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FAMILIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA

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Por:   •  9/11/2014  •  2.560 Palavras (11 Páginas)  •  219 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A sociedade é composta por indivíduos que se empenham em realizar seus papeis, dentro de um determinado protocolo e assim estabelecer uma organização social para beneficio de todos. Com o âmbito das mudanças, os papeis dos indivíduos tendem a se modificar.

No contexto evolucionário observado nos últimos anos, a sociedade foi intimamente influenciada pela urbanização, industrialização e avanços tecnológicos. Além disso, a economia também vem exercendo um papel significativo na sociedade contemporânea.

Consequente a isso, a família passou a ter uma nova configuração assim como as definições de papeis entre indivíduos, principalmente, entre homens e mulheres.

Diante disso, o objetivo deste texto é explanar uma reflexão sobre família contemporânea e seu papel na sociedade atual, referenciando a divisão social do trabalho e a presença da mulher no mercado profissional.

2 DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO

Com o crescimento de uma estrutura social surgem instituições para compor a sociedade e mediar os direitos dos cidadãos. Quando se considera que indivíduos desempenham papéis e outros dão suporte, há que se pensar em como esses indivíduos se relacionam entre si. Essas relações seguem protocolos que são gerados de acordo com alguma necessidade social.

Com o crescimento da sociedade e os papéis desempenhados dentro dela, os protocolos assumem formas de processos formais entre as instituições, daí vem o surgimento das estruturas judiciais e estatais nas sociedades, como a necessidade de os estados possuírem um código penal, dependendo da necessidade social de punição. Ao perceberem o nível de divisão da sociedade estudos começaram a ser feitos, analisando as formas de divisão social do trabalho da sociedade. Dentre os estudos realizados, as análises de Marx, Weber e Durkheim ganham destaque, pois cada um deles procurou analisar os papeis e os relacionamentos entre papeis da sociedade com uma visão particular.

2.1 A DIVISÃO SOCIAL SEGUNDO KARL MARX

Para Karl Marx, a divisão social do trabalho segue todo um arranjo, onde sempre existiriam classes dominantes e classes dominadas, provocando conflitos de classes. Para Marx, as instituições da sociedade são criadas pelas classes dominantes. Ele propunha que a população abastada (o proletariado), tomasse posição de destaque na sociedade. Isso aconteceria quando a divisão social do trabalho fosse modificada, acabando com as propriedades privadas dos meios de produção. Para Marx, esse arranjo burguês da divisão do trabalho da propriedade privada é o motivo da submissão da classe trabalhadora de então.

2.2 A DIVISÃO SOCIAL SEGUNDO MAX WEBER

Para Weber, a sociedade é composta de partes onde a constituição depende apenas do indivíduo. As relações entre esse indivíduos seguem quatro formas de ações:

 Racional orientada a fins

 Racional orientada a valores

 Afetiva

 Tradicional

Essas relações caracterizavam a sociedade como um todo, juntamente com a incorporação da legislação, a constituição, a religiosidade e outras manifestações culturais legais e administrativas da sociedade.

Weber pôde identificar elementos que justificassem o desenvolvimento do que ele chamou de espirito do capitalismo a partir da ética protestante. Essa ética levava os indivíduos da sociedade a atuar em suas divisões de trabalho social, buscando a acumulação e a eficiência, evitando o desperdício e a preguiça.

Com isso as sociedades inicialmente protestantes, puderam experimentar um crescimento econômico, um melhoramento dos níveis sociais e vários outros fatores.

2.3 A DIVISÃO SOCIAL SEGUNDO ÉMILIE DURKHEIM

Émile Durkheim, que é considerado o pai da sociologia, pois conseguiu fazer com que a sociologia passasse a ser vista como ciência. Com métodos próprios de investigação e demonstrando que seu objeto de estudo, os fatos sociais, teriam características próprias, que os distinguiriam dos estudados pelas demais ciências.

Durkheim considera que a sociedade precisaria ser estudada como um fenômeno, como uma unidade ou sistema organizado de relações permanentes e mais ou menos definido, com leis naturais de desenvolvimento que são baseadas na articulação de suas partes. Os fenômenos sociais têm origem na coletividade, Para ele a sociedade é um organismo constituído de partes identificáveis e com relações bem definidas, a divisão social do trabalho significava o funcionamento harmônico desse organismo.

Para Durkheim, a sociedade é semelhante a um corpo vivo, onde cada órgão cumpre sua função, assim como os fatos sociais existem em função da sociedade. Ao comparar a sociedade a um organismo vivo, Durkheim divide a sociedade em estado normal, onde implica os fenômenos que ocorrem diariamente na sociedade e o estado patológico, visto como os comportamentos que representam doenças e devem ser isolados e tratados, pois põe em risco a harmonia, fugindo dos limites permitidos pela ordem social.

Durkheim considera que os conflitos e as desordens da sociedade são sintomas desse estado patológico e percebe que a religião, o estado e a família não conduzem o controle moral da sociedade. Para ele, o mecanismo que ofereceria esse suporte, seria a solidariedade social. A divisão do trabalho e a forma de consciência que se expressa em cada sociedade, levaram Durkheim a demonstrar que os fatos sociais têm existência própria, externa aos indivíduos e que no interior de qualquer grupo ou sociedade existem formas padronizadas de conduta e pensamento baseado na soma destas categorias.

Segundo Durkheim, a solidariedade permite a integração geral da sociedade, porque tem natureza moral. Duas formas de solidariedade social podem ser constatadas: a solidariedade mecânica, típica das sociedades pré-capitalistas, onde os indivíduos se identificam através da família, da religião, da tradição, dos costumes. É uma sociedade que tem coerência porque os indivíduos ainda não se diferenciam. Reconhecem os mesmos valores, os mesmos sentimentos, os mesmos objetos sagrados, porque pertencem a uma coletividade. E a solidariedade orgânica, característica das sociedades capitalistas, onde, através da divisão do trabalho social, os indivíduos tornam-se interdependentes, garantindo, assim, a união social, mas não pelos costumes, tradições etc. Os indivíduos não se assemelham, são

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