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Evolução do transporte no Brasil

Tese: Evolução do transporte no Brasil. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/11/2013  •  Tese  •  4.798 Palavras (20 Páginas)  •  1.720 Visualizações

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INTRODUÇÃO:

A Evolução dos Transportes no Brasil.

A palavra “transporte” vem do latim trans (de um lado a outro) e portare (carregar). Podemos dizer que, em síntese, transporte é o movimento de pessoas ou coisas de um lugar para outro e podem se distinguir pela possessão, ou seja, o transporte público é destinado a qualquer pessoa e o privado é restringido somente a quem os adquiriu.

Os transportes contêm três elementos importantes: infraestrutura, veículos e operações comerciais. Infraestrutura é a malha de transporte: rodoviária, férrea, aérea, fluvial, tubular, etc. Os veículos são automóveis, bicicletas, ônibus, trens e aeronaves, que utilizam essa malha. As operações são as formas como esses veículos utilizam a rede, como leis, diretrizes, códigos, etc.

Transporte Rodoviário.

No Brasil o transporte rodoviário é o principal modal utilizado para transportar cargas, o que tem desestimulado os investimentos em outros meios de transporte e é alvo de políticas públicas que estão procurando diversificar e aumentar a interação entre os transportes: rodoviário, aeroviário, ferroviário, hidroviário e duto viário.

O a malha rodoviária foi incentivada pelo caráter político-econômico. Ampliar a malha rodoviária poderia atrair empresas internacionais do ramo automobilístico. De acordo com a Teoria dos Polos Econômicos, a participação de um tipo de indústria como a de automóveis permite efeitos de escala ou de arraste, por atrair empresas correspondentes ao ramo central; no caso dos automóveis, empresas de autopeças, componentes elétricos, lubrificantes etc. Em nome dessa estratégia de atração de capitais e geração de empregos, as ferrovias, que tiveram maior importância durante o período do ciclo do café, foram sucateadas e desprezadas em favor do novo modal de transporte que surgia.

O modal rodoviário corresponde a 58% do transporte de carga do Brasil. De acordo com dados oficiais do governo federal, o Brasil detém aproximadamente um milhão e meio de quilômetros de rodovias não pavimentadas, contra cerca de 200 mil quilômetros de rodovias pavimentadas. Mesmo optando pelo sistema rodoviário, as condições da maioria das estradas de rodagem do país são precárias no que diz respeito à qualidade da pista, sinalização e segurança. O país perde competitividade por conta da má conservação das estradas, pois a demora em entregar as matérias-primas e os produtos acarreta custos que são repassados para o preço final do produto. Também são acrescidos os valores de manutenção dos caminhões, combustível e pedágio.

As parcerias, público-privado, e as obras referentes ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento Econômico) do governo federal estão tentando modificar esse cenário. Setores como o agronegócio e a mineração entendem que, para aumentar a sua atuação em mercados internacionais, serão necessários investimentos maciços em logística, ainda mais para transportar e escoar mercadorias entre longas distâncias. As privatizações do setor que ocorreram na década de 1990 aumentaram os investimentos diretos, mas a ausência de um quadro mais amplo de metas e a falta de um planejamento conjunto entre os segmentos envolvidos comprometem os resultados gerais.

Apesar de sua importância, apresenta elevados custos, principalmente se comparado com outros tipos de transportes, como o hidroviário e o ferroviário, por exemplo. Isso se deve aos altos valores pagos pelo petróleo, incluindo ainda a manutenção periódica do veículo (pneus, revisões, motor, entre outros).

A construção e a manutenção das vias por onde os veículos transitam requerem elevados recursos financeiros, principalmente quando o relevo da região é acidentado. Nesse caso, é indispensável à execução de complexas obras de engenharia, como a construção de túneis, viadutos, pontes, aterros, entre outros.

O meio de transporte em questão é recomendado para percorrer pequenas distâncias, tendo em vista que são bastante dinâmicas e ágeis, as rodovias possibilitam buscar alternativas de rotas, fator que não acontece em outros meios, como o ferroviário, por exemplo.

O transporte rodoviário é o mais usado em vários países do mundo. Na União Europeia, seu uso é bastante difundido, além disso, tem apresentado um crescimento em relação à quantidade de toneladas de cargas transportadas por veículos automotores e uma expansão na malha rodoviária. Na Europa é comum o uso combinado de transporte, em alguns trechos do percurso os caminhões são transportados sobre vagões de trens.

Transporte Ferroviário.

O primeiro sistema de transporte que utilizou um mecanismo de carros que se movimentam por trilhos foi criado na Grécia Antiga, por volta de 600 A. C., na estrada de Diolkos, região de Corinto. Com um percurso de aproximadamente 8 km, a estrada serviu para transportar embarcações e outras benfeitorias com o uso da força de animais e dos escravos.

No Brasil, as linhas férreas também tiveram essa característica, principalmente por conta do ciclo do café, principal produto de exportação do país durante a segunda metade do século XIX e início do século XX. A primeira ferrovia brasileira foi inaugurada em 1854, entre o Porto de Mauá e a cidade de Fragoso, no Rio de Janeiro, sendo idealizada pelo empresário e banqueiro Irineu Evangelista de Souza, muito conhecido pelo título de Barão de Mauá.

Transporte ferroviário é um tipo de deslocamento que ocorre por meio de vias férreas, transportando, dentre outros, pessoas e cargas. Esse meio de transporte é um dos mais antigos, seu surgimento está ligado diretamente com a Primeira Revolução Industrial, acontecimento histórico que sucedeu na Europa no final do século XVIII e início do século XIX.

O transporte ferroviário tem seu uso difundido em todos os continentes, no entanto, vem perdendo espaço gradativamente. Seu uso é recomendado para transporte de cargas pesadas, como minérios, produtos siderúrgicos, agrícolas, fertilizantes e etc.

As principais deficiências do transporte ferroviário estão na incapacidade de percorrer superfícies acidentadas e o fato de não poder conduzir mercadorias até os centros consumidores, isso porque segue sempre um caminho definido (trilhos).

Apesar de transportar um elevado volume de cargas por longas distâncias, o transporte ferroviário tem um alto custo na construção e manutenção das vias férreas.

Em geral, o volume de cargas e a quantidade de quilômetros da malha ferroviária estão diminuindo gradativamente para dar lugar ao transporte rodoviário.

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