. Entre os estados integrantes da região, o mais populoso é o estado do Pará, concentrando 7.581.051 habitantes, enquanto que Roraima possui somente 450.479habitantes.

      Grande parte da população se encontra nos centros urbanos, em cerca de 500 municípios espalhados por toda a região. Contudo, ainda é percebível a concentração humana na zona rural e nas margens doe rios, denominados assim de população ribeirinha.

A população ribeirinha se decorre pela falta de vias de transporte ferroviário e rodoviário, dessa forma, os ribeirinhos utilizam como principal meio de transporte as embarcações fluviais como canoas, bajaras e botes. Já no âmbito social, os ribeirinhos enfrentam inúmeros problemas pela ausência de politicas publicas que possam viabilizar suas principais necessidades como o desprovimento de saneamento básico, coleta seletiva de lixo, assistência medica, etc. São entraves tão nítidos que, praticamente, todos os estados amazônicos apresentam índices muito baixos de desenvolvimento socioeconômico.

      Sendo uma região tão fascinante pelas suas peculiaridades naturais, a Amazônia tem em seu berço uma forte miscigenação. Muitos dos amazônidas são descendentes de povos nativos, os indígenas, de europeus, africanos, asiáticos e dos migrantes de outras regiões brasileiras, como os nordestinos e sulistas. A população da região Norte está dividida segundo a cor, conforme o IBGE, em: pardos (69,2%), brancos (23,9%), negros (6,2%), índios e amarelos (0,7%). Logo, com a presença de todas essas etnias, veio a surgir a figura do caboclo, que se desenvolveu com a miscigenação desses grupos, representando todas essas misturas, tanto nas características físicas como nas suas manifestações culturais.

3. VEGETAÇAO

     O conceito de Amazônia nos remete, muitas das vezes, a sua densa e imensa vegetação. E não é para menos, pois o que mais caracteriza esse grande ecossistema é o predomínio da maior floresta tropical do mundo: a chamada Hileia amazônica, pois é por muitos considerada um lugar único, dotada de riquezas imensuráveis. Ademais, concentra muita matéria orgânica e tem uma flora e fauna diversificada. Com todos esses atributos não é estranho considerarem o ecossistema amazônico o maior e rico meio ambiente do planeta.

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